Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estrelas do Momento: Morales

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Dados Pessoais
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Nome: Pedro Andrés Morales Flores
Data de Nascimento: 25 de Maio de 1985
Naturalidade: Hualpén, Chile
Altura: 1.80 cm
Peso: 76 kg
Posição: Médio-Ofensivo
Clube: Nogometni Klub Dinamo Zagreb
Internacionalizações A: 8
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Percurso Profissional
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2004-2007 : Club Deportivo Huachipato
2007-2008 : Club de Fútbol Professional de la Universidad de Chile
2008-2010 : Nogometni Klub Dinamo Zagreb
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Pedro Andrés Morales Flores, nascido no dia 25 de Maio de 1985, em Hualpén, no Chile, é neste momento, uma das grandes figuras do campeonato croata, nomeadamente, com as cores do Dínamo de Zagreb, onde se tem destacado pelos seus golos e, pelas suas diabólicas mudanças de velocidade, fazendo dele, um dos mais perigosos médios a actuar no campeonato da Croácia, bem como, num dos melhores finalizadores da presente temporada. Pedro Morales começaria a sua carreira desportiva, com as cores do Huachipato no ano de 2004, com apenas 19 anos de idade. Embora não tivesse sido uma das escolhas principais do seu técnico, a sua qualidade estava à vista. Pedro Morales era tido então, como um dos mais promissores médios da próximas década, no futebol chileno. No Verão de 2005, o médio criativo do Huachipato, disputaria o Campeonato do Mundo de Sub-20, torneio disputado na Holanda, onde a sua selecção, a do Chile, conseguiria alcançar os oitavos-de-final da prova. Nesse mesmo torneio, Pedro Morales seria um dos jogadores em maior destaque, a nível individual. Além das suas fintas, cruzamentos milimétricos, assistências e golos, Pedro Morales teria ainda a oportunidade de defrontar jogadores, que na actualidade, são de renome mundial, como foi o caso de Sérgio Aguero, avançado do Atlético de Madrid, Leonel Messi do Barcelona, Cesc Fabregas do Arsenal, David Silva do Valência e Matías Fernandez que na actualidade, representa o Sporting Clube de Portugal. As suas brilhantes actuações durante o Campeonato do Mundo de Sub-20, ajudariam a que Pedro Morales assinasse contrato com o Universidad de Chile, um dos mais antigos e famosos clubes de todo o Chile, em meados do anos de 2007. Ele faria a sua estreia com as cores do Universidad no Verão do mesmo ano, mesmo antes do começo do torneio da "Clausura". A sua presença, com pés bastante rápidos e capacidade de liderança, fizeram com que se tornasse num dos imprescindíveis no onze titular, actuando ao lado, do melhor marcador de todos os tempos da selecção chilena e, ex-jogador da Juventus e da Lázio de Roma, o experiente avançado Marcelo Salas. O jovem médio criativo de apenas 22 anos de idade, terminaria a competição, como o segundo melhor marcador da prova, com 13 golos apontados. No dia 11 de Junho de 2008, Pedro Morales assinaria um contrato válido por cinco épocas, com um dos maiores e lendários clubes da ex-Jugoslávia, o Dínamo de Zagreb, clube onde conseguiria estabilizar-se como um dos melhores da sua equipa, bem como, um dos melhores artilheiros da mesma. Em Janeiro de 2008, Pedro Morales seria chamado pela primeira vez, à selecção principal do Chile, através do técnico argentino Marcelo Bielsa. As espantosas exibições de Morales, fizeram com que actuasse durante os noventa minutos nas suas duas partidas de estreia. Um mês mais tarde, Morales seria novamente chamado para representar o seu país, desta vez, no pretigiado Torneio de Toulon. Seria nessa competição que, Pedro Morales iria deixar a sua marca em campo, despertando a cobiça dos maiores clubes europeus. Ele seria considerado o segundo melhor jogador do torneio, tendo apontado o melhor golo da competição, frente à formação da Costa do Marfim, num encontro a contar para as semi-finais da prova. No confronto final, frente à sempre difícil selecção da Itália, os chilenos perderiam a partida por 1-0. No entanto, a prestação de Morales nesse encontro foi a mais marcante, deixando a defensiva italiana, num autêntico estado de nervos, através da sua técnica e capacidade de passe. A cumprir a sua segunda época no campeonato croata, Pedro Morales é sem dúvida, um enorme talento do futebol sul-americano. Trata-se de um médio de características ofensivas, podendo igualmente actuar como um falso segundo avançado. É um jogador que sabe muito bem o que quer e quando quer. Pedro Morales é um desses poucos e muito raros jogadores que podem actuar em toda a linha ofensiva do campo, sem se tratar de um verdadeiro avançado. Aos 24 anos de idade, o médio do Dínamo de Zagreb é neste momento, o melhor marcador do campeonato com 13 golos apontados em 13 encontros. Tendo conquistado o campeonato e a taça da Croácia, na época transacta, Pedro Morales aponta novamente ao título, que dificilmente escapará, sobretudo se depender da sua qualidade e golos. Pedro Morales é claramente um jogador a ter em conta para o futuro, graças à sua capacidade técnica e perícia nas bolas paradas, fazendo dele, num dos jogadores a observar no próximo Campeonato do Mundo da África do Sul, a disputar no próximo ano.
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domingo, 27 de dezembro de 2009

"Onze do Mês"

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Onze do Mês de Novembro
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Carlos (Rio Ave)
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Carlos, foi sem dúvida, o guarda-redes em maior destaque neste mês de Novembro. Com as cores do Rio Ave, o guardião angolano, conseguiu dar uma maior tranquilidade à equipa, comandada pelo técnico português Carlos Brito. Com uma linha defensiva, bastante eficaz na presente temporada futebolística, Carlos é claramente um dos grandes pilares do onze titular da equipa vilacondense. Com um percurso algo inconstante em Portugal, bem como, no estrangeiro, onde já defendeu as cores do Boavista e do Steaua de Bucareste, Carlos conseguiu encontrar a tranquilidade que necessitava, para efectuar uma época de grande perfeição e profissionalismo a título individual. Graças à sua segurança e experiência entre os postes, Carlos é seguramente um dos grandes heróis do Rio Ave nesta época, colocando a sua equipa, nos primeiros lugares da tabela classificativa. Aos 30 anos de idade, o guarda-redes "vilacondense" é neste momento, um dos melhores na sua posição, a actuar no principal campeonato português. A manter este nível exibicional, não será de expantar, que Carlos consiga superar-se na próxima CAN, a disputar no seu país natal, Angola.
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João Pereira (Sporting de Braga)
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Continua em alta, o jovem lateral-direito do Sporting de Braga. Sendo uma das vozes de comando da sua equipa (onde desempenha o papel de sub-capitão de equipa), João Pereira tem como principais características, a sua constante entrega ao jogo, durante todos os noventa minutos do encontro, deixando por vezes, os seus adversários, num claro estado de nervos. Com o brasileiro Alan, o defesa lateral constitui uma das melhores alas direitas, do actual futebol português, nomeadamente da Liga Sagres. A continuar com este ritmo competitivo, João Pereira poderá sonhar com toda a certeza, com um lugar entre os convocados, para o Campeonato do Mundo da África do Sul, a disputar em 2010. Numa clara subida de forma, João Pereira tem sido um dos grandes destaques do actual líder Sporting de Braga, bem como, um dos jogadores que mais tem feito, para que o seu clube, permaneça no primeiro posto, do actual campeonato português.
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Gustavo Lazzaretti (Vitória de Guimarães)
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Começa a ditar cartas, na linha defensiva do Vitória de Guimarães de Paulo Sérgio. Desde a entrada do novo técnico, no comando técnico dos vimaranenses, após a saída do experiente Nelo Vingada, que a equipa do Vitória tem vindo a crescer, jornada após jornada. O grande exemplo de tal feito, foi sem dúvida, a eliminação do Sport Lisboa e Benfica, em pleno Estádio da Luz, completamente cheio de adeptos "encarnados", famintos por mais um triunfo do Benfica de Jorge Jesus, por parte de um Vitória de Guimarães, muito matreiro e eficaz nos lances de bola parada. Nesse aspecto, Gustavo Lazzaretti tem sido uma das principais armas do Guimarães, na presente edição da Liga Sagres. Devido à sua capacidade física e técnica de cabeceamento, o defesa-central brasileiro, tem conseguido manter uma gradual segurança na linha defensiva do Vitória. Embora ainda seja um nome desconhecido, para os seus principais adversários, Lazzaretti tem tudo para dar certo no futebol português.
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Bruno Alves (Futebol Clube do Porto)
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O "capitão" dos "azuis e brancos" tem sido, sem dúvida alguma, o melhor jogador do Futebol Clube do Porto, desde o início da temporada de 2009/2010. Num estado de forma, em clara ascendência, Bruno Alves tem utilizado todas as suas armas para "combater" as diversas estratégias ofensivas e defensivas dos seus adversários. Através do seu enorme impulso na hora de cabeceamento, o defesa-central português de 28 anos de idade, tem garantindo alguns pontos para o clube do "dragão". Um central muito seguro e uma grande voz de comando, dentro e fora das quatro linhas de jogo. Até ao apito final, Bruno Alves é um dos poucos jogadores do Porto, que se pode dizer que joga à Porto. Agressivo quando necessário, por vezes até demais, porém, eficaz para dar continuidade ao sonho da conquista do Pentacampeonato nacional. Embora o Futebol Clube do Porto não esteja a desempenhar um campeonato de "encher o olho", a verdade é que a equipa está mecanizada, para jogar até à última jornada, ao mais alto nível, até atingir o seus objectivos. Nesse sentido, Bruno Alves poderá orgulhár-se de ser neste momento, o único jogador, que impões em campo, a enorme mística do "dragão". Com o Campeonato do Mundo a aproximár-se, não será surpresa se no final do campeonato, o defesa-central português se mude para um dos melhores do mundo.
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Miguel Veloso (Sporting Clube de Portugal)
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No centro de tanta apatia, existe sempre uma luz ao fundo do túnel. Miguel Veloso que no início da temporada, nem sequer era uma das escolhas do então técnico principal do Sporting Clube de Portugal, Paulo Bento, tem trabalhado para que o seu valor, seja de novo reconhecido, como o foi anos atrás, quando ainda era uma das grandes esperanças do futebol português. Pode-se dizer que Veloso, aprendeu uma enorme lição, ao ter permanecido no Sporting no final da época transacta, pois tem sido um dos melhores do plantel leonino, até ao presente momento. Com uma capacidade de passe invulgar nos jogadores portugueses, Miguel Veloso é um dos poucos que se têm esforçado, para que o clube não se afunda ainda mais, do que tem vindo a acontecer. Com a entrada de Carlos Carvalhal no comando do Sporting, o médio português mudou de posição, actuando como médio interior esquerdo ou por vezes como um autêntico extremo, muito embora o jogador não possua a velocidade necessária, para exercer esta última função. Enquanto lateral-esquerdo ou mesmo a médio-defensivo, Miguel Veloso tem conseguido convencer mesmo aqueles que davam como terminada, a sua carreira bastante promissora. Claramente fora da corrida pelo título nacional, nesta presente temporada, o médio de apenas 23 anos de idade, bastará manter o seu nível exibicional, para ser um dos 23 escolhidos de Carlos Queirós, para o Campeonato do Mundo de 2010. Além de ter melhorado a forma como encara cada partida, Miguel Veloso tem sido também um dos mais rematadores nos noventa minutos de jogo, demonstrando dessa forma, uma vontade de ganhar fora do comum para os lados de Alvalade, algo que não acontecia no passado recente.
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Javi García (Sport Lisboa e Benfica)
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O médio-defensivo espanhol, poderá dizer que até ao momento, tem dado tudo o que tem de melhor em campo (Alvalade foi um dos grandes exemplos). Possivelmente encarado como uma das melhores contratações do Sport Lisboa e Benfica nesta temporada, devido à estabilidade que deu à sua equipa, Javi García é um verdadeiro "guerreiro", um trabalhador "operário" dentro de campo. Durante os noventa minutos de jogo, o médio espanhol, tem sido um dos mais regulares da equipa "encarnada", impedindo muitas das manobras ofensivas dos seus adversários. Além da sua regularidade, segurança e liderança dentro de campo, Javi García veio acrescentar algo que no passado não existia, possivelmente desde a saída de Paulo Sousa ou até mesmo Petit: qualidade. Seja nas manobras defensivas, seja nas ofensivas, tudo o que o médio espanhol faz... faz bem. Numa equipa como a do Benfica, que luta a cada segundo, na conquista de cada competição em que se insere, isso é algo imprescindível, pois na posição chamada "seis", o jogador não poderá inventar muito, sendo um jogador de passe fácil e de uma leitura e entrega de jogo altamente qualificáveis. Nesse sentido, o Benfica, bem como, Jorge Jesus e Rui Costa, poderão dizer que "... acertaram na "muche"..." (Manuel Fernandes, actual técnico do Vitória de Setúbal).
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João Moutinho (Sporting Clube de Portugal)
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Embora não esteja ainda na sua melhor forma física, a verdade é que João Moutinho dá tudo o que tem dentro de campo, seja como médio mais de funções defensivas ou mais ofensivas, o jovem internacional português, actua sempre com o mesmo brilhantismo, transmitindo uma enorme segurança para os seus companheiros, bem como, para os seus técnicos do Sporting (primeiramente com Paulo Bento e depois com Carlos Carvalhal). O grande "patrão" do meio-campo leonino, bem como, a voz de comando dentro das quatro linhas, João Moutinho tem sido um dos jogadores, a par com Miguel Veloso e Liedson que conseguem ainda "brilhar" numa equipa sem qualquer tipo de brilho. Com a entrada de Carlos Carvalhas, o sistem táctico de Paulo Bento, o famoso 4x4x2 losângulo, foi dado como terminado, tendo sido implementado o 4x3x3. Nesse sistema, João Moutinho tem actuado como um médio a todo-o-terreno, demonstrando toda a sua mobilidade e capacidade de actuar em qualquer parte do terreno de jogo. Pode-se dizer mesmo que, João Moutinho é um dos médios, mais completos a actuar no principal campeonato português, transformando-se numa das grandes "pedras" para o "plantel" de Carlos Queiróz para p Campeonato do Mundo de 2010.
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Márcio Mossoró (Sporting de Braga)
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Ainda actuava no principal campeonato brasileiro, quando começou a dar nas vistas. Na altura o Sporting Clube de Portugal tentaria a sua aquisição, porém, anulada face ao elevado valor do atelta. Com o passar dos anos, o médio-ofensivo brasileiro foi descendo nas suas exibições individuais, "congelando" o interesse de vários clubes europeus na sua contratação. Todavia, as portas do futebol europeu iriam abrir-se através do Marítimo, onde realizaria uma temporada muito positiva. Neste momento, a realizar a sua segunda temporada com as cores do Sporting de Braga, o médio brasileiro é sem dúvida, um dos jogadores mais talentosos a actuar no nosso campeonato. Sendo um jogador muito imprevisível, dentro das quatro linhas de jogo, Mossoró tem demonstrado que tem o valor necessário para dar o salto para um dos grandes de Portugal ou, quem sabe de outro campeonato europeu. Elemento essencial nas manobras ofensivas do Sporting de Braga de Domingos Paciência, o médio brasileiro tem cativado os adeptos bracarenses e não só, devido à sua regularidade, fazendo dele, um dos jogadores mais valiosos do plantel do clube do Minho. Com um estilo muito parecido ao de Deco, na sua forma de actuar em campo, Márcio Mossoró poderá ter nesta temporada, uma oportunidade única para se afirmar no futebol português.
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Tiago Targino (Vitória de Guimarães)
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Conhecido pela sua espantosa velocidade e capacidade de drible, o avançado português, tem sido uma das agradáveis surpresas do Vitória de Guimarães, nesta presente temporada. Com uma relação com o clube vitoriano, algo instável, devido aos diversos conflitos pessoais, com o antigo técnico Manuel Cajuda, o veloz avançado tem conseguido manter o seu lugar no onze titular, com a entrada de Nelo Vingada e, mais tarde, com Paulo Sérgio no comando. Actuando como avançado, derivando muitas vezes para as alas, Tiago Targino tem sido um dos grandes rostos do Guimarães, ou melhor, uma das principais armas do futebol praticado pelos vimaranenses. Muito embora, Targino esteja a atravessar um bom momento de forma, a verdade é que falta algo a este talentoso jogador: estabilidade emocional. Quando tal for atingido, Targino será certamente, um dos melhores jogadores do campeonato português e, possivelmente já com as cores de outras equipas, de maiores dimensões. Com a regularidade das suas presentes exibições, Tiago Targino tem sido alvo de alguma cobiça, por parte de alguns clubes europeus, nomeadamente os ingleses, que vêm nas suas qualidades técnicas, as perfeitas para actuar no "duro" e realista campeonato inglês, pois tem tudo o que precisa, para poder alinhar em qualquer equipa da Premier League: velocidade, capacidade de drible, facilidade no cruzamento e poder de finalização. Todavia, Tiago Targino precisará de se afirmar em primeiro lugar no campeonato português, onde no momento, ainda é só uma das boas esperanças da próxima década futebolística em Portugal.
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Nuno Assis (Vitória de Guimarães)
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Continua em alta, o "pequeno maestro" do Vitória de Guimarães. Através das suas constantes mudanças de velocidade e triangulações, nomeadamente com Desmarets e Tiago Targino, o médio que já representou o Benfica, onde foi curiosamente, uma das grandes armas de Trapattoni, na conquista do último campeonato alcançado pelos "encarnados" em 2005, tem conseguido manter o Guimarães na luta pela Europa na próxima temporada futebolística. Muitos foram os que criticaram a decisão do então técnico do Benfica, Quique Flores, em relação à sua dispensa do clube da Luz. No entanto, desde a sua reentrada no clube vimaranense, que Nuno Assis tem vindo a crescer enquanto jogador, sendo inclusivé, um dos elementos imprescindíveis no onze do técnico Paulo Sérgio. Devido às suas exibições, francamente positivas, o seu regresso à selecção principal de Portugal foi como, que se tratasse de um prémio, mais do que merecido, para um jogador que tem sido um dos melhores, na sua posição, a actuar em Portugal, tornando-se num dos atletas que poderão dar mais expressividade à selecção das "quinas", caso jogadores como Deco ou mesmo Tiago não estejam no seu melhor, a nível físico.
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João Tomás (Rio Ave)
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Está de regresso o "Jardel de Coimbra", como foi apelidado no final da década de noventa, quando defendia as cores da Académica de Coimbra. Com passagens marcantes pelo Sport Lisboa e Benfica e pelo Sporting de Braga, João Tomás nesta altura com 34 anos de idade, poderá estar muito próximo da sua melhor forma física, desde os tempos em que militava em Coimbra ou em Lisboa. Sendo um ponta-de-lança à moda antiga, o experiente avançado português, tem sido um dos melhores jogadores da equipa do sensacional Rio Ave de Carlos Brito. Com seis golos apontados até ao momento, João Tomás poderá ter aqui, a sua derradeira oportunidade, para representar a selecção nacional, numa competição de renome mundial, como é o caso do Mundial da África do Sul. No entanto, face à sua já "avançada" idade, o ponta-de-lança português, saberá certamente que será muito difícil, o seu nome aparecer nos 23 escolhidos por Carlos Queirós. À parte disso, João Tomás tem realizado um campeonato bastante positivo. Muito dinâmico no ataque dos vilacondenses, o avançado tem demonstrado que quem sabe nunca esquece. João Tomás poderá ser um jogador que no presente, poderá ter sido esquecido pelos adeptos mais jovens, no entanto, o avançado que brilhou na Académica, Benfica, Braga, Boavista e nesta altura no Rio Ave, tem conseguido "calar" tudo e todos, com os seus golos, pois é disso que vivem os avançados. Desde a saída da Pedro Pauleta da selecção que a mesma nunca mais teve um referência dentro da área. Tentou-se de tudo, com jogadores como Hugo Almeida, Nuno Gomes (também ele esquecido pelo seleccionador), Orlando Sá, Cristiano Ronaldo... até à entrada do "brasileiro" Liedson. No entanto, muito perto existia um jogador que não teve as mesmas oportunidades que os outros.... de seu nome João Tomás, ou melhor.... o "Jardel de Coimbra".
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Máquina do Tempo: Van Heel

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Dados Pessoais
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Nome: Gerardus Henricus "Puck" Van Heel
Data de Nascimento: 21 de Janeiro de 1904
Data de Falecimento: 18 de Dezembro de 1984
Naturalidade: Roterdão, Holanda
Posição: Médio Interior Esquerdo
Altura: 1.74 cm
Peso: 72 kg
Internacionalizações A: 64
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Percurso Profissional
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1919-1923 : Sport Club Feyenoord
1923-1940 : Feyenoord Rotterdam
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Palmarés
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Campeonato Holandês (Eredivisie): 1924, 1928, 1936, 1938, 1940
Presença nos Jogos Olímpicos de Verão: 1928
Taça da Holanda (KNVB): 1930, 1935
Vice-Campeonato Holandês: 1931, 1932, 1933, 1937
Finalista da Taça da Holanda: 1934
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol: 1934, 1938
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Puck Van Heel
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Gerardus Henricus "Puck" Van Heel, nasceu no dia 21 de Janeiro de 1904, na zona sul de Roterdão. O quarto de doze filhos, do casal Marcellis e Gerardina Fox, "Puck" cresceria num ambiente tipicamente católico. O seu pai, trabalhador nas docas de Roterdão (reparador de barcos) e a sua mãe, uma simples dona de casa, como era habitual no início do século passado, repararam desde muito cedo, nas capacidades atléticas do seu filho. Porém, devido às sucesivas dificuldades financeiras, o seu pai achou que seria mais prudente e moderado, a escolha de outro ofício, dentro das dimensões sociais que a sua família se inseria. Em 1919, "Puck" Van Heel de apenas 15 anos de idade, juntár-se-ia aos amadores do Sport Club Feyenoord, clube onde iria militar nas camadas jovens e, onde faria toda a sua formação profissional. Após quatro anos de formação permanente, Van Heel faria a sua estreia oficial, com a camisola principal do Feyenoord, nos inícios de 1923, com apenas 19 anos de idade. Pelo clube da sua cidade natal, o jovem jogador holandês, conseguiria conquistar muitos dos primeiros títulos da história do clube, como foi o caso dos títulos de 1924 e de 1928. "Puck" Van Heel foi categoricamente, uma das grandes estrelas do Feyenoord, antes do início da Segunda Grande Guerra Mundial, tendo conquistado no total, cinco campeonatos nacionais da Eredivisie e duas Taças da Holanda (KNVB). Por essa altura, Van Heel tornár-se-ia o capitão ou o "grande" capitão da equipa do Feyenoord da década de vinte e de trinta. No dia 27 de Março de 1937, Van Heel, juntamente com Adri Van Male, Pleun de Groot, Joop Van Der Heide, Bas Paauwe, Gerard Kuppen, Jan Linssen, Piet Smits, Manus Vrauwdeunt, Leen Vente e Piet Kantebeen, ficariam imortalizados, ao serem o primeiro "onze", a disputar uma partida no novo estádio do Feyenoord (numa forma de festejar a subida do clube à primeira divisão, anos antes), ou como ficaria conhecido mais tarde, "A Banheira de Roterdão". Com o estádio completamente cheio (cerca de 37.825 espectadores), a partida de estreia seria frente aos belgas do Beerschot, num encontro onde a formação holandesa venceria por uns claros 5-2. Sendo um dos jogadores com mais partidas oficiais, com a camisola principal do Feyenoord, Van Heel defenderia as cores do clube de Roterdão até 1940, com 36 anos de idade. Após a sua retirada do mundo do futebol e, com o início da Segunda Guerra Mundial, Van Heel não conseguiria dar seguimento à sua carreira, no desporto rei. Em 1945, com o termino da Segunda Guerra, "Puck" Van Heel de 41 anos de idade, continuaria ligado ao clube onde passou toda a sua carreira profissional e, onde viveu os seus maiores sonhos e realizações pessoais. Pode-se dizer que "Puck" Van Heel nasceu claramente na época errada. Considerado por muitos, como a primeira grande "vedeta" do futebol holandês, o antigo médio esquerdo do Feyenoord, não viveu o suficiente, para participar de uma forma activa, do grande apogeu do futebol holandês nos anos 70, onde conseguiria chegar a duas finais consecutivas do Campeonato do Mundo de 1974 e de 1978, bem como a conquista do futebol europeu, por parte de equipas como o Ajax e o próprio Feyenoord. Claramente delibitado, face a uma constante luta, durante mais de uma década, "Puck" Van Heel deixaria o mundo dos mortais, no dia 18 de Dezembro de 1984, com 80 anos de idade, onde mais uma vez, passaria ao lado do grande momento do futebol holandês: a conquista do Campeonato da Europa em 1988. Um dos mais internacionais de sempre do futebol holandês, "Puck" Van Heel conseguiria ainda disputar os Jogos Olímpicos de 1928, bem como, os Campeonatos do Mundo de 1934 e de 1938, tornando-se desse modo, numa das grandes lendas do futebol mundial.
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A primeira grande estrela do futebol holandês
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Quando "Puck" Van Heel ingressou no Sport Club Feyenoord, com apenas 15 anos de idade, no ano de 1919, o jovem aspirante a futebolista, nunca poderia imaginar que o seu percurso desportivo, fosse de dimensões de tal forma elevadas que, anos mais tarde fosse considerado um dos melhores do seu país. Naquela época, não havia muitas oportunidades no mundo do futebol, sendo que as habituais saídas seriam os estaleiros, destilarias, fundições e fábricas de cordas. Van Heel seria um dos poucos previgiliados, a conseguir alcançar um estatuto "imperial" no mundo do desporto no início da década de vinte. Tendo nascido e crescido entre o povo, o Sparta de Roterdão, seria fundado em 1888, tornando-se no mais antigo clube de futebol na Holanda. Seriam dele, os primeiros grandes triunfos no ainda "primitivo" futebol holandês. Em 1908, nasceria o Sport Club Feyenoord, fundado pelo milionário C.R. Kieboom, que desde o seu início, seria apelidado como o clube da classe rica. Com o passar dos anos, tornár-se-iam míticos os duelos entre o Sparta e o Sport Club, entusiasmando toda a velha cidade de Roterdão. Com o início da década de vinte, o Feyenoord passaria a ocupar cada vez mais os corações dos seus habitantes, onde residia uma grande massa de operários dos já falados estaleiros, destilarias, fundições e fábricas de cordas. Na altura, falava-se que enquanto Amesterdão sonha, Roterdão trabalha. Por essa altura, mais propriamente em 1919, chegaria um jovem às camadas inferiores do Sport Club Feyenoord, de seu nome "Puck" Van Heel, oriundo do típico futebol de rua. Actuando como médio interior esquerdo, Van Heel tornár-se-ia num dos jogadores de maior destaque do clube. Claramente, bastante mais avançado que todos os seus companheiros de equipa, Van Heel conseguiria alcançar a equipa principal do Feyenoord no início da temporada de 1923/1924. Sem qualquer sombra de dúvida, o título alcançado pelo clube holandês em 1924, marcaria o nascimento de uma nova era de enorme prosperidade para o Feyenoord, algo que se prolongaria até à década seguinte, numa altura em que o clube da capital, o AFC Ajax, começava a controlar todo o reino do futebol holandês. Quatro anos mais tarde, com Van Heel já com um estatuto de "estrela" do clube de Roterdão, o atleta holandês conseguiria alcançar o seu segundo título nacional, feito que faria dele um ícone internacional, no mundo do futebol. Embora não tivesse conquistado muitos títulos ao longo da sua carreira desportiva, "Puck" Van Heel poderá dizer que, conseguiu os maiores feitos que poderia alcançar nos anos em que serviu, com excelência, o Feyenoord. Além dos títulos nacionais de 1924 e 1928, Van Heel lideraria a sua equipa a mais três campeonatos: 1936, 1938 e 1940, bem como, à conquista de duas Taças da Holanda em 1930 e 1935. "Puck" Van Heel foi sem dúvida, o primeiro símbolo a nível internacional do futebol holandês, conduzindo um clube, com poucos anos de história, a uma das suas melhores fases, de todo o seu percurso a nível nacional, alcançando os primeiros postos do campeonato durante quase três décadas (terminaria em segundo lugar no campeonato em 1931, 1932, 1933 e 1937). Em 1934, "Puck" Van Heel conseguiria ainda, conduzir a sua equipa à final da Taça da Holanda, onde perderia na final, frente ao Groningen por 3-2. Após 17 anos de carreira, Van Heel, de 36 anos de idade, terminaria a sua "passagem" pelo mundo do futebol, em meados do ano de 1940, devido ao início da Segunda Guerra Mundial, em 1939. No total, "Puck" Van Heel disputaria cerca de 322 encontros oficiais, para o principal campeonato nacional da Eredivisie, apontando inclusivé 43 golos, tornando-se num dos jogadores, com mais minutos nas pernas, em toda a história do Feyenoord no Século XX.
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Selecção Nacional
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Ao serviço da selecção principal da Holanda, "Puck" Van Heel foi sem dúvida, uma das primeiras referências do primórdio futebol holandês. Após duas épocas ao mais alto nível, com as cores do Feyenoord, que inclui a conquista do título nacional em 1924, Van Heel conseguiria a sua primeira internacionalização, no dia 19 de Abril de 1925, frente à poderosa formação suíça, tendo esta última, ganho a partida por uns claríssimos 4-1. "Puck" Van Heel tinha apenas 21 anos de idade, porém, a sua enorme capacidade técnica e táctica dentro de campo, foram suficientes para que o atleta se tornasse num dos maiores nomes e referências do futebol holandês, nas décadas de vinte e de trinta. Com mais um título nacional conquistado em 1928, Van Heel seria um dos jogadores escolhidos, para disputar os Jogos Olímpicos de Verão do mesmo ano, torneio que seria realizado na capital Amesterdão. Na competição olímpica, a formação "laranja" entraria em jogo, no dia 30 de Maio de 1928, frente à forte selecção do Uruguai. Com cerca de 27.730 espectadores no Estádio Olímpico, a selecção da Holanda, sairia de campo, com uma derrota por 2-0, graças aos golos de Héctor Scarone e de Santos Urbinaran. Devio a esse resultado, a formação da casa, estava fora do torneio. No entanto, nessa altura, a competição teria a disputa de jogos de consolação da primeira ronda. No encontro da semi-final, no dia 5 de Junho de 1928, a Holanda enfrentaria a selecção da Bélgica. Os holandeses venceriam a partida por 3-1, através de Ghering, Smeets e Tap, tendo reduzido para os belgas, Braine a cinco minutos do final da partida. Três dias depois, a Holanda disputaria na final, a formação chilena. O encontro terminaria empatado a duas bolas (golos de Ghering e Smeets para os holandeses e Manuel Brávo e Óscar Alfaro, para a selecção do Chile). Com um estatuto de titular indiscutível, na formação "laranja", "Puck" Van Heel disputaria ainda dois Campeonatos do Mundo de Futebol, pelas mãos do técnico britânico Robert Glendenning, tendo sido eliminado nas duas provas na primeira fase da competição. No Mundial de 1934, disputado em Itália, a selecção holandesa seria eliminada em San Siro (Itália), pela formação suíça por 3-2. Quatro anos depois, no Mundial da França, os holandeses seriam eliminados pela Checoslováquia, por uns claros 3-0. "Puck" Van Heel é claramente um nome histórico, na selecção holandesa. Durante 13 anos, Van Heel defenderia (sempre a titular) as cores da selecção da Holanda, até ao dia do seu afastamento dos palcos internacionais, no dia 23 de Outubro de 1938. O seu último encontro, no empate a duas bolas, frente à formação dinamarquesa, Van Heel conquistaria a sua 64ª internacionalização. O poderoso médio holandês, igualaria o recorde pessoal de internacionalizações de Harry Dénis, na altura com 56 encontros internacionais. No dia 2 de Maio de 1937, Van Heel faria a sua 57ª internacionalização, frente à formação belga, tornando-se então, no jogador mais internacional pela selecção da Holanda. O seu recorde seria mantido durante os 42 anos seguintes, tendo sido ultrapassado apenas em 1979, pelo antigo lateral-direito Ruud Krol, precisamente no ano do 75º aniversário de Van Heel. Tal feito, seria considerado como um dos maiores de toda a história do futebol mundial.
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Da ribalta para o esquecimento
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Com o aparecimento da "besta negra" da Segunda Guerra Mundial em 1939, o futebol mundial, nomeadamente o holandês, iria sofrer enormes mudanças sociais e culturais, numa espécie de "estrangulamento desportivo", durante a década de quarenta. Com o início da década de cinquenta, o futebol holandês perderia completamente a sua imagem, esquecendo completamente o seu passado recente (terceiro lugar nos Jogos Olímpicos de 1908, 1912 e 1920, bem como, a participação nas olimpiadas de 1928 e nos Campeonatos do Mundo de 1934 e 1938). Findada a sua carreira desportiva, "Puck" Van Heel, que continuaria ligado ao clube por mais alguns anos, escolheria viver o resto da sua vida, enquanto indivíduo anónimo. Com o final da Segunda Guerra Mundial, Van Heel seria uma grande figura, enquanto representante, de uma marca de cigarros. Porém, Van Heel escolheria uma vida ainda mais simples, ao abrir um café, na conhecida Rua Francesa. Não sendo um enorme adepto da publicidade " humana", o antigo médio holandês recusaria, uma ligação televisiva no dia do seu 65º aniversário, concedendo apenas uma pequena entrevista. Após a morte da sua mulher em 1978, com a qual estivera casado durante mais de quatro décadas (1933), ele levaria uma vida completamente solitária e isolada. Bastante delibitado desde então, "Puck" Van Heel deixaria o mundo bastante mais pobre, tendo falecido na sua terra natal, no dia 18 de Dezembro de 1984, com 80 anos de idade. "Puck" Van Heel foi sem dúvida, um dos grandes nomes do futebol holandês, ficando imortalizado para sempre na história do desporto mundial. Além de um enorme "capitão" que o foi, tanto no Feyenoord, como na própria selecção holandesa, Van Heel foi um atleta muito completo e bastante avançado no seu tempo: técnica, sentido posicional, bom remate com ambos os pés, excelente nos cruzamentos, bom jogo de cabeça e, principalmente, um espírito de liderança e sacrifício dentro das quatro linhas de jogo. "Puck" Van Heel é certamente, um dos nomes de destaque no desporto rei no Século XX.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Por onde anda... Kenedy

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Dados Pessoais
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Nome: Daniel Kenedy Pimentel Mateus dos Santos
Data de Nascimento: 18 de Fevereiro de 1974
Naturalidade: Bissau, Guiné-Bissau
Altura: 1.81 cm
Peso: 73 kg
Posição: Lateral / Médio-Esquerdo
Clube: Aias Salamina Football Club
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Percurso Profissional
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1992-1996 : Sport Lisboa e Benfica
1996-1997 : Paris Saint Germain Football Club
1997-1998 : Futebol Clube do Porto
1998-1999 : Albacete Balompié (E)
1998-2001 : Clube de Futebol Estrela da Amadora
2001-2004 : Club Sport Marítimo
2003-2005 : Sporting Clube de Braga
2004-2005 : Associação Académica de Coimbra
2005-2006 : Athlitikos Podosferikos Omilos Ellinon Lefkosias
2006-2007 : PAE Diethnis Enosis Ergotelis
2007-2008 : Gymasticos Syllogos Kallithea (E)
2008-2009 : PAE Diethnis Enosis Ergotelis
2009-2010 : Aias Salamina Football Club
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Palmarés
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Taça de Portugal: 1993, 1996, 1998
Campeonato Português: 1994, 1998
Vice-Campeonato Português: 1993, 1996
Supertaça Cândido de Oliveira: 1998
Finalista da Supertaça Cândido de Oliveira: 1993, 1994, 1996
4º Lugar nos Jogos Olímpicos de Atlanta: 1996
Vice-Campeonato Francês: 1997
Finalista da Taça das Taças: 1997
Taça do Chipre: 2006
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Muitos se perguntam, por onde andará Daniel Kenedy, antigo jogador dos "encarnados" e dos "dragões" que, um dia, sem mais nem menos, cairia no esquecimento, devido a complicações duvidosas. Daniel Kenedy Pimentel Mateus dos Santos, nascido no dia 18 de Fevereiro de 1974, em Bissáu, seria mais uma das variadíssimas crianças que, sairam do seu país, em busca do eterno sonho "cor-de-rosa" no mundo do futebol. Daniel Kenedy começaria a dar os seus primeiros passos, no desporto rei, nas escolinhas do Benfica, ao lado de jogadores como Rui Costa, Abel Silva, Gil, António Pacheco e Paulo Sousa. O jovem lateral-esquerdo, faria a sua estreia, com a equipa principal do Benfica na temporada de 1992/1993, frente à formação do Paços de Ferreira, num encontro em que o Benfica venceria por 2-0. Todavia, a sua primeira época de águia ao peito, não seria muito proveitosa, em termos individuais, realizando um total de nove partidas para o campeonato, sob as ordens do técnico sueco Sven-Goran Eriksson. Contudo, o nome de Kenedy está sem dúvida, ligado aos últimos grandes êxitos do Benfica nos anos noventa: a conquista do campeonato nacional em 1994 e a conquista da Taça de Portugal em 1993 e em 1996. Após a final no Jamor, onde os "encarnados" venceriam os rivais de Lisboa, o Sporting Clube de Portugal, por uns claros 3-1, Daniel Kenedy seria um dos muitos jogadores que, sairiam pela porta pequena do Estádio da Luz, algo muito comum na década de noventa, para os lados da Luz, onde época após época, muitos eram os jogadores que entravam, bem como, os que saiam, fazendo do clube, uma equipa em puro estado de declínio desportivo. Antes de viver a sua primeira aventura no estrangeiro, Kenedy seria um dos eleitos, para representar a Selecção Nacional de Portugal, nos Jogos Olímpicos de Atlanta, competição onde terminaria num honroso quarto lugar, sendo o lateral-esquerdo, uma das grandes "estrelas" da equipa. No Verão de 1996 e, após ter impressionado muitos dos vários clubes europeus, presentes na competição olímpica, Daniel Kenedy de apenas 22 anos de idade, mudár-se-ia para o campeonato francês, onde iria representar o Paris Saint Germain, equipa comandada pelo seu antigo companheiro de equipa, Ricardo Gomes. Embora não efectuasse uma grande temporada, em termos individuais, Kenedy conseguiria ajudar a sua equipa, a terminar o campeonato nacional na segunda posição da tabela classificativa, bem como, alcançar a final da Taça das Taças, muito embora, não tivesse disputado a final frente ao Barcelona de Ronaldo, Luis Figo, Fernando Couto, Vítor Baía e Guardiola, num encontro onde os catalães venceriam por 1-0, com um golo de Ronaldo. Com 29 encontros disputados, no principal campeonato francês, o lateral ou médio esquerdino português, regressaria ao futebol nacional, pelas mãos do técnico "portista" António Oliveira, na altura, técnico principal do Futebol Clube do Porto. Contudo, ao serviço dos tricampeões nacionais, Kenedy não conseguiria impor o seu futebol, tendo disputado apenas nove partidas para o campeonato. Números porém, suficientes para que, conseguisse alcançar o tetracampeonato para o Futebol Clube do Porto, título onde se juntaria ainda uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira, completando dessa forma, a "Tripla" da temporada 1997/1998. Sem lugar no plantel do Futebol Clube do Porto, de Fernando Santos, técnico que substituiria António Oliveira no final da temporada, o médio de 24 anos de idade, assinaria contrato com a formação do Estrela da Amadora, na altura orientado por... Jorge Jesus que, na altura viu no lateral-esquerdo, uma das soluções encontradas para o lado esquerdo da defesa "estrilista". No entanto, antes da sua mudança para a "Reboleira", Kenedy seria emprestado à formação espanhola do Albacete, onde realizaria apenas três encontros. As suas exibições foram de tal maneira fracas que, o Futebol Clube do Porto e o próprio Kenedy resolveram que, o melhor seria a rescisão contratual entre ambas as partes. De volta ao Estrela da Amadora, o veloz lateral português, conseguiria reencontrar o caminho das boas exibições, desde a sua saída da Luz em 1996. Nas três temporadas em que esteve ao serviço do clube da Amadora, Kenedy seria considerado um dos melhores laterais-esquerdos, a actuar no principal campeonato português, contudo, esquecido pelos inúmeros seleccionadores nacionais (Carlos Queirões, António Oliveira e Humberto Coelho) que, anos após ano, "taparam" os olhos a este jovem, cheio de talento, técnica e velocidade. Todavia, a época de 2001/2002, seria sem dúvida, uma das melhores da sua carreira, bem como, o seu pior pesadelo. Ao assinar contrato com a formação do Marítimo, no Verão de 2001, Kenedy não fazia a menor ideia que, o seu destino, com as cores do clube madeirense, acabaria da pior forma possível. Realizando uma época para recordar, onde foi um dos melhores jogadores do campeonato português, Daniel Kenedy constaria na lista dos 21 escolhidos do seleccionador António Oliveira, para disputar o Campeonato do Mundo de Futebol da Coreia e do Japão. Para muitos, fora uma enorme surpresa, porém, face ao trabalho desenvolvido pelo atleta no Marítimo, foi mais do que merecido a sua chamada à selecção principal de Portugal, sendo mesmo discutido se Kenedy, não seria um dos possíveis titulares durante a competição. Porém, quis o destino que a carreira internacional de Kenedy fosse findada antes do seu começo. A poucos dias do início do Mundial, o euforico Kenedy acusaria doping, algo que faria com que fosse automaricamente excluído do torneio e da própria selecção.
Afirmando tratar-se de uma substância para emagrecer e que, há muitos anos a tomava, com o aval do seu médico, que confirmaria tais palavras mais tarde, a verdade é que, o atleta português perderia a sua grande oportunidade de brilhar, ao mais alto nível, numa grande competição internacional, bem como, de relançar a sua própria carreira desportiva. Após esse acontecimento fatal, a vida de Kenedy nunca mais seria a mesma, decaíndo gradualmente com o decorrer dos anos. Daniel Kenedy representaria a formação do Marítimo até Dezembro de 2003, altura em que se mudaria para o Sporting de Braga, de Jesualdo Ferreira. Com o experiente técnico no comando, Kenedy reecontraria alguém que fora muito importante na sua vida, anos atrás, na altura em que representava o Benfica. Com um claro aumento de peso, o atleta não conseguiria vingar no clube bracarense, disputando um total de 15 partidas para o campeonato. Em Dezembro de 2004, Daniel Kenedy de 30 anos de idade, assinaria contrato com a Académica de Coimbra até ao final da época de 2004/2005, após ter sido preterido pelo técnico bracarense. Com as cores dos "estudantes", Kenedy conseguiria recuperar a sua boa forma física, porém os seus 31 anos de idade, eram suficientemente "pesados", para uma nova etapa no campeonato português. Na temporada de 2005/2006, o antigo jogador do Benfica e do Porto, teria que "abandonar" o campeonato nacional, para rumar ao Chipre, onde iria militar na formação do APOEL, clube onde encontraria o português Ricardo Fernandes. Numa franca descida de competitividade desportiva, Kenedy teria que mudar de ares, na época seguinte, após umas decepcionantes nove partidas disputadas, com as cores do APOEL. A sua nova aventura, chamár-se-ia Ergotelis, clube da primeira divisão grega. No entanto, após um bom início de temporada, Kenedy seria emprestado ao Kallithea, da segunda divisão até ao final da época, regressando ao clube (Ergotelis) na época seguinte. No total, o antigo internacional português, faria 50 partidas oficiais, com as cores do Ergotelis. Na actualidade, Daniel Kenedy, de 35 anos de idade, continua a praticar o que mais gosta de fazer: jogar futebol. Com as cores do Aias, clube da terceira divisão da Grécia, Kenedy caiu completamente no esquecimento de todos os portugueses, que há pouco mais de uma década gritava pelo seu nome dos vários estádios de Portugal. Daniel Kenedy foi sem dúvida, um dos jovens mais promissores da sua geração. Nem todos se poderão gabar de terem jogado ao lado de jogadores de enorme renome internacional como: Rui Costa, João Pinto, Rui Águas, Jonas Thern, Mozer, Veloso, Hélder, Schwarz, Paulo Sousa, Vítor Paneira, Paulo Futre, Michel Preud´Homme, Claudio Caniggia, Ricardo Gomes, Valdo, Maniche, Bernard Lama, Alain Roche, Guérin, Leonardo, Raí, Loko, Anelka, Bruno N´Gotty, Jorge Costa, Sérgio Conceição, Zahovic, Peixe, Doriva, Rui Barros, Folha, Drulovic, Artur, Mário Jardel, Capucho, Jorge Andrade, Miguel, Pepe, Quim e Hugo Leal. Com toda a certeza, Kenedy é um verdadeiro exemplo para os mais jovens que, neste momento estão a começar a grande etapa das suas vidas, no mundo do futebol. Ao serviço do desporto rei, Daniel Kenedy ganhou tudo o poderia conquistar em Portugal, títulos e admiração, porém, bastou um pequeno "grande" erro para acabar com tudo isso, para acabar com o sonho de uma vida inteira. A carreira de Daniel Kenedy foi sem dúvida um sonho... antes do pesadelo.
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cartão Vermelho: Keirrison

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Está a tornár-se uma enorme desilusão, o futebol praticado por Keirrison neste sua primeira aventura pelos palcos europeus. Rotulado de "craque" do futebol brasileiro, Keirrison deixaria o seu país debaixo de um enorme prestígio, em cima dos seus ombros, ao ser adquirido pelo poderoso colosso espanhol Barcelona, por valores a rondarem os 14 milhões de euros, isto após ter sido a grande sensação do último brasileirão, com a camisola do Palmeiras e anteriormente do Coritiba, onde se sagraria o melhor marcador do campeonato, bem como, eleito a grande revelação da competição. Sem lugar no plantel principal dos catalães, devido à enorme concorrência de Messi, Henry, Bojan e Ibrahimovic, o Barcelona decidiria que o melhor para o clube e para o jogador seria, emprestá-lo a um clube onde pudesse desenvolver todo o seu potencial ofensivo, numa equipa onde pudesse apontar muitos golos, tal como o fizera no campeonato brasileiro. Preterido por uns e desejado por outros tantos, Keirrison e o Barcelona escolheriam o Sport Lisboa e Benfica, para iniciar esta sua nova etapa futebolística. Na companhia de jogadores de valor internacional como Pablo Aimar, Saviola (contratado ao Real Madrid no último defeso), Óscar Cardozo, Nuno Gomes e Di Maria, o jovem avançado de apenas 21 anos de idade, poderia sem qualquer problema, acrescentar ao seu currículo, uma passagem de ouro pelo plantel "encarnado" e pelo futebol português. No entanto e, face ao desenvolvimento e ao ritmo competitivo que a dupla ofensiva Cardozo e Saviola conseguiu impor ao futebol do Benfica, Keirrison bem como outros tantos avançados, teriam que esperar a sua vez para poderem brilhar, ao mais alto nível. A verdade é que, passado quatro meses desde a sua chegada, o avançado brasileiro poderá estar de saída do Benfica e... pela porta pequena. Tendo sido apenas utilizado em quatro ocasiões para o campeonato nacional e, sempre como suplente, Keirrison soma apenas 183 minutos de competitividade e... sem golos. Números e factos bastante fracos, face ao seu imenso potencial. Todavia, o seu futebol não poderá ser colocado em discussão, pois, muitos foram os atletas vindos do campeonato sul-americano que, na sua primeira época na Europa não conseguiram vingar. Casos como o de Diego, Luis Fabiano, bem como do próprio... Tinga, são exemplos perfeitos das dificuldades que um jovem vindo de outra realidade poderá enfrentar. Porém, a realidade é bastante diferente, pois todos estes nomes referidos, são neste momento titulares absolutos nos seus respectivos clubes (Diego na Juventus, Luis Fabiano no Sevilha e Tinga no Borússia de Dortmund). Comparando as chegadas de Jardel, Acosta, Pena e Lisandro Lopez, o Benfica poderá contar num futuro próximo, com um avançado de imensa qualidade. Porém, os avançados vivem à base de golos e esses, não têm aparecido para Keirrison e, quando não existe golos num avançado, a melhor solução é a sua saída. Mesmo com toda a sua qualidade enquanto avançado, que a tem, a vida de Keirrison, não se encontra nos seus melhores dias, essa é a grande realidade. Ainda falta muito tempo para o final do campeonato, porém, o avançado brasileiro, terá que aprender rapidamente os movimentos e o ritmo do futebol europeu... pois o seu valor pode ser bastante alto mas... o seu passe foi muito mais.
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Bota de Ouro: Suárez

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Luis Alberto Suárez Díaz, nascido no dia 24 de Janeiro de 1987, em Salto, é neste momento, o grande avançado do campeonato holandês, bem como, um dos melhores na sua posição na actualidade, no futebol europeu. Tendo iniciado a sua carreira desportiva na temporada de 2005/2006, ao serviço dos uruguaios do Club Nacional de Football, Suárez desde muito cedo que conquistaria os corações dos adeptos do Nacional, através do seu futebol combativo e enorme capacidade técnica. Desde então que o jovem internacional uruguaio é, considerado por muitos, como um dos maiores talentos do seu país. Após ter encantado os adeptos e conquistado o campeonato nacional no ano de 2006, onde apontaria 12 golos em 29 encontros, Luis Suárez mudár-se-ia para a Europa, nomeadamente para o campeonato holandês, onde assinaria contrato com a formação do Groningen, pela "modesta" quantia de 800.000 euros, valores que até aos dias de hoje, ainda ninguém conseguiu compreender, como é que o Groningen conseguiu contratar um dos maiores valores do actual futebol moderno, por uma quantia tão baixa. Tendo realizado uma primeira época "europeia" bastante positiva, facturando por dez ocasiões em 29 encontros oficiais, para o principal campeonato da Eredevisie, a sua forma de actuar em campo, chamaria a atenção de outros grandes clubes europeus. No dia 9 de Agosto de 2007, o passe do jovem jogador seria adquirido pelo Ajax, pela quantia de 7.5 milhões de euros. Com um suposta quebra de contrato em causa, o Ajax teria que esperar mais algum tempo, para poder contar com a jovem promessa nas suas fileiras. Mesmo assim, o clube holandês conseguiria conquistar a Supertaça da Holanda, no início da temporada de 2007/2008. Luis Suárez faria a sua estreia oficial, com a camisola do Ajax, num encontro de qualificação para a Liga dos Campeões, frente à formação do Slávia de Praga. Nesse mesmo encontro, ele ganharia uma grande penalidade, contudo perdida pelo avançado holandês Klaas-Jan Huntelaar. A sua estreia na liga holandesa, ficaria marcada pelo seu primeiro golo oficial com as cores do Ajax, assistindo outros três e, conquistando mais uma grande penalidade, ajudando o clube da capital a golear a recém-promovida formação do Graafschap por uns claros 8-1. No seu primeiro encontro no Amsterdam Arena, Suárez apontaria mais dois golos frente ao SC Heerenveen, dando assim, continuação a um excelente início de temporada. O avançado uruguaio apontaria ainda um magnífico hat-trick frente ao Willem II, alcançando a marca de 14 golos em 27 partidas. Ele terminaria a sua primeira época com a camisola do Ajax com 20 golos apontados em 40 encontros oficiais. Porém, na época seguinte, o seu nome ficaria marcado pela negativa, devido aos excessivos cartões amarelos, conquistados ao longo da época. Mesmo não conseguindo uma regularidade, como na época transacta, Suárez conseguiria apontar 22 golos em 31 jogos no campeonato, terminando a prova, a um golo do avançado marroquino Mounir El Hamdaoui, do AZ Alkmaar, equipa que se sagraria campeã nacional nesse ano. Na actual temporada futebolística, Luis Suárez está a atravessar um dos seus melhores momentos de forma, desde a sua chegada ao campeonato holandês, no Verão de 2007, tendo apontado até ao momento 15 golos em apenas 11 partidas, nesta primeira volta do campeonato. Além de ser a grande figura, bem como, o capitão da formação do Ajax, Luis Suárez é ainda uma das grandes promessas para o Campeonato do Mundo de Futebol em 2010, formando com Diego Forlán, uma dupla temível para qualquer adversário. Sem dúvida, Suárez detém de qualidades que o possibilitam de actuar em qualquer campeonato europeu. Com o recente assédio de vários dos grandes clubes da Europa, como é o caso do AC Milan, o Chelsea, o Arsenal, o Manchester United e o Barcelona, muito dificilmente, o avançado uruguaio, de apenas 22 anos de idade, vestirá as cores do Ajax na próxima época.
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Bola Verde: Targino

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Dados Pessoais
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Nome: Tiago João Targino da Silva
Data de Nascimento: 6 de Junho de 1986
Naturalidade: Beja, Portugal
Altura: 1.80 cm
Peso: 76 kg
Posição: Extremo / Avançado
Clube: Vitória Sport Clube
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Percurso Profissional
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2002-2004 : Clube Desportivo de Beja
2004-2008 : Vitória Sport Clube
2007-2008 : Vestel Manisaspor (E)
2008-2009 : Randers Football Club (E)
2009-2010 : Vitória Sport Clube
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Tiago João Targino da Silva, nascido no dia 6 de Junho de 1986, em Beja é, neste momento, um das grandes surpresas, bem como, revelações do principal campeonato português, nomeadamente, com as cores do Vitória de Guimarães. Tiago Targino começaria a dar os seus primeiros passos, no mundo do futebol, no clube da sua terra natal, o Desportivo de Beja. Desde cedo, rotulado de grande vedeta, o Vitória de Guimarães não demoraria muito tempo, a adquirir os seus serviços desportivos, tendo integrado na altura, as camadas jovens do clube da cidade-berço. Sendo um extremo que actua preferencialmente, junto às faixas laterais, Targino detém de capacidades individuais, que o fazem "abraçar" posições mais centrais, fazendo dele, um avançado temível para os seus adversários, devido à sua extrema velocidade e mobilidade em campo. Lançado pelo técnico português Manuel Machado, na época de 2004/2005, na formação principal do Vitória de Guimarães, frente ao Penafiel, Tiago Targino seria uma das peças fundamentais, para a carreira mais do que tranquila, da equipa vimaranense, no principal campeonato nacional, atingindo inclusivé, o quinto lugar da tabela classificativa. Tais exibições, despertariam o interesse dos grandes clubes nacionais, nomeadamente o Futebol Clube do Porto e o Sport Lisboa e Benfica. Integrando definitivamente, o plantel principal do Guimarães na temporada seguinte, Targino não conseguiria "salvar" o clube vimaranense, da descida de divisão. Devido a tal facto, a sua projecção no futebol português, ficaria adiada para mais tarde. Porém, mesmo a militar na segunda divisão portuguesa, Targino manteria-se numa aposta regular de Rui Caçador, na altura, Seleccionador Nacional de Sub-21, correspondendo em campo, com exibições bastante positivas, bem como, decisivas em algumas das partidas, como foi o caso, frente à formação de Montenegro. Targino seria mais uma vez, fundamental para o regresso do Guimarães, ao principal palco nacional, no primeiro terço do campeonato. Contudo, com a entrada de Manuel Cajuda, no comando técnico do Vitória de Guimarães, o jovem extremo português, perderia por completo, o seu espaço no plantel vimaranense. A solução encontrada, seria a do seu empréstimo. Em Dezembro de 2007, Targino assinaria pelos turcos do Manisaspor, após ter sido dispensado por Manuel Cajuda. Tendo como primeira experiência no extrangeiro, uma experiência falhada, no Dínamo de Moscovo, Targino estava pronto para dar a volta por cima, com o intuito de regressar ainda mais forte ao futebol português. A sua aventura, no campeonato turco, acabaria por ser positivo para o jovem futebolista, porém, tal campeonato não o seduzaria. Regressando ao Guimarães no início da temporada de 2008/2009, Targino seria mais uma vez dispensado por Manuel Cajuda. Na altura falou-se, do suposto interesse dos ingleses do Queens Park Rangers, que pareciam levar uma certa vantagem, sobre alguns dos clubes turcos, interessados no seu concurso. Para Targino, o futebol inglês seria encarado como um boa alternariva, para a sua ainda curta carreira desportiva. Porém, o seu destino seria desviado para a Dinamarca, mais concretamente, para o Randers, clube que na altura, se encontrava na sexta posição do campeonato dinamarquês. Mais uma vez, Targino provou que poderia servir, as cores do Vitória de Guimarães, através do seu futebol ofensivo e bastante imprevisível. Com o Campeonato do Mundo à porta, Targino não esconde o seu intenso desejo de poder participar em tal acontecimento desportivo. As suas exibições na presente temporada, têm deixado tudo e todos, bastante contentes com o seu alto rendimento. O jovem avançado tem-se destacado na frente de ataque, muito graças à sua velocidade e técnica apurada, bem como, aos milimétrico passes do médio Nuno Assis. De regresso à cidade-berço, após uma nova passagem no estrangeiro, Targino está finalmente, a afirmar-se na equipa principal do Vitória de Guimarães. Primeiramente, Nelo Vingada abriu-lhe as portas para o seu regresso e afirmação. Com Paulo Sérgio no comando principal, o novo treinador, conseguiu implantar-lhe uma nova confiança, algo bastante visível dentro das quatro linha de jogo. Com contrato até 2011 com o Vitória de Guimarães, não será de estranhar um novo assédio ao internacional sub-21 português. As portas dos grandes de Portugal, bem como, um possível novo rumo ao estrangeiro, será certamente, o seu futuro nos próximos tempos. Tiago Targino é sem dúvida, um jogador a ter em conta, no principal campeonato português, bem como, uma das possíveis soluções, para Carlos Queiroz, para o Mundial da África do Sul, a disputar em 2010.
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