Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mercado Internacional: Sharbini

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Dados Pessoais
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Nome: Anas Sharbini
Data de Nascimento: 21 de Fevereiro de 1987
Naturalidade: Rijeka, Croácia
Posição: Médio-Ofensivo
Altura: 1.80 cm
Peso: 75 kg
Clube: Hrvatski Nogometni Klub Rijeka
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Percurso Profissional
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2005-2009 : Hrvatski Nogometni Klub Rijeka
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Anas Sharbini, nascido no dia 21 de Fevereiro de 1987, em Rijeka é, neste momento, um dos grandes talentos, do actual futebol croata. Através da sua capacidade técnica e criatividade, Sharbini tem demonstrado, ao serviço do NK Rijeka, clube da primeira divisão croata que, está destinado aos grandes palcos europeus. Sharbini começaria a sua carreira desportiva em 2005, com apenas 18 anos de idade. Na mesma "linhagem" de jogadores como Luka Modric ou Ivan Rakitic, jogadores que nos últimos tempos, emergiram no futebol europeu, a presença de Sharbini no mais alto patamar do futebol europeu, será uma questão de tempo. Tendo "aparecido" no mundo do futebol no ano de 2005, o jovem médio criativo, de 22 anos de idade, realizaria penas 17 partidas, pelo NK Rijeka, nas suas duas primeiras temporadas, enquanto atleta profissional de futebol. Contudo, na época de 2007/2008, Sharbini "explodiria" completamente no futebol croata, disputando um total de 28 encontros e apontando 11 golos. Dessa forma, o seu nome era um dos grandes visados, por parte do seleccionador croata Slaven Bilic, para o Campeonato da Europa, a realizar em 2008 na Áustria e na Suíça. Porém, ele nunca saíria da lista de reservas para a mesma competição. Nessa mesma época e, apesar da su "precoce" idade, Sharbini seria nomeado o novo capitão de equipa do NK Rijeka, com apenas 20 anos de idade. Na actual temporada futebolística de 2008/2009, a segunda com a braçadeira de capitão, Sharbini tem sido a grande revelação e o grande talento do campeonato croata, sendo que no momento, ele é o grande líder, da lista dos melhores marcadores do campeonato, com 17 golos apontados. Uma marca impressionante, vindo de um jovem de grande futuro e de enorme talento individual. O nome de Sharbini que, ficaria marcado pelas diversas vezes em que, salvou o seu clube da derrota, apontando diversos golos, nos últimos minutos dos encontros. Seguindo a mesma fina tradição de jogadores como Zvonimir Boban ou Robert Prosinecki, Sharbini tem tudo para se tornar no "novo" número dez do futebol croata. Sharbini trata-se de um jogador de uma enorme capacidade técnica e criatividade. Jogando com ambos os pés (com a mesma qualidade), Sharbini é um médio-ofensivo que gosta de apoiar toda a linha ofensiva, nomeadamente dos avançados, sendo que um desses mesmos avançados é o seu irmão mais velho (três anos) Ahmad Sharbini. Além da sua capacidade técnica, Sharbini é ainda um especialista em bolas paradas (tal como todos os grandes talentos do futebol mundial). Sendo uma das maiores referências da Selecção Nacional da Croácia de Sub-21, Sharbini tem-se destacado com o decorrer dos anos, nas várias camadas jovens da selecção croata, tendo conquistado até ao momento, um total de 29 partidas oficiais e apontado um total de 11 golos. Graças à espantosa época que tem realizado, vários têm sido os clubes que, pretendem contar com os préstimos do jovem talento, na próxima temporada, entre os quais se destacam o West Ham United, o Hamburgo e o Celtic de Glasgow. A sua saída no final da temporada é, praticamente um dado assegurado, ainda mais porque, o seu contrato termina no final da próxima temporada, em 2010. Anas Sharbini, será certamente, uma das grandes figuras da próxima década, no futebol europeu. O jovem atleta tem tudo para, se tornar numa das grandes referências europeias: talento, criatividade, velocidade, capacidade técnica, visão de jogo, colocação no remate com ambos os pés e... mau temperamento!!!
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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Figura da Semana: Bento

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Dados Pessoais
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Nome: Manuel Galrinho Bento
Data de Nascimento: 25 de Junho de 1948
Data de Falecimento: 1 de Março de 2007
Naturalidade: Golegã, Portugal
Posição: Guarda-Redes
Altura: 1.74 cm
Peso: 68 kg
Internacionalizações A: 63 (0)
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Percurso Profissional
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1965-1972 : Futebol Clube Barreirense
1972-1992 : Sport Lisboa e Benfica
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Palmarés
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Campeonato Português: 1973, 1975, 1976, 1977, 1981, 1983, 1984, 1987, 1989, 1991
Vice-Campeonato Português: 1974, 1978, 1979, 1982, 1986, 1988, 1990, 1992
Taça de Portugal: 1980, 1981, 1983, 1985, 1986, 1987
Finalista da Taça de Portugal: 1974, 1975, 1989
Supertaça Cândido de Oliveira: 1980, 1985, 1989
Finalista da Supertaça Cândido de Oliveira: 1981, 1983, 1984, 1986, 1987, 1991
Finalista da Taça dos Campeões Europeus: 1988, 1990
Finalista da Taça UEFA: 1983
Taça Ibérica: 1984
Futebolista Português do Ano: 1977
4º Lugar no Campeonato da Europa de Futebol: 1984
Participação no Campeonato do Mundo de Futebol: 1986
Troféu Badajoz: 1973
Troféu Vinho do Porto: 1973
Troféu de Los Angeles: 1975
Troféu de Belo Horizonte: 1975
Troféu de Braga: 1977
Troféu de Paris: 1979
Troféu Schalke 04: 1980
Torneio de Toronto: 1981, 1982, 1983, 1987
Troféu de Lisboa: 1984, 1986, 1987
Troféu Teresa Herrera: 1988
Troféu de Vigo: 1990
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História
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Manuel Galrinho Bento, nascido no dia 25 de Junho de 1948 em Golegã foi, sem dúvida, um dos melhores guarda-redes da história do futebol mundial, talvez o melhor que, algum dia, o futebol português conheceu. Tal como acontecera a tantos outros futebolistas da sua geração, Manuel Bento nasceria num seio familiar bastante humilde. Bento que de pedreiro viraria rei. A antiga glória dos "encarnados" começaria como aprendiz de pedreiro, profissão que apesar de ser motivo de orgulho para qualquer um, não o levaria a lado nenhum. Contudo, se como pedreiro Bento não se destacava pelas suas qualidades, já como futebolista, nomeadamente, na posição de guarda-redes, Bento conseguiria consagrar-se, tornando-se num dos melhores da sua geração, bem como, um dos melhores de sempre na sua posição. Manuel Bento começaria a dar os seus primeiros passos, no mundo do futebol, no modesto Riachense, clube que ficava perto da sua terra natal. Todos os dias, Manuel Bento teria que pedalar cinco quilómetros para poder participar nos treinos da equipa, sob uma tímida luz artificial, tudo com apenas 15 anos de idade. Começava então os rumores a seu respeito. Seguiu-se o Goleganense, clube onde as suas acrobacias e defesas não passariam despercebidos. O Torres Novas e o União de Tomar pretenderam então, alcançar a sua aquisição, porém, o seu valor há muito que havia rompido as fronteiras regionais. Da capital lisboeta, lançavam-se então alguns boatos, nomeadamente, do Sporting Clube de Portugal. Durante três meses, o "pequeno" talento treinaria incansavelmente ao serviços da equipa leonina, onde mais tarde, um responsável do clube de Alvalade, enviaria-o novamente à Golegã, para que tratasse da sua desvinculação. Contudo, Manuel Bento não achava que aquela era a forma mais correcta de se proceder e, de tratar um clube de inferior dimensão. Dessa forma, o seu retorno a casa seria apenas de ida e não de volta. Manuel Bento juraria então que, no Sporting nunca mais jogaria, nem que fosse por uma verba superior ao britânico Gordon Banks (um dos melhores guarda-redes de toda a história do futebol mundial). O seu nome chegaria então à Margem Sul do Tejo, mais concretamente, ao Barreirense, onde em 1965 e por 15 contos apenas (75 euros na moeda actual), Manuel Bento assinaria contrato com o clube do sul, clube esse, de onde sairam grandes nomes do futebol português: José Augusto é certamente um desses casos. Seguindo as pisadas de Azevedo e Carlos Gomes, também Manuel Bento se destacaria no clube do Barreiro. Porém, houve uma tarde em que a "vingança" chegaria para Bento. Em 1968, frente ao Sporting, o jovem guarda-redes faria uma exibição memorável, em pleno Estádio de Alvalade, tornando-se assim, num dos grandes responsáveis pela vitória do Barreirense sobre o Sporting. Durante sete temporadas, Manuel Bento foi o "rei" no Barreirense, até que, em 1972, através de um olheiro do Sport Lisboa e Benfica, clube que tentaria diversas vezes a sua contratação, "levaria" Manuel Bento até ao seu clube de sempre, o Benfica. Começaria então, a sua batalha para conseguir um lugar entre os titulares da equipa. Porém, nesse exacto posto existia José Henrique, mais conhecido por "Zé Gato", guarda-redes titularíssimo do Benfica, bem como, da própria Selecção Nacional de Portugal. Todavia, Manuel Bento conseguiria de uma forma impressionante, conquistar a confiança do então técnico principal dos "encarnados" Jimmy Hagan que, faria dele o grande "rival" de José Henrique, onde durante três temporadas, alternaria o posto de guarda-redes, entre ambos os jogadores. Apesar de não ter sido um guarda-redes de elevada estatura, Manuel Bento compensaria através da sua velocidade e um tempo de reacção espantoso, levando-o assim, à titularidade absoluta em 1976. Bento conseguia finalmente um lugar entre os titulares aos... 28 anos de idade. Apelidado de "Homem de Borracha", devido às suas características defesas acrobáticas, bem como, impossíveis, Manuel Bento permaneceria no Benfica, durante 20 temporadas consecutivas, marcando dessa forma, uma geração de ouro do futebol "encarnado", conquistando nesse período de tempo: dez campeonatos nacionais, nove presenças na final da Taça de Portugal, vencendo seis delas, duas finais da Taça dos Campeões Europeus (finais conquistadas pelos holandeses do PSV Eindhoven e pelos italianos do AC Milan) e uma final da Taça UEFA (conquistada pelos belgas do Anderlecht, em pleno Estádio da Luz). Manuel Bento conseguiria ainda, a proeza de estar durante 1290 minutos consecutivos, sem sofrer qualquer golo, seja pelo Benfica, seja pela selecção portuguesa. Minutos esses que, durante vários anos, seriam a melhor marca do futebol português (ultrapassado anos mais tarde, pelo "portista" Vítor Baía). Manuel Bento que, seria um dos primeiros guarda-redes do futebol português, a converter uma grande penalidade. Uma das melhores memórias desse facto, aconteceria frente à formação russa do Torpedo de Moscovo. Houve ainda um outro lance semelhante, porém, com diferente resultado, onde frente aos seus eternos rivais sportinguistas, Bento falharia uma grande penalidade. Contudo, minutos mais tarde, o próprio defenderia uma outra grande penalidade, apontada pelo avançado Jordão. Em 1986, Manuel Bento de 38 anos de idade, perderia a "eterna" titularidade para Silvino, após ter sofrido uma grave lesão no Campeonato do Mundo no México, ao serviço da Selecção Nacional de Portugal. Porém, Bento ficaria ligado ao Benfica até 1992, ano em que abandonou o futebol enquanto profissional, aos 44 anos de idade. Todavia, a sua ligação ao Benfica não ficaria por aqui. Durante várias temporadas, após a sua retirada, o antigo internacional A, desempenharia as funções de treinador de guarda-redes dos "encarnados" e, mais tarde, técnico principal das camadas jovens do clube. Ao serviço das Selecção Nacional de Portugal, Manuel Bento faria a sua estreia, no dia 16 de Outubro de 1976, numa partida a contar para a qualificação para o Campeonato do Mundo da Argentina em 1978, num encontro que ficaria marcado, pela derrota caseira (nas Antas), frente à formação polaca por duas bolas a zero. Bento seria ainda, um dos grandes responsáveis pela admirável campanha da selecção das "Quinas", no Campeonato da Europa em 1984, disputado em França, numa competição onde, nas meias-finais, frente à formação da casa, que tinha Michel Platini como "cabeça de cartaz", Manuel Bento faria a sua melhor exibição de sempre, ainda hoje, recordada como um exemplo para qualquer atleta que defenda a sua nação. O resultado porém, seria bem pior: 3-2 a favor dos franceses, com um golo obtido já nos instantes finais do prolongamento, da autoria do capitão francês Michel Platini. Todavia, para a história, ficou as memoráveis exibições de Bento, Chalana e Jordão. Dois anos mais tarde, Manuel Bento disputaria a sua última competição internacional, da sua carreira desportiva, no Campeonato do Mundo do México. Contudo, para alcançar esse mesmo torneio, a selecção portuguesa teria que eliminar a poderosa formação germânica em território alemão. Na altura a selecção germânica contava com nomes como Matthaus, Voller, Dietz, Brehme, Littbarski, Schumacher e Rummenigue. O resultado seria esse memorável: 1-0 a favor dos portugueses, com Carlos Manuel a "fabricar" um dos melhores golos de sempre do futebol mundial e, com Manuel Bento a evitar qualquer tipo de remate (e foram muitos) por parte dos massacrantes alemães, durante todos os 90 minutos de jogo. Porém, apeas de um início de competição bastante convincente, frente à formação inglesa, onde Portugal venceria por 1-0, Manuel Bento seria o grande porta-voz de uma revolta imensa, por parte dos jogadores lusitanos, num acontecimento que seria apelidado de "Caso Saltillo". Após a vitória sobre a Inglaterra, Bento fracturaria a sua perna num treino, ficando dessa forma, impossibilitado de competir durante quase toda a época seguinte. Perdendo um dos seus grandes líderes de campo, a selecção portuguesa não conseguiria passar da fase grupos. Após o Mundial do México, a grande maioria daquela sensacional geração de ouro, renunciaria à sua selecção, para nunca mais voltar. Era o adeus definitivo de nomes como Bento, Gomes, Chalana, Fernandes ou Lima Pereira. Manuel Bento seria internacional A por 63 ocasiões. Desde então, Bento passaria de titular indiscutível a terceira escolha. Após ter terminado a sua carreira profissional, Manuel Bento além das já referidas passagens pelo Benfica enquanto técnico de formação e de guarda-redes, tentaria ainda, a sua sorte, enquanto técnico principal em clubes como o Leça, a União de Coimbra e o Amora, porém, sem o sucesso do passado. Manuel Galrinho Bento faleceria inesperadamente no dia 1 de Março de 2007, vítima de um enfarte fulminante, no dia seguinte da comemoração, no Casino Estoril, do 103º aniversário do Sport Lisboa e Benfica, no qual esteve presente. Manuel Bento tinha 58 anos de idade. Para a história fica o homem que, com as suas defesas acrobáticas, sangue-frio, temeridade, agilidade felina e contumácia, um dia seria apelidado de "Homem de Borracha". Para a história fica Manuel Bento, o homem que um dia, teve o previlégio de substituir o melhor de sempre, o russo Lev Yashin, mais conhecido por "Aranha Negra". Para a história fica Manuel Bento, um dos melhores jogadores de sempre, bem como, um dos "eternos" símbolos do futebol português.
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sábado, 25 de abril de 2009

Medalha de Lata

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Pepe
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Uma semana negra, para o internacional "português" Pepe, actual jogador do Real Madrid. Frente à formação do Getafe, Pepe perdeu completamente a cabeça, ao agredir por duas vezes consecutivas o mesmo jogador, Casquero, após este, ter caído em plena grande área que, resultaria na marcação de uma grande penalidade. Contudo, o lance não terminaria por aqui, após ter pontapeado o seu adversário (primeiramente na perna e posteriormente nas costas), Pepe foi ainda, tirar algumas explicações com o mesmo jogador, ameaçando-o através de comentários e gestos anti-desportivos. Na altura, começaria a confusão, com membros de ambas as equipas, a tentarem separar Pepe do seu adversário, após este ter sido expulso prontamente pelo árbitro de jogo. Foram precisos três jogadores do Real Madrid, para afastar Pepe do relvado, onde a meio, o jogador "português" agrediria mais um jogador do Getafe, o médio-ofensivo uruguaio Albín, socando-o de uma forma barbara. Uma vez retirado do relvado, foram precisos mais três jogadores do Real Madrid para, acalmarem o furioso defesa madrileno. Uma vez conhecido o castigo aplicado, ao jogador em questão, suspenso por dez jogos, o que quer dizer que, esta temporada está terminada e, na próxima época, falhará as primeiras jornadas do campeonato. Contudo, Pepe terá ainda pela frente, um enorme desafio... o psicológico. Pepe é conhecido pela sua qualidade, enquanto atleta profissional, bem como, pelo seu desportivismo dentro das quatro linhas, porém, o seu futuro poderá estar longe do Real Madrid na próxima época. Tudo, devido a um ataque de fúria, completamente inconsciente. Todavia, o jogador em questão, já pediu desculpas pelo seu acto incompreensível, afirmando que na altura não sabe o que lhe passou pela cabeça. Uma enorme "mancha" na "saudável" carreira profissional de Pepe.
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Destaque da Semana

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Paços de Ferreira
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Nem Sporting, nem Benfica... o grande adversário do Futebol Clube do Porto, na final da Taça de Portugal em 2009 é, de facto o Paços de Ferreira. Após ter eliminado, o Nacional da Madeira nas meias-finais da prova, graças a uma grande penalidade assinalada no minuto 89 de jogo, a equipa do Paços de Ferreira irá medir forças com o "todo poderoso" Porto de Jesualdo Ferreira. Porém, não será apenas, o seu lugar na final da Taça que estará em causa, será também, um lugar nas competições europeias, na próxima temporada futebolística (feito alcançado de imediato ao apurar-se para a final). O jogador Pedrinha, herói das meias-finais, com dois golos apontados é, um dos atletas mais experientes da equipa, a par de Paulo Sousa, peças fundamentais no esquema táctico do técnico Paulo Sérgio. Sem Lucho González e essencialmente Hulk, a equipa do Paços poderá ter assim, uma pequena chance, de poder sonhar com a conquista da Taça de Portugal, o segundo troféu mais importante, do futebol português. Apesar de não estar a realizar uma temporada positiva no campeonato, a verdade é que, na Taça de Portugal, a equipa pacence foi, sem dúvida, a grande guerreira da competição. Devido ao facto, de terem atingido a tão ambicionada final da Taça de Portugal, a primeira na história do Paços de Ferreira, o clube da capital do móvel, só poderia estar de parabéns.
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Equipa da Semana

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Equipa da Semana
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Equipa
Nilson, Pedro Silva, Paulão, Rolando, David Luíz, Raúl Meireles
Nuno Assis, José António Reyes, Fábio Coentrão, Derlei e Nuno Gomes
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Mercado Nacional: Fernando Alexandre

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Dados Pessoais
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Nome: Fernando José Ribeiro Alexandre
Data de Nascimento: 2 de Agosto de 1985
Naturalidade: Lourinhã, Portugal
Posição: Médio-Defensivo
Altura: 1.82 cm
Peso: 80 kg
Clube: Clube de Futebol Estrela da Amadora
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Percurso Profissional
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2001-2004 : Sport Lisboa e Benfica B
2004-2006 : Sport Lisboa e Benfica
2006-2007 : Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide (E)
2007-2008 : Clube Desportivo de Mafra
2008-2009 : Clube de Futebol Estrela da Amadora
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Fernando José Ribeiro Alexandre, nascido no dia 2 de Agosto de 1985 na Lourinhã é, neste momento, um dos melhores jogadores portugueses, a actuar no principal campeonato de Portugal, nomeadamente, ao serviço do sensacional Estrela da Amadora, clube que se encontra confortavelmente no meio da tabela classificativa e esteve a um passo da tão desejada final do Jamor, contudo, sonho destruído, ao ser eliminado nas meias-finais pelo Futebol Clube do Porto. Formado nas escolas do Sport Lisboa e Benfica, onde começaria a sua carreira desportiva em 2001, com apenas 16 anos de idade, Fernando Alexandre era apontado como, uma das grandes promessas do futebol "encarnado", nomeadamente, na linha defensiva da equipa. Tendo alinhado, tanto no escalão de juniores como na extinta equipa "B" do clube da Luz, o jovem médio foi, mais um dos que passaram no Benfica, mas que no entanto, não vingaram como jogadores profissionais do clube, algo que na época era recorrente no clube "encarnado", em relação aos jogadores portugueses. Na sua passagem pelo Benfica, Fernando Alexandre jogaria ao lado de jogadores como Manuel Fernandes, Rui Nereu e ainda Manuel Curto. Em 2004, a jovem esperança "encarnada" seria promovida à equipa principal, pelas mãos do técnico italiano Giovanni Trapattoni. Contudo, tanto nessa época como na seguinte, Fernando Alexandre seria mais um, dos que ficavam de fora a assistir aos encontros da equipa "encarnada", devido à forte concorrência "estrangeira" que militava na altura: Argel, Luisão, Alcides, Ricardo Rocha e Anderson, sendo que apenas um deles era de nacionalidade portuguesa (Ricardo Rocha). Sem espaço no plantel, na temporada de 2006/2007, Fernando Alexandre seria emprestado ao Olivais e Moscavide, clube que na altura alinhava na segunda divisão portuguesa. No clube dos Olivais, Fernando Alexandre jogaria ao lado de jogadores como Bruno Pereirinha, Carlos Saleiro, Fábio Paim, Celestino e André Marques, todos eles na altura, considerados jovens esperanças do futebol português. Findado o empréstimo ao Olivais e Moscavide, o Benfica resolveria rescindir contrato com o atleta, devido às diversas escolhas para a sua posição (embora de qualidade duvidosa). A sua chegada ao Clube Desportivo de Mafra, no Verão de 2007, foi talvez a melhor solução, para que o jogador português, prosseguisse a sua carreira profissional. No clube de Mafra, Fernando Alexandre voltaria a sorrir para o futebol, tendo sido um dos melhores atletas do clube, nessa temporada. A sua experiência no Mafra, não seria apenas de carácter profissional, teria também uma enorme mudança táctica, em relação às suas capacidades dentro do campo. No final da temporada, Fernando Alexandre era claramente um novo jogador, totalmente ambientado à sua nova realidade, a de médio-defensivo. Devido às suas boas prestações com a camisola do Mafra, o antigo técnico do Estrela da Amadora, Lito Vidigal, apontaria-o como um dos principais alvos, para a temporada de 2008/2009, considerando o jovem médio, como uma peça fundamental, no equilíbrio da equipa no meio-campo estrelista. Numa altura, em que o Campeonato Nacional, se encontra na sua recta final, não é de estranhar a alta cotação do médio português, sendo neste momento, um dos melhores médios-defensivos a alinhar na Liga Sagres, talvez o melhor português, nessa mesma posição. Alvo de enorme cobiça, por parte de vários clubes nacionais e estrangeiros, Fernando Alexandre será certamente, o próximo jogador a abandonar o Estrela, na próxima temporada (o primeiro foi Silvestre Varela que, no próximo defesa irá representar a equipa do Futebol Clube do Porto). O jovem médio encontra-se a realizar uma grande temporada e, devido a esse facto, não está a passar despercebido a olhares de terceiros. Mesmo sendo um jogador pouco falado, por parte da comunicação social, Fernando Alexandre é um dos elementos imprescindíveis para o técnico Lázaro Oliveira, tal como o fora para Lito Vidigal. Fernando Alexandre destaca-se pela sua facilidade de processos, onde procura jogar a um ou dois toques no máximo, sejam eles de curto ou longo alcance. Um enorme sentido posicional e uma grande cultura táctica, podendo surgir como médio mais defensivo e posicional, assegurando assim, todo o equilíbrio da equipa em fases defensivas ou ofensivas. O médio português será dessa forma, no próximo Verão, um dos alvos mais apetecíveis, por parte dos grandes de Portugal ou mesmo estrangeiros.
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mercado Internacional: Makiadi

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Dados Pessoais
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Nome: Mapuata Cedric Makiadi
Data de Nascimento: 23 de Fevereiro de 1984
Naturalidade: Kinshasa, República Democrática do Congo
Posição: Médio-Ofensivo
Altura: 1.78 cm
Peso: 75 kg
Clube: Meidericher Spielverein Duisburg
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Percurso Profissional
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1998-2002 : Verein fur Bewegungsspiele Lubeck
2002-2004 : VfL Wolfsburg-Fubball GmbH B
2004-2008 : VfL Wolfsburg-Fubball GmbH
2008-2009 : Meidericher Spielverein Duisburg (E)
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Mapuata Cedric Makiadi, nascido no dia 23 de Fevereiro de 1984 em Kinshasa é, neste momento, a grande figura da segunda liga alemã, nomedamente, ao serviço do MSV Duisburg, clube que no momento, ocupa a sétima posição, da tabela classificativa, a 14 pontos do líder Freiburg. A sua aventura no futebol germânico, começaria quando, aos oito anos de idade, ele mais a sua família, resolveram deixar a República Democrática do Congo, em busca de novas oportunidades, para todos os membros da família. A sua carreira desportiva começaria em 1998, com apenas 14 anos de idade, ao serviço dos alemães do VfL Lubeck, clube que representaria durante quatro temporadas e, onde daria nas vistas, tornando-se numa das grandes referências da equipa. No Lubeck, Makiadi finalizaria a sua primeira etapa, de formação futebolística. Em 2002, Makiadi de 18 anos de idade, assinaria contrato com o VfL Wolfsburg, um dos principais clubes, da história do futebol alemão. No clube germânico, Makiadi finalizaria a sua formação, enquanto jogador profissional. Em 2004, após duas temporadas de êxito na equipa "B", o jovem médio faria a sua estreia, com a camisola principal do Wolfsburg. Contudo, em quatro temporadas, Makiadi nunca conseguiria, alcançar o seu espaço na equipa. Dessa forma, a única solução plausível, para a continuação da sua carreira desportiva, passaria por um empréstimo, a uma equipa de menor dimensão. Dessa maneira, Makiadi conseguiria pôr em prática, todo o seu talento futebolístico, demonstrando assim, que teria capacidades suficientes, para retomar o seu posto, no plantel principal do Wolfsburg, na próxima temporada. No Verão de 2008, Makiadi de 24 anos de idade, seria então apresentado como, o novo reforço do MSV Duisburg, clube que actualmente, milita na segunda divisão alemã. Numa altura, em que nos encontramos, na fase final da temporada futebolística 2008/2009, existem factos que, saltam à vista de qualquer um. Desde a sua estreia na equipa, Makiadi tornár-se-ia de imediato na grande referência do meio-campo da formação germânica. Actuando como um número dez clássico, porém, com certos rasgos de um verdadeiro avançado, Makiadi conseguiria finalmente, exprimir todo o seu real valor, dentro das quatro linhas. Neste momento, Makiadi é o grande artilheiro do Campeonato da Segunda Divisão Alemã, com 15 golos apontados. Embora a época a níveis internos, não estejam a correr da melhor forma, a nível pessoal, o médio congolês é sem dúvida, a grande estrela e revelação da actual temporada. No final da mesma, certamente Makiadi terá um lugar garantido, no plantel principal do Wolfsburg, na próxima época. Contudo, devido à sua excelente campanha realizada, não seria de espantar uma eventual transferência, para uma outra equipa, de renome europeu. No dia 17 de Fevereiro de 2007, Makiadi anunciaria que, iria representar a Selecção Nacional da República Democrática do Congo, após ter recusado jogar na mesma, meses antes e, sob a forte "concorrência" da Selecção Nacional da Alemanha. Makiadi faria a sua estreia internacional, no dia 2 de Junho de 2007, frente à formação da Etiópia, num encontro a contar, para a qualificação para a Taça das Nações Africanas. Makiadi é sem dúvida, um dos grandes valores do futebol africano da actualidade. Um jogador de enorme força física, que apesar de jogar preferencialmente com o seu pé esquerdo, também consegue ser um enorme perigo com o pé direito. Makiadi trata-se de um jogador que utiliza a sua velocidade, capacidade técnica e visão de jogo, como suas principais armas dentro de campo. Um jogador jovem que, certamente dará cartas nas próximas temporadas. Falta saber ao serviço de que clube.
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Figura da Semana: Zarra

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Dados Pessoais
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Nome: Telmo Zarraonandia Montoya
Data de Nascimento: 20 de Janeiro de 1921
Data de Falecimento: 23 de Fevereiro de 2006
Naturalidade: Vizcaya, País Basco, Espanha
Posição: Avançado
Altura: 1.80 cm
Peso: 78 kg
Internacionalizações A: 20 (20)
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Percurso Profissional
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1939-1940 : Sociedad Deportiva Erandio Club
1940-1955 : Athletic Club Bilbao
1955-1956 : Sociedad Deportiva Indautxu
1956-1957 : Barakaldo Club de Fútbol
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Palmarés
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Campeonato Espanhol: 1943
Vice-Campeonato Espanhol: 1941, 1947, 1952
Taça do Rei: 1943, 1944, 1945, 1950, 1955
Finalista da Taça do Rei: 1942, 1949, 1953
Taça Eva Duarte: 1950
Troféu Pichichi: 1945 (19), 1946 (24), 1947 (34), 1950 (25), 1951 (38), 1953 (24)
4º Lugar no Campeonato do Mundo de Futebol: 1950
Melhor Marcador da História do Campeonato Espanhol: 252 golos
Melhor Marcador da História da Taça do Rei: 81 golos
Melhor Marcador da História do Athletic Club Bilbao: 333 golos
Jogador com mais Troféus Pichichi: 6
Maior Número de Golos Marcados Numa Final da Taça do Rei: 4 golos
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História
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Telmo Zarraonandia Montoya, nascido no dia 20 de Janeiro de 1921, em Vizcaya, País Basco foi, sem qualquer sombra de dúvida, um dos maiores símbolos, de toda a história do futebol espanhol, bem como, do futebol mundial. Filho do engenheiro Telmo Zarraonandia Salazar e Tomasa Montoya, Zarra seria o sétimo dos dez filhos do casal, sendo que cinco deles nasceriam rapazes. Zarra começaria a dar os seus primeiros pontapés na bola, no seu bairro, na companhia dos seus amigos e, da sua melhor amiga... a bola de trapos. Porém, o seu pai não gostava nada que, mais um dos seus filhos, se dedicasse ao mundo do futebol (dois deles competiam profissionalmente). Contudo, o futebol era o grande sonho de Zarra e, com apenas 13 anos de idade, começaria a jogar, em diversas equipas locais, como o Asúa ou o Pitoberese, todos eles de nível amador. Em 1939, com 18 anos de idade, Zarra assinaria o seu primeiro contrato profissional, com a equipa do SD Erandio, clube da segunda divisão espanhola e, onde, jogaria apenas uma temporada. Por essa altura, Zarra já era um dos habituais seleccionados da Selecção da Biscânia, bem como, um dos goleadores da equipa. Durante esse tempo, o Athletic Club Bilbao encontrava-se em busca, de jogadores, para formar um novo núcleo de atletas, devido à guerra cívil, confronto que afastaria a maior parte dos jogadores do passado. Já com o contrato firmado, Zarra faria a sua estreia, com a camisola principal do Athletic, no dia 29 de Setembro de 1940, num encontro a contar para o Campeonato Nacional, frente à formação do Valência. A partida porém, acabaria num empate a duas bolas, com o estreante avançado espanhol, a apontar os dois golos da sua nova equipa, em apenas 17 minutos de jogo. Na temporada de 1941/1942, Telmo Zarra teria que fazer uma paragem, na sua ainda curta carreira desportiva, devido a compromissos militares. Durante esse tempo, dedicado ao exército, Zarra alinharia em diversos amigáveis, onde se tornaria uma das grandes referências. Após o seu regresso ao Athletic, Zarra enfrentaria uma das suas piores experiências, enquanto profissional de futebol, ao perder na final da Taça do Rei, frente à formação do Barcelona. Embora tivesse várias ocasiões para "matar" o encontro, a verdade é que, seria a equipa do "Barça" a conquistar o tão desejado troféu. Na época seguinte, a de 1942/1943, a equipa do Athletic Bilbao realizaria uma das suas melhores temporadas, em toda a sua história, ao conquistar tanto o Campeonato Nacional, como a Taça do Rei. Na final da Taça do Rei, a equipa de Bilbao, após ter eliminado equipas como o Atlético de Madrid ou o Valência, enfrentaria o poderoso Real Madrid e, se na época anterior, Zarra tinha motivos para esquecer tal competição, já na final frente ao Real, Zarra teria todos os motivos para sorrir, visto ter sido dele, o único golo da partida, conquistando dessa forma, a Taça do Rei. No ano seguinte, porém, Zarra sofreria uma grave lesão, frente à formação do Barcelona, após um choque com um adversário que, resultaria numa fractura na clavícula. Após uma longa recuperação, Zarra chegaria ainda a tempo de, celebrar novamente, a conquista da Taça do Rei, ao eliminar na final da prova o Valência, por 2-0, sendo que, um dos golos, seria apontado por Zarra (o outro marcador seria Escudero). Na temporada seguinte, o Athletic Bilbao voltaria novamente a enfrentar o Valência, na final da Taça do Rei. Nesse encontro, o avançado espanhol seria expulso, após um jogador do Valência ter caído, sem sentido, no relvado. Seria um dos maiores erros de arbitragem, de toda a história das finais da Taça do Rei. A sua expulsão, seria a primeira e única, em toda a sua carreira desportiva. Todavia, a formação do Bilbao, acabaria por vencer a partida por 3-2, graças a um golo de Copero Iriondo. Um dos grandes momentos desportivos, da carreira de Zarra, aconteceria na época seguinte, ao conquistar o troféu Pichichi, após apontar 20 golos em 26 partidas, a contar para o campeonato espanhol. Esse mesmo troféu, seria reconquistado pelo mesmo jogador, por mais cinco ocasiões, tornando-se assim, no atleta com mais troféus Pichichi, conquistados em toda a história do futebol espanhol. No dia 11 de Março de 1945, Zarra seria convocado pela primeira vez, à Selecção Principal de Espanha, pelas mãos do técnico Jacinto Quincoces, num amigável frente à formação portuguesa. No dia 6 de Maio do mesmo ano, Zarra voltaria a ser seleccionado e, novamente frente aos portugueses. Nesse encontro, Zarra apontaria dois dos quatro golos que, dariam a vitória aos espanhóis. No dia 28 de Maio de 1950, Zarra alcançaria novamente a final da Taça do Rei, após ter eliminado nas meias-finais o Valência. Na grande final, o Athletic teria que enfrentar o Real Valladolid... no final, o resultado era mais que óbvio, 4-0 a favor do Bilbao com... 4 golos de Zarra. Nesse mesmo ano, Zarra participaria no Campeonato do Mundo de Futebol, disputado no Brasil. Após ter derrotado as selecções dos Estados Unidos, Chile e Inglaterra, encontros em que Zarra deixaria a sua marca, a Selecção da Espanha alcançaria o quarto posto da competição, a sua melhor classificação, em toda a história do futebol espanhol. Embora só tivesse sido convocado por 20 ocasiões, Zarra não fez por mais, ao apontar... 20 golos, tornando-se assim, num dos jogadores com melhor média de golos apontados na Selecção de Espanha. Na temporada de 1950/1951, Zarra bateria qualquer recorde, de golos marcados numa só época, ao apontar 38 golos em 30 encontros, para o campeonato. Uma marca apenas, alcançada anos mais tarde (1990), pelo mexicano Hugo Sanchez que, ao serviço do Real Madrid apontaria 38 golos em... 38 encontros. Porém, na época seguinte, Zarra sofreria a pior lesão da sua carreira. Aconteceria no dia 25 de Novembro de 1951, num encontro frente ao Atlético de Madrid, após o guardião madrileno ter chocado contra a sua perna, fracturando-a de imediato. Essa grave lesão, faria com que perdesse o resto da temporada. Totalmente recuperado da sua lesão, Zarra apostaria forte na época de 1952/1953. O avançado espanhol acabaria a temporada com 24 golos apontados em 29 jogos, para o campeonato, conquistando assim, o prémio de melhor marcador da prova. No dia 19 de Abril de 1954, Zarra receberia uma forte homenagem, em reconhecimento da sua longa carreira no futebol espanhol. Ao chegar ao fim da sua carreira, Zarra teria ainda o previlégio de ver "nascer" o seu sucessor, o jovem avançado Eneko Arieta. Telmo Zarra terminaria a sua carreira desportiva, com a camisola do Bilbao, na época de 1954/1955. Após a sua saída, Zarra envergaria ainda as camisolas do Indautxu e do Barakaldo, ambas do segundo escalão, do futebol espanhol, terminando assim, oficialmente a sua carreira desportiva em 1957, com 36 anos de idade. Porém, ele continuaria a praticar futebol, numa equipa de veteranos. Após a sua retirada do futebol profissional, Zarra abriria um loja de desporto, negócio do qual, se dedicaria até ao final da sua vida. No dia 23 de Fevereiro de 2006, aos 85 anos de idade, Zarra deixaria o mundo do futebol mais triste, vítima de problemas cardíacos. Para a história fica, o goleador. Para a história fica, o "monstro" dos golos do futebol espanhol. Para a história fica, o maior goleador de toda a historia do futebol espanhol.
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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Medalha de Lata

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Paulo Sousa
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O sonho do técnico português Paulo Sousa, em terras de sua Majestade, chegaram ao fim. Ao serviço do Queens Park Rangers, o jovem treinador, não foi capaz de oferecer aos seus adeptos, a tão esperada subida de divisão. Contudo, não foi apenas os resultados desportivos, que ditaram o seu afastamento, do comando técnico do clube inglês. A suposta acusação de que Paulo Sousa divulgara informação confidencial e de carácter interno, foi claramente a gota de água, na ruptura entre ambas as partes. Actualmente a militar na League Championship, ou seja, na segunda liga inglesa, o técnico português não foi além do 10º lugar, da tabela classificativa, a vinte pontos do primeiro posto, pertencente ao Wolverhampton. Após a sua saída incompreensível, do comando técnico, da Selecção Nacional de Portugal de Sub-16, o antigo internacional português, vê-se novamente numa situação desviante, na sua ainda curta carreira, como técnico principal. De salientar ainda que, dias antes do seu afastamento, também o adjunto português Bruno Oliveira, havia sido afastado, por motivos sem nenhum fundamento. Veremos então, qual o próximo passo de Paulo Sousa no mundo do futebol.
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Destaque da Semana

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Nacional da Madeira
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A realizar a sua melhor temporada, em toda a história do Nacional da Madeira, o clube é neste momento, o quarto classificado, da tabela classificativa, a apenas seis pontos do terceiro posto, mais concretamente, do Sport Lisboa e Benfica. Porém, a sua posição no campeonato, não é algo surpreendente, pois, além da excelente temporada realizada, na Liga Sagres, o clube da Madeira, é também ele, um dos semi-finalista da Taça de Portugal. Numa mistura de experiência, juventude e talento, tais como Patacas, Rúben Micael, Cléber, Alonso, Nenê e Fellipe Lopes, o Nacional da Madeira, conseguiu formar um plantel, altamente competitivo, muito graças também, ao seu técnico Manuel Machado que, soube escolher muito bem os seus atletas, nomeadamente um deles, de seu nome Nenê. O avançado brasileiro, de 25 anos de idade, tem sido a grande revelação do campeonato português. A realizar a sua primeira época no futebol nacional, Nenê poderá deixar a sua marca, tal como sucedera com outros avançados brasileiros, na sua época de estreia: Jardel e Liedson. Neste momento, Nenê é o melhor marcador da Liga Sagres, com 18 golos apontados, mais seis que Liedson e sete que Óscar Cardozo. Ao analisarmos todos estes dados, sobre a época do Nacional, o clube só poderia estar de parabéns.
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terça-feira, 21 de abril de 2009

Equipa da Semana

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Equipa da Semana
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Equipa
Peskovic, Sapunaru, Bruno Alves, David Luíz
Lucho, Marcinho, Tiero, Saulo, Cristiano, Nenê e Liedson
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Mercado Nacional: Yazalde

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Dados Pessoais
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Nome: Yazalde Gomes Pinto
Data de Nascimento: 10 de Setembro de 1988
Naturalidade: Vila do Conde, Portugal
Posição: Extremo
Altura: 1.83 cm
Peso: 79 kg
Clube: Rio Ave Futebol Clube
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Percurso Profissional
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2005-2006 : Varzim Sport Club B
2006-2009 : Varzim Sport Club
2008-2009 : Sporting Clube de Braga
2008-2009 : Rio Ave Futebol Clube (E)
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Yazalde Gomes Pinto, nascido no dia 10 de Setembro de 1988, em Vila do Conde é, neste momento, uma das grandes promessas do futebol português, da próxima década, bem como, uma das grandes revelações, da actual temporada futebolistica, ao serviço do Rio Ave. Com apenas 20 anos de idade e, uma das habituais presenças, nas chamadas à Selecção Nacional de Portugal de Sub-21, Yazalde faria toda a sua formação futebolística, no Varzim Sport Club, clube da actual segunda divisão portuguesa, ou seja, da Liga Vitalis. Com a camisola do Varzim, Yazalde demonstraria todo o seu potencial valor, através da sua velocidade e técnica apuradas, algo que faria com que, disputasse a Liga Intercalar, com a camisola principal do Varzim, tendo inclusivé, apontado três golos. Após a disputa da Intercalar, vários, foram os clubes interessados na sua aquisição, nomeadamente o Sporting de Braga e o Vitória de Guimarães, como principais disputadores. No final da temporada de 2007/2008, Yazalde apontaria um total de cinco golos. Já na presente temporada futebolística, "Cucochila", apelido adquirido na sua fase de infantil, conseguiria alcançar, um lugar no plantel principal do Varzim, devido à sua positiva fase final, na temporada de 2007/2008. Yazalde tornár-se-ia então, num dos elementos fundamentais da equipa "varzinista", tendo até ao final de Dezembro de 2008, um total de cinco golos apontados em doze encontros disputados na Liga Vitalis. Com dados tão positivos, adivinhava-se que, o filho de Jaime Graça ficaria pouco tempo, a disputar um liga inferior. O Sporting de Braga conseguiria então, ganhar na corrida pela aquisição do jovem avançado português, embora, fossem inúmeros os clubes, interessados na jovem promessa. Porém, com quatro avançados de enorme valor (Renteria, Meyong, Paulo César e Orlando Sá), no plantel "arsenalista", Yazalde não conseguiria encontrar o seu espaço, dentro do plantel principal dos "minhotos". Com o empréstimo a ser o seu futuro mais certo, Yazalde assinaria então, contrato até ao final da presenta época, com o Rio Ave, clube da actual Liga Sagres. Em Vila do Conde, a sua terra de origem, Yazalde encontraria o grupo perfeito, para aperfeiçoar todo o seu talento, visto que no actual plantel do Rio Ave, residem alguns dos bons valores nacionais, tais como Fábio Coentrão, jovem extremo emprestado pelo Sport Lisboa e Benfica, Miguel Lopes, jogador que na próxima temporada, jogará de dragão ao peito e ainda Livramento, jogador formado nas escolas do Benfica. Todos eles sob o comando técnico de Carlos Brito, um treinador que gosta de apostar em jovens esperanças portuguesas. Até ao presente momento, Yazalde conta já com três golos em dez partidas realizadas, com a camisola dos vila-condenses. A sua melhor actuação, com as cores do Rio Ave, terá sido, em pleno Estádio da Luz, frente à formação do Benfica, numa partida em que Pedro Mantorras voltaria aos golos, vários meses depois. Yazalde tem assim, na sua velocidade e poder de explosão, as suas principais armas. É também, um avançado de enorme capacidade técnica e de finalização. Yazalde trata-se de um jovem, de enorme mobilidade ofensiva, bastante possante no embate com os seus adversários directos e, bastante rápido na procura de espaços, bem como, na fuga de marcações. Embora não seja um finalizador por excelência, Yazalde aparece muitas vezes, em zonas de finalização e com bastante facilidade. Para a próxima época, Yazalde será certamente, uma das grandes figuras do Sporting de Braga de Jorge Jesus, clube onde com certeza irá confirmar-se como um dos grandes valores do futebol português.
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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mercado Internacional: Aliyev

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Dados Pessoais
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Nome: Oleksandr Oleksandrovych Aliyev
Data de Nascimento: 3 de Fevereiro de 1985
Naturalidade: Khabarovsk, União Soviética
Posição: Médio-Centro
Altura: 1.73 cm
Peso: 72 kg
Clube: FC Dynamo Kyiv
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Percurso Profissional
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2001-2002 : FC Borysfen Boryspil B
2002-2004 : FC Dynamo Kyiv B
2004-2005 : FC Dynamo Kyiv
2005-2006 : FC Metalurh Zaporizhya (E)
2006-2009 : FC Dynamo Kyiv
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Oleksandr Oleksandrovych Aliyev, nascido no dia 3 de Fevereiro de 1985, em Khabarovsk, na antiga União Soviética é, neste momento, uma das grandes figuras, do actual futebol ucraniano, nomeadamente, ao serviço do Dínamo de Kiev, um dos grandes "monstros" do principal campeonato ucraniano. Aliyev começaria a sua carreira desportiva em 2001, com apenas 16 anos de idade, ao serviço da equipa B do FC Borysfen Boryspil. Em 2002, Aliyev mudaria completamente, a sua vida profissional, enquanto jovem futebolísta, ao juntár-se à formação B do Dínamo de Kiev, um dos históricos clubes, do futebol soviético, bem como, ucraniano. Na equipa de juniores, Aliyev faria um percurso bastante positivo. O seu futebol, era de tal forma deslumbrante que, os dirigentes do Dínamo de Kiev, queriam ver todas as reais potencialidades do jovem médio ucraniano. Dessa forma, a melhor solução encontrada, seria a do seu empréstimo, a uma equipa de menor dimensão, permitindo assim, uma maior rotina, no principal escalão profissional. Com a camisola do FC Metalurh Zaporizhya, clube da primeira divisão ucraniana, Aliyev realizaria uma temporada bastante aceitável, tendo alcançado a final da Taça da Ucrânia em 2006. Após um ano de empréstimo, Aliyev estava pronto, para se afirmar na principal equipa do Dínamo de Kiev. Contudo, o grande responsável pela enorme transformação, no futebol de Aliyev seria Serhiy Rebrov, antiga estrela do clube ucraniano que, anos atrás faria uma dupla terrível, com o agora avançado do AC Milan, Schevchenko. Gráças à sua criatividade e imaginação no meio-campo, Aliyev seria um dos grandes responsáveis, pela conquista do Campeonato Nacional, bem como, pela Taça da Ucrânia em 2007. Sendo uma presença habitual na Liga dos Campeões, embora nos últimos anos, o clube de Kiev tenha sido "substituído" pelo Shakhtar Donetsk, Aliyev faria um dos melhores golos de 2008, ao rematar a cerca de 30 metros da baliza, num disparo impossível de defender. Dessa forma, Aliyev conseguiria derrotar, uma das melhores equipas europeias da actualidades, os portugueses do Futebol Clube do Porto. Tendo sido vice-campeão nacional, bem como, finalista da Taça da Ucrânia em 2008, o Dínamo de Kiev apostaria forte na actual época futebolística. Embora tenha sido uma das grandes desiluões da Liga dos Campeões, o mesmo não se poderá dizer na Taça UEFA. Neste momento, o Dínamo é um dos quatro semi-finalista da prova. Para trás ficaram clube como, os espanhóis do Valência, os ucranianos do Metalist e os franceses do Paris Saint-Germain. Tendo um percurso regular, nas camadas jovens da Selecção Nacional da Ucrânia, Aliyev disputaria o Campeonato do Mundo de Sub-20 em 2005, num torneio disputado em terrotórios holandeses. No final da competição, o médio ucraniano seria um dos melhores marcadores da prova, com cinco golos apontados, a apenas um do argentino e actual jogador do FC Barcelona Leonel Messi, artilheiro da prova com seis golos marcados. Aliyev participaria ainda, no Campeonato da Europa de Sub-21 em 2006. Sendo ele um dos patrões do meio-campo, a Selecção da Ucrânia alcançaria a final da prova. Sendo já um atleta de selecção A, Aliyev deixaria a sua marca nos Sub-21, onde na actualidade é o melhor marcador da equipa com oito golos apontados. No dia 6 de Setembro de 2008, Aliyev seria chamado, pela primeira vez, à selecção principal da Ucrânia. Aliyev é sem dúvida, um dos grandes talentos, do actual futebol ucraniano. Neste momento, o médio criativo é uma das peças fundamentais da formação do Kiev, actual líder do campeonato e semi-finalista da Taça UEFA. Embora não seja um jogador muito alto, Aliyev faz da sua velocidade, criatividade, drible e sobretudo o seu poderoso remate de meia distância, as suas principais armas, durante as partidas disputadas. Aos 24 anos de idade, Aliyev é certamente, um dos grandes alvos, dos principais clubes europeus, da próxima época futebolística.
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domingo, 19 de abril de 2009

Figura da Semana: Facchetti

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Dados Pessoais
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Nome: Giacinto Facchetti
Data de Nascimento: 18 de Julho de 1942
Data de Falecimento: 4 de Setembro de 2006
Naturalidade: Treviglio, Bergamo, Itália
Posição: Lateral-Esquerdo / Libro
Altura: 1.88 cm
Peso: 85 kg
Internacionalizações A: 94 (3)
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Percurso Profissional
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1956-1960 : Circolo Sportivo Trevigliese
1960-1978 : Football Club Internazionale Milano
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Palmarés
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Campeonato Italiano: 1963, 1965, 1966, 1971
Vice-Campeonato Italiano: 1962, 1964, 1967, 1970
Taça de Itália: 1978
Finalista da Taça de Itália: 1965, 1977
Taça dos Campeões Europeus: 1964, 1965
Finalista da Taça dos Campeões Europeus: 1967, 1972
Taça Intercontinental: 1964, 1965
Bola de Prata da Revista France Football: 1965
Campeonato da Europa de Futebol: 1968
Finalista do Campeonato do Mundo de Futebol: 1970
Segundo Jogador com mais Presenças com a camisola do Inter de Milão: 634
100 Melhores Jogadores do Século XX pela FIFA: 2004
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol: 1966, 1974
Presença no Campeonato da Europa de Futebol: 1976
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História
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Giacinto Facchetti, nascido no dia 18 de Julho de 1942, em Treviglio, numa província de Bergamo foi, sem dúvida nenhuma, um dos grandes "monstros sagrados" do futebol mundial, bem como, um dos melhores desportistas de todos os tempos. Facchetti começaria a sua carreira desportiva, no clube da sua terra natal, o Trevigliese, na posição de... avançado, com apenas 14 anos de idade. Foi então que, no ano de 1960, Facchetti de 18 anos de idade, mudár-se-ia para o clube que transformaria por completo, toda a sua história, enquanto jogador profissional. Durante 18 temporadas consecutivas, Facchetti defenderia as cores do Inter de Milão. Facchetti faria a sua estreia, na Serie A, no dia 21 de Maio de 1961, frente à formação da AS Roma, num encontro que terminaria, com a vitória por 2-0, a favor do Inter de Milão. No final da partida, Helenio Herrera seria bastante claro, face à exibição de Facchetti, afirmando que o mesmo, seria um dos grandes pilares do Inter de Milão no futuro. O antigo "astro" futebolístico, conquistaria os troféus mais importantes, da história do clube de Milão, bem como, um dos grandes responsáveis, pelo renascimento da Selecção Nacional de Itália, após a conquista do Campeonato da Europa em 1968. Uma clara imagem do que, o futebol italiano representou na década de 60. Todavia, o nome de Facchetti não é apenas sinônimo de títulos, o seu nome é, também a representação, do primeiro puro lateral-esquerdo ofensivo, da história do futebol italiano, seja no seu dinamismo ou inovação. Facchetti foi sem dúvida, a grande revolução táctica do argentino Helenio Herrera, durante os anos 60. No bloco de anotações do técnico argentino, o líbero Picchi, era o jogador que iniciava os ataques, a partir do centro do terreno, após marcar posição nas suas dobras defensivas. Contudo, seria Facchetti o grande elemento defensivo do esquema táctico de Herrera, numa defesa onde se destacava ainda nomes como Burgnich. Sob o comando técnico de Herrera, Facchetti tornár-se-ia no primeiro lateral/ala esquerdo do futebol italiano, devido à sua enorme velocidade, estatura e estrutura física e capacidade de drible em movimento, chegando dessa forma, com alguma facilidade, à zona de cruzamento ou finalização. Facchetti representava assim, essa nova novidade táctica, na década de 60. Porém, o modo táctico do argentino Herrera, não seria o primeiro a tentar algo do género. Na década de 70, o fantástico Ajax de Stefan Kovacs (sucessor do mítico Rinus Michels) tinha ao seu dispôr, jogadores como Krol ou Suurbier, dois laterais imensamente ofensivos, que funcionavam praticamente como extremos, na fase de posse de bola. Muito antes dessa época, nos anos 50, nomeadamente, no Campeonato do Mundo de 1958, o magnífico Brasil de Vicente Feola, tinha como referências defensivas Djalma Santos e Nílton Santos, evidenciando dessa forma, uma capacidade ofensiva bastante assinalável, por ambas as faixas laterais. Mesmo nos dias de hoje, o nome de Facchetti é apontado como o defesa, com maior capacidade de jogo ofensivo, da história do Calcio. Em 18 temporadas na Serie A, Facchetti apontaria 60 golos, sendo que dez deles, seriam apontados na época de 1965/1966. Mais tarde, o defesa do AC Milan Maldera, conseguiria aproximar-se desses valores, apontando 9 golos na época de 1978/1979. Contudo, se nos dias de hoje, um lateral ofensivo é algo comum, nos palcos futebolísticos, na altura, tratava-se de algo de enorme inovação que, nem todos os treinadores aceitavam, devido às caracteristicas que o futebol da época apresentava. Devido a esse facto, o nome de Facchetti está ligado, sem dúvida, aos grandes sucessos do "Grande Inter", tendo conquistado na altura: quatro campeonatos italianos, uma Taça de Itália, duas Taças dos Campeões Europeus e duas Taças Intercontinentais. Sempre com Herrera, no comando técnico dos "Azzurri", o destro que jogava à esquerda, perderia ainda uma final da Taças dos Campeões Europeus, frente aos escoceses do Celtic de Jock Stein. Utilizando uma táctica idêntica à de Herrera, Jock Stein teria em Tommy Gemmel uma das grandes referências "ofensivas" da equipa escocesa. Nesse fatídico dia 25 de Maio de 1967, no Estádio do Jamor, grande parte da ideologia de Herrera, cairia em pleno relvado. Dois anos antes, após a conquista da Taça dos Campeões Europeus, Facchetti ficaria em segundo lugar, na disputa pela Bola de Ouro da Revista France Football, ficando apenas atrás do sensacional Eusébio. Além dessa final, também em 1972, Facchetti perderia mais uma final da Taça dos Campeões, frente ao Ajax de Kovacs. Num encontro disputado em Roterdão, o grande Johan Cruyff apontaria dois golos, derrotando assim, o Inter de Milão, orientado na altura por Invernizzi. A conquista do Campeonato da Europa em 1968, seria o regresso das grandes conquistas, por parte da Selecção Nacional de Itália. O último grande triunfo, acontecera no Campeonato do Mundo de 1938, sob o comando técnico de Vittorio Pozzo e, com o capitão Giuseppe Meazza, Ferrari e Piola, como principais elementos ofensivos da equipa. Um dos pontos mais negativos da carreira de Facchetti, foi certamente, a humilhante eliminação, no Campeonato do Mundo de 1966, frente aos rápidos e surpreendentes norte-coreanos. A selecção italiana, na altura orientada por Edmondo Fabbri, perderia o encontro por 1-0, com um golo de um dentista do exército da Coreia do Norte, de seu nome Pak Doo-Ik. Dois anos depois, a selecção italiana organizaria o Europeu, tendo como obrigação, a conquista do torneio. A Itália acabaria por vencer a competição. Contudo, no encontro das meias-finais, a selecção italiana só derrotaria a formação da União Soviética, devido ao sistema de desempate por... moeda ao ar, após um encontro, sem qualquer golos, para ambas as equipas. Mais uma vez, no nome de Facchetti ficaria marcado na história do futebol mundial, visto que seria ele, o homem que escolheria a face da moeda, algo que permitiria a passagem à final, por parte da "Squadra Azzurra". Frente à selecção da Jugoslávia, em pleno Estádio Olímpico de Roma, a formação italiana empataria a uma bola, sendo que no jogo de repetição (algo que na época era recorrente), os italianos venceriam por 2-0, com dois golos do lendário Luigi Riva. Facchetti ergueria assim, o troféu Henri Delaunay, trinta anos depois, da conquista do Mundial de 1938. Seria a grande conquista por parte de Giacinto Facchetti. Quatro anos depois, no México, Facchetti voltaria a "comandar" a selecção italiana que, conseguiria atingir a final da competição. Quatro dias após, a fantástica vitória sobre a formação da RFA (República Federal Alemã), após prolongamento (4-3), tendo sido considerado, um dos melhores encontros de todo o Século XX, a selecção italiana perderia na final, no Estádio Azteca, frente à "máquina" brasileira de Mário "Lobo" Zagallo. Nessa lendária equipa brasileira, constavam nomes como Pelé, Rivelino, Jairzinho, Gérson, Tostão e Carlos Alberto Torres, formando assim, a melhor "equipa" do Século XX. No final da partida, algo estava claro, o resulado... 4-1 a favor dos brasileiros. Facchetti participaria ainda, em mais duas competições internacionais, em 1974, na Alemanha Federal, numa equipa constituida por jogadores como Dino Zoff, Burgnich, Capello, Rivera, Mazzola e, dois anos depois, em 1976, onde faria parte da grande desilusão europeia, chamada Selecção Nacional de Itália. No final da prova, Facchetti diria ao técnico Enzo Bearzot que os seus dias, enquanto internacional estavam acabados. O sonho de participar no Campeonato do Mundo de 1978, na Argentina, encontrava-se assim, longe dos seus pensamentos. No final, Facchetti conquistaria um total de 94 internacionalizações, tendo sido capitão em 70 delas. Um recorde apenas superado, mais tarde, por jogadores como Dino Zoff, Paolo Maldini e Fabio Cannavaro. Após a sua morte em 2006, a camisola número três, seria retirada oficialmente, numa homenagem pelos serviços prestados, durante várias décadas ao clube de Milão. O nome de Facchetti é certamente, uma bandeira imortalizada do Inter de Milão que, representa uma época de glórias e conquistas. Facchetti era sem dúvida, um profissional extremamente desportista, tendo sido expulso, uma única vez. em toda a sua carreira desportiva e, por ter aplaudido ironicamente o árbitro. Após a sua retirada do futebol profissional, Facchetti exerciria vários cargos no clube de Milão, sendo que um deles, seria o de Presidente do clube, cargo alcançado em Janeiro de 2004, tornando-se assim, no primeiro ex-jogador a ocupar o cargo supremo de um clube. No dia 4 de Setembro de 2006, Facchetti de 64 anos de idade, deixaria o mundo do futebol mais triste, vítima de doença prolongada. Para a história fica, um dos grandes nomes do futebol internacional. Para a história. fica o lateral. Para a história fica. Giacinto Facchetti, um dos maiores de sempre no desporto rei.
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