Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cartão Vermelho: Carlos Azenha

_______________________________________________________________________________________
A primeira aventura de Carlos Azenha, enquanto técnico principal, não foi definitivamente a mais feliz. Descrito como uma pessoa irreverente, exigente e de espírito jovem, Azenha que fora adjunto de Toni, Jorge Jesus, João Alves e mais recentemente de Jesualdo Ferreira, tanto no Boavista como no Futebol Clube do Porto, não conseguiu dar seguimento às dezenas de teorias futebolísticas, que durante algum tempo apresentou como comentador desportivo. Aluno de excelência e admirador do "Futebol Total", Azenha teria como principais "mestres" técnicos como Lobanovsky, Arrico Sacchi, Vujadin Boskov, Alberto Malezani e Van Gaal. No início da presente temporada futebolística, Carlos Azenha chegou a ser apontado como o próximo treinador do Sport Lisbo e Benfica, após a saída do espanhol Quique Flores, pelo candido à presidência do clube "encarnado" Bruno Carvalho, bem como, da própria Académica de Coimbra, dando seguimento ao trabalho desenvolvido por Domingos Paciência no clube dos "estudantes" (trocou a Académica pelo Sporting de Braga). A atravessar uma dura e real crise económica, o Vitória de Setúbal apresentaria então, o jovem técnico de apenas 40 anos de idade, Carlos Azenha. Com ele no comando, o clube pretendia alcançar o rumo das vitórias, bem como, a construção de uma equipa forte e competitiva, a pensar no presente e no futuro do clube. Contudo, com algumas semanas passadas, no comando do clube, Carlos Azenha em vez de manter as pedras fundamentais, existentes no plantel, tais como Bruno Ribeiro, Auri, Ricardo Chaves. Janício e até Bruno Severino, um dos melhores jogadores da Liga Vitalis da época passada, optou por "fabricar" uma autêntica revolução no plantel sadino. Muitos e muitos, foram os jogadores que se apresentaram no clube, tendo em vista, a uma melhoria do conjunto orientado por Carlos Azenha. Considerado como um treinador que sabe bem o que quer, Azenha não acertou nas altura das aquisições, construíndo um plantel frágil e competitivamente muito fraco, em relação ao plantel da época passada. Apresentando um futebol demasiado fraco, para as dimensões do clube, bem como, pela sua própria ideologia futebolística, Carlos Azenha foi construíndo derrotas atrás de derrotas, factos que chegariam ao descalabro, após as cruéis derrotas por 8-1, frente ao Sport Lisboa e Benfica de Jorge Jesus e, de 4-0 com a União de Leiria de Manuel Fernandes. Estas seriam as derrotas "fatais" do seu percurso no clube, fazendo dele, um alvo a abater. O próprio presidente dos sadinos, Fernando Oliveira, admitiria posteriormente, que tinha errado completamente, na escolha de treinador, considerando que lhe deu todas as garantias possíveis, que o clube poderia oferecer, inclusivé, na possível contratação do guarda-redes brasileiro do Rapid de Bucareste, Elinton Andrade, muito bem referenciado por Claudio Pitbull, porém negado por Carlos Azenha e aceite no... Olympique de Marselha!!! Durante o tempo que passou no banco do Vitória de Setúbal, Carlos Azenha provou que poderá ser um bom treinador para o futuro, porém, ainda com muito trabalho pela frente. Não interessa perceber muito de futebol e criticar aqueles que já andam nestas estradas há imenso tempo, para que depois, todas as suas teorias apresentadas sejam de pouca duração e de pouca utilidade. Mudar todo um plantel, desprezando todo o seu conteúdo, não será certamente a melhor solução, principalmente, se for para ser substituído por outros de menor capacidade futebolística. Carlos Azenha teve tudo para criar um bom plantel, porém, não o conseguiu e, a prova disso mesmo, foi o seu despedimento, tornando-se na segunda "chicotada psicológica" da época, após a saída de Ulisses Morais, do comando técnico da Naval 1º de Maio.
_______________________________________________________________________________________

Sem comentários: