Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Figura da Semana: Schiaffino

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Dados Pessoais
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Nome: Juan Alberto "Pepe" Schiaffino Villano
Data de Nascimento: 28 de Julho de 1925
Data de Falecimento: 13 de Novembro de 2002
Naturalidade: Montevídeo, Uruguai
Posição: Avançado
Altura: 1.75 cm
Peso: 69 kg
Internacionalizações A: 21 (8) / 4 (0)
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Percurso Profissional
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1943-1954 : Club Atlético Peñarol
1954-1960 : Associazione Calcio Milan
1960-1962 : Associazione Sportiva Roma
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Técnico Principal
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1974-1975 : Selecção Nacional do Uruguai
1975-1976 : Club Atlético Peñarol
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Palmarés
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Campeonato Uruguaio: 1944, 1945, 1949, 1951, 1953, 1954
Vice-Campeonato Uruguaio: 1946, 1947, 1950, 1952
Melhor Marcador do Campeonato: 1945
Melhor Jogador do Campeonato: 1945
Torneio Competencia: 1946, 1947, 1949, 1951, 1953
Torneio Honor: 1944, 1945, 1946, 1947, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953
Taça Rio Branco: 1946, 1948
Finalista da Taça Rio Branco: 1947, 1950
Campeonato do Mundo de Futebol: 1950
Finalista da Taça Trompowski: 1950
Torneio Quadrangular: 1952
Taça de Montevídeo: 1954
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol: 1954
Campeonato da Serie A: 1955, 1957, 1959
Vice-Campeonato da Serie A: 1956
Taça Latina: 1956
Finalista da Taça dos Campeões Europeus: 1958
Taça dell´Amicizia: 1959, 1960
50 Melhores Jogadores do Século XX pela IFFHS: 2000
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História
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Vinte minutos da segunda parte. No centro do terreno, a bola alcança os pés de Gambetta. Com muita tranquilidade, o mesmo ergue a sua cabeça e observa o seu passe para Julio Pérez. O mesmo recebe-a e Danilo coloca-a à sua frente. O brasileiro consegue dar luta, porém, o médio uruguaio consegue reter o esférico. Pérez gira e encontra Obdúlio Varela. O "Gran Capitán" passa a Ghiggia. Rápidíssimo, o avançado uruguaio, ultrapassa em velocidade o lateral Bigode. Vai até à linha final e, não existindo outra opção, efectua o cruzamento para trás. A bola é colocada de forma rasteira no relvado e, o barulho torna-se ensurdecedor. Do outro lado do campo, Juan Alberto Schiaffino projecta-se para alcançar o cruzamento. Juvenal não consegue o corte. Desesperado, o mesmo apercebe-se da passagem do seu adversário. De primeira, num pequeno balanço, Schiaffino fuzila por completo o ângulo esquerdo do guarda-redes Barbosa. O Uruguai conseguia assim, o empate a uma bola frente aos poderosos Brasil. Com um silêncio de 200 mil vozes e, com um Estádio do Maracanã repleto de adeptos brasileiros, o Brasil começava a perder o Mundial. Incrédulo e acuado, a formação brasileira não conseguiria segurar o empate por muito mais tempo. A selecção uruguaia apontaria o segundo golo, numa das maiores jogadas da história do futebol, conquistando dessa forma, o segundo Campeonato do Mundo para a formação uruguaia: o primeira fora em 1930. Quis o destino que coubesse àquele esguio avançado uruguaio o golo que mudaria a história, daquela tarde de 16 de Julho de 1950. Com seis golos apontados, Schiaffino seria o artilheiro da "Celeste" na competição, terminando a prova como a grande estrela da equipa. Na sua estreia (no Mundial), frente à formação da Bolívia, Schiaffino apontaria cinco golos, na goleada por 8-0. Juan Alberto Schiaffino Villano é, considerado por muitos, o melhor jogador uruguaio de todos os tempos. Alto, magro e elegante, o mesmo destacava-se pela sua velocidade e remates certeiros. A sua capacidade individual era nata. extremamente frio e técnico, parecia não fazer nenhum esforço para jogar futebol. No entanto, actuando como médio, Schiaffino costumava apontar muitos golos, tornando-se quase sempre, um dos melhores senão o melhor marcador das suas equipas. Nascido em Montevídeo, no dia 28 de Julho de 1925 e adepto do Nacional desde sempre, Schiaffino após várias passagens por equipas de dimensão amadora, bem como, um curto trajecto na equipa do Nacional de Montevídeo, acabaria por ingressar nas camadas jovens do Peñarol, com apenas 17 anos de idade, devido ao seu irmão mais velho, que na altura militava na formação principal do clube. Um ano após o seu ingresso no clube, Schiaffino já era um dos membros da equipa principal do Peñarol. As suas primeiras actuações valeram-lhe inclusivé, a alcunha de "Pequeño Maestro", numa alusão a José Piendibene, o grande jogador uruguaio dessa época, do qual era chamado de "Gran Meastro". Se alguns classificavam a comparação como precipitada, Schiaffino trataria de pronto de não decepcionar nem mesmo os seus admiradores mais afoitos. Com apenas 20 anos de idade, participaria na equipa nacional do Uruguai que, acabaria por conquistar a Taça Rio Branco em 1946, torneio esse, disputado em solo uruguaio, derrotando na final a poderosa formação do Brasil. A partir desse momento, Schiaffino viraria presença habitual nas convocatórias e, poderia ter ido mais longe, se não fosse o facto do aparecimento da Segunda Guerra Mundial, facto que impediria a realização do Campeonato do Mundo em 1946. Com a camisola do Peñarol, Schiaffino seria peça-chave nas seis conquistas do Campeonato Nacional. No último alcançado, em 1954, Schiaffino disputaria o seu segundo Campeonato do Mundo, desta vez realizado na Suíça. Lesionado e em muito más condições físicas, Schiaffino tornaria a "Celeste" numa formação mais fraca e com menos magia. Frente aos poderosos húngaros de Puskás, a formação do Uruguai não conseguiria atingir a final pretendida, tendo sido eliminados na meia-final, da qual resultaria na primeira derrota da selecção uruguaia em Campeonatos do Mundo. Um encontro memorável certamente, entre duas das mais promissoras equipas daquele torneio. O Uruguai estava fora da disputa do título, mas o talento de Schiaffino teria a sua confirmação. Na vitória sobre a Escócia (7-0), o médio Tommy Docherty sairia de campo completamente maravilhado, com o futebol desenvolvido pelo jogador uruguaio: "É o melhor avançado contra quem já tive oportunidade de jogar. Estou encantado". Embora não tenha atingido a final do Mundial, a verdade é que, os italianos do AC Milan, não perderiam tempo e, pagariam mais de 100 mil dólares ao Peñarol pelos seus serviços. Schiaffino chegaria a Milão, para preencher a vaga deixada pelo sueco Gunnar Gren, um dos históricos do clube milanês e, que em tempos formou com Gunnar Nordhal e Nils Liedholm o inesquecível trio "Gre-No-Li" no início dos anos 50. Numa equipa em que figuravam jogadores como Césare Maldini (pai de Paolo Maldini) e Fontana, Juan Alberto Schiaffino conquistaria três "scudettos", além de ter atingido a final da Taça dos Campeões Europeus, porém conquistada pelo poderoso Real Madrid em 1958, por uns batalhadores 2-3. Mesmo sendo um jogador de capacidade técnicas muito acima das normais, Schiaffino demoraria a ser entendido em Itália. Com poucos meses com as cores do AC Milan, o médio uruguaio receberia um convite, para representar a selecção italiana (na época permitia-se aos jogadores actuarem em selecções diferentes, desde que fossem naturalizados). O sucesso alcançado da formação "Celeste" não seria, no entanto, atingida na "squadra azurra", tendo actuado em apenas quatro ocasiões pela mesma. Depois de 145 partidas e 49 golos na Serie A, Schiaffino deixaria o clube milanês, para representar o AS Roma. Aos 34 anos de idade, o jogador já não era o mesmo e, encontrava-se no fim da sua carreira desportiva. Mesmo assim, ainda conseguiria ajudar a formação romana, a conquistar a competição antecessora à Taça UEFA em 1961. Duas temporadas após ter rumado ao AS Roma, Schiaffino terminaria a sua carreira desportiva em 1962, com 37 anos de idade. Até hoje, Juan Alberto Schiaffino segue como um mito no Uruguai. Falar das suas façanhas é lembrar de um futebol uruguaio de um passado distante, quase esquecido. Após a sua retirada do mundo do futebol, Schiaffino regressaria à sua terra natal, em Montevídeo, onde anos depois teria uma breve passagem pela Selecção Nacional do Uruguai, bem como, pelo Peñarol (de 1975 a 1976). No dia 13 de Novembro de 2002, Schiaffino de 77 anos de idade deixaria o mundo do futebol mais triste. Schiaffino não foi particularmente um jogador genial, tendo inclusivé, algumas dúvidas em relação à sua capacidade de defrontar os melhores defesas da época que alinhavam no futebol italiano, contudo, mesmo havendo muitas incógnitas, em relação ao seu futebol, Juan Alberto Schiaffino Villano foi sem dúvida, um dos melhores jogadores de todos os tempos, bem como, um dos imortais campeões do mundo de futebol.
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domingo, 7 de junho de 2009

Medalha de Lata

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Boavista Futebol Clube
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Em apenas dois anos, um clube de fora campeão nacional em 2001, encontra-se neste momento na segunda divisão B de Portugal. O Boavista corre mesmo o risco de desaparecer para sempre, do panorama nacional. Se esse facto acontecer, podemos estar a ver, um caso raro de êxito e fracasso em escassos anos desportivos. Tendo começado como um clube de meio de tabela, o futebol do Boavista foi crescendo de ano para ano. Com jogador como Pedro Emanuel, Rui Bento, Petit, Ricardo, Timofte, entre outros, o Boavista de Jaime Pacheco, chegaria ao topo do futebol português. Porém, oitos anos volvidos, esse mesmo "Boavistão" desapareceu por completo. Sem um rumo certo para o futuro, o Boavista apenas será lembrado pelos gloriosos tempos em que fora campeão, dentro e fora dos relvados. Sob a administração "Loureiro", durante mais de duas décadas, o Boavista conseguiu viriar de herói a pesadelo nacional. A muito se deve os êxitos desportivos à família Loureiro, contudo, também lhes é apontado, esta dura e cruel realidade em que o Boavista se encontra na actualidade. Por todos estes motivos, o Boavista e os seus responsáveis, merecem um "cartão vermelho" por tempo indeterminado.
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Destaque da Semana

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Paolo Maldini
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O final da temporada futebolística 2008/2009 fica marcado pelo adeus, a um dos melhores jogadores de todos os tempos do futebol mundial: Paolo Maldini. Aos 40 anos de idade, o veterano defesa italiano encerra um ciclo de 25 anos ao serviço do AC Milan, o seu clube de sempre. Fiel ao clube de San Siro, Maldini viveu uma carreira replecta de exitos desportivos entre os quais: 7 Campeonatos Nacionais, 5 Supertaças de Itália, 1 Taça de Itália, 5 Taças dos Campeões Europeus, 5 Supertaças Europeias, 2 Taças Intercontinentais e 1 Mundial de Clubes. Sem dúvida números impressionantes para um "jovem" que começou a sua longa carreira no ano de... 1984, com apenas 16 anos de idade. O seu nome ficará ainda imortalizado na Selecção Nacional de Itália, sendo neste momento, o jogador com mais internacionalizações pela "Squadra Azzurra": 126. Após ter disputado três Campeonatos da Europa e quatro Campeonatos do Mundo, Paolo Maldini é um dos nomes que ficarão imortalizados no "Corredor da Fama do Futebol Mundial". 2009 significa o adeus definitivo do "capitão" do AC Milan. Paolo Maldini conseguiu despedir-se como começou... como um autêntico campeão e um verdadeiro exemplo de dedicação e fidelidade a um clube... ao clube do coração. Até sempre Paolo Maldini. Até sempre "Diabo Vermelho".
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sábado, 6 de junho de 2009

Equipa da Semana

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Equipa da Semana
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Equipa
Beto, Maxi Pereira, Sereno, Edson, Sérgio Nunes
Fellipe Bastos, Miguel Rosa, Yannick Djaló, Diogo Valente, Roberto e Derlei
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Mercado Nacional: Diogo Valente

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Dados Pessoais
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Nome: Diogo Jorge Moreno Valente
Data de Nascimento: 23 de Setembro de 1984
Naturalidade: Aveiro, Portugal
Posição: Extremo-Esquerdo
Altura: 1.78 cm
Peso: 73 kg
Clube: Leixões Sport Club
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Percurso Profissional
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2002-2003 : Boavista Futebol Clube B
2003-2004 : Grupo Desportivo de Chaves (E)
2004-2006 : Boavista Futebol Clube
2006-2007 : Futebol Clube do Porto
2006-2007 : Club Sport Marítimo (E)
2007-2009 : Leixões Sport Club (E)
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Diogo Jorge Moreno Valente, nascido no dia 23 de Setembro de 1984 em Aveiro, é neste um dos melhores valores nacionais, a disputar o principal campeonato português, nomeadamente com a camisola do Leixões. Formado nas escolas do Boavista, na altura orientado pelo técnico português Jaime Pacheco, Diogo Valente faria a sua estreia com a camisola principal dos "axedrezados" na temporada 2004/2005, com apenas 20 anos de idade. Porém, muito antes dessa mesma estreia, Diogo Valente seria cedido ao Desportivo de Chaves, clube que na altura militava na segunda divisão portuguesa. Findado o seu empréstimo e concluída toda a sua adaptação à equipa principal do Boavista, Diogo Valente revelou-se de pronto, num dos grandes pilares do Boavista de Jaime Pacheco, tendo atingindo nas duas temporadas em que esteve ao serviço do clube, o sexto lugar da tabela classificativa. Internacional pelas camadas jovens de Portugal, Diogo Valente era assim visto, como uma das maiores promessas do futebol português. No Verão de 2006, após uma positiva época futebolística, Diogo Valente seria alvo de uma enorme cobiça, por parte dos principais clubes nacionais, nomeadamente o Sport Lisboa e Benfica e o Futebol Clube do Porto. No entanto, seria este último a adquirir os seus préstimos, tendo assinado um contrato válido por três temporadas. Contudo, embora tivesse feito parte do plantel "portista" na primeira metade da temporada de 2006/2007, a verdade é que em Janeiro de 2007, o jovem médio português, seria cedido ao Marítimo, numa forma de dar ao jogador uma hipótese de realizar mais minutos na primeira divisão. Concluída a temporada de 2007, Diogo Valente regressaria ao "Olival" na esperança de garantir um lugar no plantel dos "dragões", contudo, mais uma vez, o médio não conseguiria atingir os seus objectivos. Em Julho de 2007, Diogo Valente seria apresentado como um dos novos reforços do Leixões, clube que garantira um lugar no principal escalão, meses antes. No clube de Matosinhos, Diogo Valente iria reencontrar antigos colegas "portistas" como Vieirinha e Paulo Machado. Devido a esse facto, o clube conseguiria alcançar o seu principal objectivo para a temporada: a manutenção (garantida na última partida do campeonato). Na temporada 2008/2009, sem mais uma vez, lugar no plantel de Jesualdo Ferreira, Diogo Valente permaneceria mais uma época em Matosinhos. Durante toda a temporada, o jovem médio nacional, conseguiu rubricar excelentes exibições, merecendo dessa forma, uma oportunidade por parte do seleccionador nacional Carlos Queiroz, treinador que traria de volta a mítica selecção B nacional. Juntamente como Beto, Wesley, Bruno China, Elvis, entre outros, Diogo Valente seria um dos grandes responsáveis, pela grande temporada que o Leixões efectuou, tendo atingido o magnífico sexto lugar da tabela, qualificando dessa forma, o clube para as provas da UEFA, na próxima temporada. Numa altura em que atinge o terceiro ano de contrato com o Futebol Clube do Porto, Diogo Valente terá pela frente duas frentes, ou consegue finalmente convencer todo o comando técnico do Porto ou, terá que tentar a sua sorte noutro clube de maior dimensão que o Leixões, possivelmente algum vindo do estrangeiro. Diogo Valente trata-se de um jovem internacional português. Muito rápido na forma como cruza para a área e muito evoluido nas transacções ofensivas. Dessa maneira, Diogo Valente não terá dificuldades em encontrar um clube à sua dimensão futebolística. Sem dúvida, um dos grandes valores do futebol português, para a próxima década.
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Mercado Internacional: Hoffer

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Dados Pessoais
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Nome: Erwin "Jimmy" Hoffer
Data de Nascimento: 14 de Abril de 1987
Naturalidade: Baden bei Wein, Áustria
Posição: Avançado
Altura: 1.76 cm
Peso: 72 kg
Clube: Sporklub Rapid Wien
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Percurso Profissional
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1998-2002 : Verein Internationaler Sportplatz Baden
2002-2004 : VfB Admira Wacker Modling B
2004-2006 : VfB Admira Wacker Modling
2006-2009 : Sportklub Rapid Wien
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Erwin "Jimmy" Hoffer, nascido no dia 14 de Abril de 1987 em Baden bei Wien, é neste momento, uma das grandes promessas do futebol europeu, possivelmente a maior do panorama austríaco, desde a retirada do histórico avançado Toni Polster. Hoffer começaria a sua carreira desportiva em 2002, com apenas 15 anos de idade, ao serviço do VfB Admira Wacker Midling. Alinhando pela equipa de juniores, Hoffer destacár-se-ia pela sua velocidade e facilidade em apontar golos. Dois anos após a sua chegada ao clube, Hoffer seria reenviado para a equipa principal do Admira, equipa onde passaria duas temporadas em alto nível, antes de se transferir para o seu clube do coração, o Rapid de Viena, no Verão de 2006, com apenas 19 anos de idade. Embora a sua primeira temporada, com as cores do Viena não tenham saído da melhor forma, para o jovem avançado, a verdade é que, o mesmo soube esperar a sua oportunidade e, na segunda metada da temporada de 2007/2008 o avançado austríaco explodiu, espalhando toda a sua magia pelos diversos campos, da primeira divisão austríaca, tendo terminado essa mesma época futebolística, com uns fantásticos 10 golos, a para do germânico Steffen Hoffmann, o melhor jogador do campeonato em 2008. Nessa mesma temporada, houve porém, um encontro que ficará na memória de todos os adeptos do futebol austríaco, após o Rapid de Viena ter humilhado o Red Bull Salzburgo por uns claros 7-0, com Hoffer a marcar três dos golos da equipa. Devido a essa história e esmagadora vitória, o título nacional caíria nas mãos do Viena. Erwin Hoffer conseguiria assim, tornar-se num dos novos ídolos do campeão Rapid de Viena. A cumprir a sua terceira temporada em Viena, Erwin Hoffer fez da época 2008/2009 a sua época de afirmação e, não fez por mais. Apesar de Marc Janko, avançado do Red Bull Salzburgo e novo campeão nacional ter apontado uns incríveis 39 golos, Erwin Hoffer não fez má figura ao marcar 27 golos em apenas 30 encontros para o campeonato. Tendo atingido a segunda posição, da tabela classificativa, a apenas quatro pontos do campeão, Erwin Hoffer conseguiu ser um dos melhores jogadores a actuar nos principais campeonato europeus. Numa altura, em que praticamente, todos os grandes campeonatos estão concluídos, o nome de Hoffer certamente que irá aparecer nas listas de "compras" na próxima temporada futebolística. Com apenas 22 anos de idade, dotado de uma velocidade incrível (diz-se inclusivé, ser o jogador mais rápido a actuar no principal campeonato austríaco), e de uma capacidade técnica muito acima da média, o actual internacional A austríaco, não terá qualquer dificuldade em escolher qual, o campeonato em que quererá rumar... especialmente se for o inglês... ou mais propriamente o Manchester United, clube onde milita o seu grande ídolo, o inglês Wayne Rooney. Um jogador a ter em conta para o futuro e sem sombra de dúvidas, um dos grandes nomes a salientar na próxima década, no panorama futebolístico.
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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Figura da Semana: Didi

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Dados Pessoais
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Nome: Waldir Pereira "Didi"
Data de Nascimento: 8 de Outubro de 1929
Data de Falecimento: 12 de Maio de 2001
Naturalidade: Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, Brasil
Posição: Médio-Centro
Altura: 1.74 cm
Peso: 68 kg
Internacionalizações A: 68 (20)
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Percurso Profissional
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1944-1945 : São Cristóvão de Futebol e Regatas
1945-1946 : Industrial Esporte Clube
1945-1946 : Clube Esportivo Rio Branco
1945-1946 : Goytacaz Futebol Clube
1946-1947 : Americano Futebol Clube
1946-1948 : CAL/Bariri
1948-1949 : Madureira Esporte Clube
1949-1956 : Fluminense Football Club
1956-1959 : Botafogo de Futebol e Regatas
1959-1960 : Real Madrid Club de Fútbol
1960-1962 : Botafogo de Futebol e Regatas
1962-1964 : Club Sporting Cristal
1964-1965 : Botafogo de Futebol e Regatas
1964-1965 : São Paulo Futebol Clube
1964-1965 : Botafogo de Futebol e Regatas
1965-1966 : Club Deportivo Tiburones Rojos de Veracruz
1966-1967 : São Paulo Futebol Clube
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Técnico Principal
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1962-1963 : Club Sporting Cristal
1967-1968 : Club Sporting Cristal
1969-1970 : Selecção Nacional do Perú
1970-1971 : Club Atlético River Plate
1972-1975 : Fenerbahçe Spor Kulubu
1975-1976 : Fluminense Football Club
1977-1978 : Cruzeiro Esporte Clube
1978-1981 : Al-Ahli Sports Club
1981-1982 : Botafogo de Futebole Regatas
1986-1987 : Club Alianza Lima
1989-1990 : Bangu Atlético Clube
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Palmarés
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Campeonato Citadino de Campos de Goytacazes: 1946
Taça Olímpica: 1949
Taça General Manuel A. Odria: 1950
Taça Governo Estado da Bahia: 1951
Taça Eficiência: 1951, 1952, 1953, 1955
Campeonato Carioca: 1951, 1957, 1961, 1962
Taça Rio: 1952
Taça Ramos Pinto: 1952
Taça Cinquentenário do Fluminense: 1952
Taça Lais: 1952
Torneio José de Paula Júnior "Quadrangular de Belo Horizonte": 1952
Jogos Pan-Americanos: 1952, 1956
Presença nos Jogos Olímpicos de Verão de Helsínquia: 1952
Taça das Municipalidades do Paraná: 1953
Finalista do Campeonato Sul-Americano de Futebol: 1953, 1959
Finalista da Copa América: 1953, 1957, 1959
Vice- Campeonato do Torneio Rio-São Paulo: 1954
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol: 1954, 1970
Taça Início: 1954, 1956, 1961, 1962
Taça Desafio Flu Versus Uberaba: 1954
Taça Oswaldo Cruz: 1955, 1958, 1961, 1962
Taça O´Higgins: 1955, 1961
Taça Atlântico: 1956
Taça Disciplina: 1956
Taça Presidente Afonsio Dorazio: 1956
3º Lugar na Copa América: 1956
Campeonato do Mundo de Futebol: 1958, 1962
Melhor Jogador do Campeonato do Mundo de Futebol: 1958
Taça Hoteles Astoria: 1958
Taça Embaixador do Brasil: 1958
Troféu Cidade de Saquaresma: 1958
Troféu Ramón de Carranza: 1959
Medalha de Prata nos Jogos Pan-Americanos: 1959
Troféu Cidade do México: 1960
Vice-Campeonato Espanhol: 1960
Finalista da Taça do Rei: 1960
Finalista dos Jogos Pan-Americanos: 1960
Troféu Capitão Válter Paiva: 1961
Torneio Rio-São Paulo: 1962
Torneio Pentagonal do México: 1962
Troféu Alonso Hijos: 1962
Vice-Campeonato Peruano: 1962, 1963, 1967
Troféu Inauguração do Minerão: 1965
Campeonato Peruano: 1968
Taça San Martín de Tours: 1971
Finalista da Super Liga Turca: 1973
Taça do Primeiro Ministro: 1973
Supertaça Turca: 1973, 1975
Super Liga Turca: 1974, 1975
Taça Turca: 1974
Finalista da Supertaça Turca: 1974
Taça do TSYD: 1974
Campeonato Mineiro: 1977
Campeonato Árabe: 1978
Taça do Rei: 1979
Corredor da Fama do Futebol Brasileiro: 2000
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História
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Valdir Pereira, nascido em Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio, no dia 8 de Outubro de 1929 foi, sem dúvida, um dos melhores jogadores de todos os tempos, de toda a história do futebol mundial. Com apenas 14 anos de idade Valdir já era "Didi", altura em que sofreria uma grave infecção na perna, facto que praticamente o afastaria do seu espantoso destino. O seu pai, Artur Oscar, antigo jogador do Goytacaz, lamentaria tal situação, pois sonhara para ele o que o mesmo não tivera no passado: um futuro no futebol. Contudo, em 1944, completamente recuperado da lesão, Artur inscreveria Didi nos juvenis do São Cristóvão. Porém, sem qualquer ligação e sentimento pelo clube do Estádio Figueira de Melo, Didi voltaria a Campos em 1945, para representar o Industrial e o Rio Branco, tal como, o Goytacaz e o Americano. Neste último, Didi tornár-se-ia profissional de futebol em 1946. Nesse mesmo ano, Didi mudár-se-ia para o Leçoense, clube do interior de São Paulo. Dois anos mais tarde, em 1948, Didi representaria as cores do Madureira (no final dessa temporada, em 1949, Didi estaria recém-casado com Maria Luíza e à espera do seu primeiro filho Adilson) antes de se transferir para o Fluminense, clube onde se afirmaria enquanto "vedeta" do futebol brasileiro, "fabricando" exibições de deixar tudo e tudo de boca aberta. O seu talento era de tal maneira imenso que, em 1950, na inauguração do Estádio do Maracanã, o médio criativo Didi, apontaria o primeiro golo da história do estádio brasileiro, ao serviço da Selecção Carioca, numa partida que seria vencida pelos paulistas por 3-1. Nesse mesmo ano, Didi conheceria a actriz Guiomar Batista, mulher com quem passaria a viver. Diz-se mesmo que, devido a esse facto, ela fora a musa de Ary Barroso (compositor de Aquarela do Brasil) no samba-canção Risque, sucesso da música popular brasileira. Um ano volvido e Didi estaria a festejar, a conquista do campeonato carioca. Em 1952, Didi conquistaria com as cores do Fluminense, a Taça Rio, conseguindo dessa forma, um lugar entre os titulares no Pan-Americano no Chile, o primeiro troféu do jogador brasileiro, conquistado fora de território brasileiro. Nessa altura, devido ao seu estilo clássico, elegância, criatividade e liderança, Didi era o mais que provavel sucessor de Zizinho, um dos melhores de todos os tempos. No Sul-Americano de 1953, Didi disputaria cinco das sete partidas, ao lado de "estrelas" como Barbosa, Zizi, Danilo, Ademir, Nílton Santos, Julinho e Gilmar. Mesmo estando sob a sombra do grande "Mestre Ziza", o jogador do Fluminense seria um dos eleitos, para representar a selecção canarinha no Campeonato do Mundo de 1954 na Suíça. O insucesso da selecção brasileira nesse mesmo torneio, somou-se a ignorância dos "cartolas", mais atentos aos desaires amorosos de Didi do que às regras da disputa. Contudo, Didi faria nome na Europa, devido aos seus fantásticos dribles e passes milimétricos. Na altura, enquanto o então Presidente da República, Getúlio Vargas, acusado pelo partido de direita, cometia suicídio, Didi ou melhor Valdir Pereira era distinguido como "Príncipe Etíope", devido a toda a sua elegância, dentro e fora dos relvados. Todavia, no Fluminense, o jogador era visto como uma pessoa desleixado, facto que mexeria com o íntimo do médio brasileiro. Em Outubro de 1956, Didi seria então vendido ao Botafogo. Porém, meses antes dessa mesma transferência, frente ao América do Rio, o lesionado médio criativo, apontaria uma falta, rematando no meio da bola, com apenas três dedos, numa forma de não magoar ainda mais o seu pé. A bola subiria...transpôs a barreira e... de um momento para o outro, a mesma cairia na linha de golo, traindo dessa forma o espantado guarda-redes adversário. Estava assim criada a "folha seca", ou como se designa nos dias actuais: a famosa trivela. O seu primeiro ano com a caores alvinegras, Didi foi um autêntico fenômeno, tal como na selecção brasileira, onde nas eliminatórias para o Campeonato do Mundo de 1958, frente à formação do Perú, ele apontaria mais um dos seus lendários golos de "folha seca", qualificando assim, o Brasil para o Mundial da Suécia. Também no Botafogo, Didi seria campeão em 1957, bem como, conquistaria a Taça Oswaldo Cruz em 1955 e 1957 e a Taça O´Higgins em 1955, ambas alcançadas ao serviço da "canarinha". Todavia, o grande momento de Didi, aconteceria no Campeonato do Mundo de 1958: conquistando a competição e eleito o melhor jogador da prova. Para qualquer jogador isso seria o máximo a atingir. No entanto, jogar ao lado de astros como Pelé, Garrincha, Nílton Santos, Skoglund, Nestor Rossi, Yashin, Kopa, entre muitos outros lendários jogadores seria o quê? Dando provas desse imenso valor, o cognome de Didi em território francês era uma prova, do seu real valor individual: "Monsieur Football". Desde o Mundial da Suécia que os espanhóis do Real Madrid, clube que na altura tinha ao seu dispor jogadores como Alfredo Di Stefano, Ferenc Puskás e Gento, estava sob o olhar do Presidente Santiago Bernabéu e, em Julho de 1959, Didi de 29 anos de idade, trocaria o Botafogo pelo colosso espanhol. Contudo, a sua vida em Espanha foi tudo menos um mar de rosas. O internacional brasileiro esteve irreconhecível, tendo sido dessa forma, uma das grandes decepções daquele ano futebolístico. Declarado como um jogador lento, Didi teria ainda, segundo se consta, diversas discussões com Di Stefano, durante a sua estadia em Espanha, porém, sem qualquer fundamente à partida. Didi apenas não conseguiu adaptar-se ao futebol espanhol. No final de 1960, cansado de ser utilizado como reserva (situação idêntica à de Leônidas da Silva, nos uruguaios do Peñarol), Didi resolveria regressar ao futebol brasileiro, bem como, ao Botafogo, clube onde se sagraria bicampeão carioca em 1961 e 1962. Sem que uma pessoa se apercebesse e, Didi já tinha em suas mãos um novo Campeonato do Mundo, o de 1962, onde se tornaria bicampeão mundial de selecções. Nessa altura, Didi de 32 anos de idade, dividiria o troféu de melhor jogador da prova com o checo Masopust. Nesse mesmo ano, Didi tentaria a sua primeira tentativa enquanto técnico principal, nos peruanos do Sporting Cristal e onde se sagraria campeão nacional. No temporada seguinte, também em Lima, Didi sentiria vontade de jogar novamente e com as cores do "seu" Botafogo, clube onde em 1964 saiu para alinhar durante três meses na formação do São Paulo. De regresso à equipa alvinegra, Didi "passearia" no México, ficando por lá tanto como jogador, como técnico do Veracruz, clube onde realizaria os campeonatos de 1965 e 1966. No final desse último ano, Didi ainda alinharia com a camisola do São Paulo (pela segunda vez), clube onde em 1967, terminaria por completo a sua carreira futebolística, deixando pelo caminho um rasto de glórias, golos e saudades. No total, ao serviço da Selecção Brasileira de Futebol, o "mágico" Valdir disputaria 74 partidas, tendo facturado por 21 ocasiões (alguns deles de "folha seca"). Após dar por concluída a sua carreira de jogador, Didi passaria a ser técnico a tempo inteiro, comandando pela segunda vez o Sporting Cristal, posição que lhe daria critérios para orientar a Selecção Nacional do Perú, na altura a disputar as eliminatórias para a fase final do Campeonato do Mundo de 1970. A verdade é que, tirando a Argentina, Didi conseguiria qualificar o Perú para o Mundial do México. Já dentro da competição, o antigo astro brasileiro apenas diria aos seus jogadores: "Façam o que eu digo, não queiram fazer o que fiz" e, dessa forma tornár-se-ia herói nacional no Perú. Após uma excelente campanha no Mundial, Didi seria apresentado como o novo técnico principal do River Plate em 1971, clube onde se sagraria campeão. Didi também passaria por diversas equipas do Kuwait, Turquia e Arábia Saudita. Em 1975, Didi assumiria o comando técnico do Fluminense, clube que na altura era apelidada por "máquina" devido à sua enorme facilidade em marcar golos e, que contava na altura com jogadores como Rivelino, Paulo César e o gringo Dorval, todos eles campeões do Rio. Didi orientaria ainda o Cruzeiro, campeão mineiro em 1977, o Botafogo e o Bangu. Em 1984, após ter sido operado à coluna vertebral, aos 55 anos de idade, Didi afastaria-se totalmente do mundo do futebol. Em 2000, numa forma de agradecer todo o seu contributo ao futebol, a FIFA resolveria elege-lo para o "Corredor da Fama". No dia 12 de Maio de 2001, devido a diversas complicações de doença prolongada, Didi faleceria num hospital do Rio. No dia seguinte à sua morte, antes de se iniciarem as partidas, várias equipas, de diversos países (incluíndo o Real Madrid), fariam um minuto de silêncio em memória do jogador e homem que fora no passado. Trinta e sete dias depois, a sua eterna esposa, Guiomar faleceria no mesmo hospital, rodeada de filhas, netos e recordações. Para a história fica, um dos maiores nomes do futebol mundial. Para a história fica, o homem que um dia foi melhor que o "Rei". Para a história fica, Valdir Pereira... ou simplesmente Didi.
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