Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Crítica

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Uma vez que o dito "amor à camisola" desapareceu por completo, do panorama futebolístico português, qual será o futuro dos clubes em geral? Haverá símbolos, por quem os adeptos vibram semana após semana? Sinceramente... não. O futebol neste momento é gerido, apenas por dinheiro e, não por amor e paixão. Quando vemos jovens dos ditos "grandes" de Portugal a, desejarem uma aventura na Europa, com apenas 16, 17 anos de idade é, porque algo vai mal no futebol português. Um jogador de classe, aguenta neste momento, um máximo de cinco a seis épocas no mesmo clube, algo inaceitável no passado. Nomes como Nené, do Sport Lisboa e Benfica, João Pinto, do Futebol Clube do Porto e Manuel Fernandes, do Sporting Clube de Portugal, são nomes, ou melhor são símbolos que jamais irão acontecer no futuro. Neste momento figuras como José Moreira ou Nuno Gomes, no Benfica, Pedro Emanuel, no Porto e Tiago no Sporting, são nomes que fácilmente são superados por nomes de "fama fácil", contudo, de passagem curta, como é o caso de Suazo, Hulk e Miguel Veloso. Certamente, que não é fácil manter um jogador de nível de qualidade alta, porém, o respeito pelo clube, a paixão que se vive, ao vestir "aquela" camisola, é algo que não está ao alcance dos grandes jogadores mas, sim de jogadores grandes. De jogadores que permitem ser o símbolo do clube. Para a história não fica o jogador que mais recebia mas sim, aquele que mais contribuiu para o crescimento do clube e, mais entusiasmo deu aos adeptos. O italiano Paolo Maldini, de 40 anos de idade e com mais de vinte anos de AC Milan é, certamente o nome mais sonante, no que diz respeito a símbolos actuais, no mundo do futebol. Em Portugal é necessário haver mais símbolos como Paolo Maldini, Raúl ou Giggs. No futebol português faz falta, mais jogadores que sejam "a alegria do povo".
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Técnico da Semana: Quique Flores

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Enrique Sánchez Flores, mais conhecido por Quique Flores, nascido no dia 2 de Fevereiro de 1965, em Madrid é, neste momento, o líder do campeonato, da primeira divisão portuguesa, ao serviço do Sport Lisboa e Benfica. Enquanto jogador, Quique Flores passaria por clubes de renome nacional, do campeonato espanhol, tais como o Valência, o Real Madrid e o Real Saragoça, este último onde terminaria a sua carreira desportiva em 1997, com 32 anos de idade. Quique Flores que, seria ainda internacional A por 15 ocasiões, tendo inclusivé, disputado a fase final, do Campeonato do Mundo de 1990, torneio realizado em Itália. Após ter orientado as camadas jovens do Real Madrid, Quique Flores teria em 2003, a sua primeira prova de fogo, enquanto jovem técnico principal do Getafe. Após duas temporadas bem sucedidas, nomeadamente a temporada de 2004/2005, onde conseguiria um respeitável 13º lugar, Quique Flores fecharia contrato com o Valência, clube onde já passara dez temporadas enquanto jogador, sucedendo dessa forma, a Claudio Ranieri, no comando técnico da equipa. Na sua primeira época em Valência, o jovem técnico espanhol, conseguiria um formidável 3º lugar, na tabela classificativa, qualificando dessa maneira, a sua equipa para a Liga dos Campeões, da próxima temporada, prova onde, o Valência atingiria os quartos-de-final. No dis 29 de Outubro de 2007, o Conselho de Administração do Valência rescindiria contrato com o técnico espanhol, após uma sequência de médios e baixos resultados, bem como fracos desempenhos da própria equipa. No dia 24 de Maio de 2008, o espanhol seria apresentado como, o novo treinador do Sport Lisboa e Benfica, tendo assinado um contrato, válido por duas temporadas. Após um início de conhecimento mútuo, entre a equipa técnica e jogadores, Quique Flores conseguiria formular novas tácticas no conjunto "encarnado". Actuando no clássico 4-4-2, a equipa orientada por Quique Flores conseguiria (neste momento) atingir o primeiro posto, da tabel classificativa, facto passado, após a esmagadora vitória sobre o Marítimo por 0-6. Porém, nem tudo corre bem, para os lados da "Luz", a equipa dificilmente conseguirá a qualificação para a fase seguinte da Taça UEFA. Além desse triste acontecimento, a equipa "encarnada", não conseguiria a passagem à próxima fase da Taça de Portugal, tendo sido eliminada pelo sensacional Leixões, após grandes penalidades. Resumindo, se o Benfica não conseguir a qualificação na UEFA, Quique Flores terá apenas pela frente, o Campeonato Nacional (prova que terá que terminar em primeiro lugar, dado o vasto investimento na equipa) e a Taça da Liga. Em todo o caso, Quique Flores ficará certamente, na história do futebol "encarnado", devido ao seu profissionalismo e coerência táctica, algo que os "encarnados" não estavam habituados há muito tempo, desde a época em que o italiano Giovanni Trapattoni era o líder do comando "encarnado".
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domingo, 14 de dezembro de 2008

Equipa da Semana

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Eduardo (Sporting de Braga) : Grande exibição do guarda-redes internacional A português. Frente à formação do Trofense, o número um do Sporting de Braga, conseguiria deter todos os lançes de grande perigo para a sua baliza. Sempre em constante concentração, Eduardo além de transmitir segurança à sua linha defensiva, transmitiria ainda liderança para dentro do campo, contribuíndo dessa forma, para um Sporting de Braga tranquilo e determinado. Se o encontro acabou sem golos para ambas as equipas, Eduardo foi sem dúvida, um dos jogadores que mais contribuiu para esse resultado.
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Miguel Lopes (Rio Ave) : Se dúvidas havia sobre a sua capacidade, Miguel Lopes provou de uma vez por todas que, frente à Naval 1º de Maio, o lateral-direito português é, o melhor na sua posição a actuar em Portugal. Sempre muito tranquilo nas suas funções, tanto defensivas como ofensivas, contudo, frente à Naval, Miguel Lopes não conseguiria subir no corredor muitas vezes, contribuíndo dessa forma para, uma exibição mais defensiva, porém, eficaz.
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David Luíz (Sport Lisboa e Benfica) : Apesar de não alinhar na sua posição de origem, a de defesa-central, o jovem defesa conseguiria realizar uma exibição bastante tranquila como... lateral-esquerdo. Sempre muito eficaz nas suas intervenções, David Luíz conseguiria ainda, no final da partida, após um excelente jogada na linha, uma grande assistência para Nuno Gomes concluir, fazendo dessa forma o 0-6 na partida.
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Bruno Alves (Futebol Clube do Porto) : Mais uma excelente exibição do defesa-central internacional A português. Apesar do seu estilo "agressivo", Bruno Alves prova que, jornada após jornada, ele é o verdadeiro patrão da defesa do Futebol Clube do Porto. Contando apenas com 27 anos de idade, Bruno Alves frente ao Vitória de Setúbal conseguiria mais uma vez apontar um golo para o seu historial. Contudo, não seria apenas o golo marcado, seria ainda a forma como o defesa conseguiria tapar por completo, toda a linha defensiva dos "dragões".
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Luisão (Sport Lisboa e Benfica) : Um grande regresso, do "gigante encarnado". Muito criticado por muitos e aplaudido por outros, Luisão é sem dúvida o "patrão" da defesa do Benfica. A atravessar o bom momento de forma, Luisão através da sua liderança, consegue impôr uma tranquilidade impressionante a toda a linha defensiva dos "encarnados". Frente ao Marítimo, Luisão além de regressar ao onze inicial, conseguiria ainda mais um golo, com a camisola do Benfica, após um grande cruzamento do espanhol José António Reyes.
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Katsouranis (Sport Lisboa e Benfica) : "Jogando" com o número que suporta nas suas costas, o médio grego seria um autêntico pêndulo do futebol "encarnado". Sempre de um rigor táctico impressionante, Katsouranis provaria, frente à formação do Marítimo que é o verdadeiro número oito da equipa de Quique Flores. Jogando mais solto no meio-campo, Katsouranis tramite mais confiança para a restante equipa, dentro do terreno de jogo, libertando dessa forma outros companheiros do seu sector, como Rúben Amorim e Binya.
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João Moutinho (Sporting Clube de Portugal) : Um autêntico motor, nesta equipa do Sporting. Frente ao Estrela da Amadora, João Moutinho conseguiria transmitir uma movimentação constante para os seus companheiros. Da defesa ao ataque, o jovem médio internacional A português, seria o verdadeiro número "dez" da equipa leonina.
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José António Reyes (Sport Lisboa e Benfica) : Magnífica actuação do extremo espanhol no campo do Marítimo. Rapidíssimo nas suas arrancadas pelo corredor esquerdo, Reyes não teria qualquer opositor para travar os seus cruzamentos. Após a falta sobre o hondurenho David Suazo, na grande área, Reyes seria o jogador escolhido para, bater a grande penalidade, a favor dos "encarnados". Apesar do fraco remate, Reyes conseguiria finalizar para, o primeiro golo na partida. Além do golo obtido, o extremo espanhol seria ainda dono e senhor de todas as bolas paradas da equipa do Benfica, contribuíndo de forma directa para, o golo do defesa-central brasileiro Luisão.
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Hulk (Futebol Clube do Porto) : Com nome de super-herói, Hulk começa a tornár-se um caso sério na equipa do Futebol Clube do Porto. De individualista a titular indiscutível, Hulk frente ao Vitória de Setúbal conseguiria "partir" por completo toda a defesa do Setúbal, durante toda a partida. Mas Hulk não é apenas um jogador com um nome curioso, o avançado brasileiro demonstra com o passar do tempo que, se trata de um jogador bastante interessante, devido às suas características de jogo, bem como pela sua capacidade física e técnica.
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David Suazo (Sport Lisboa e Benfica) : Desde que chegou à "Luz", o hondurenho daria logo a entender que se tratava do melhor avançado que, os "encarnados" possuiam. Frente à equipa madeirense do Marítimo, além de demonstrar toda a sua capacidade técnica, Suazo demonstraria ainda que é o avançado que o Benfica procurava há muitos anos, dadas as suas características dentro de campo. Contribuíndo de forma directa no primeiro golo "encarnado", Suazo iria ainda marcar por mais duas vezes, durante o decorrer do encontro.
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Nuno Gomes (Sport Lisboa e Benfica) : O avançado português entraria no minuto 81 da partida e... mais dois golos para a sua conta pessoal. Em pouco mais de dez minutos, Nuno Gomes conseguiria dois tentos, obtendo assim no total, quatro golos na presente temporada. Embora esteja fora da forma de outras épocas, Nuno Gomes é ainda assim, o melhor marcador português, a actuar em Portugal ainda em actividade. Frente ao Marítimo, o experiente avançado provaria que quem sabe, nunca esquece.
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Mercado Nacional: Livramento

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Dados Pessoais
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Nome: António Fernando Amaro Livramento
Data de Nascimento: 3 de Março de 1982
Naturalidade: Tavira, Portugal
Posição: Médio-Defensivo
Altura: 1.73 cm
Peso: 67 kg
Clube: Rio Ave Futebol Clube
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Clubes
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1999-2000 : Ginásio de Tavira
2000-2001 : Sport Lisboa e Benfica B
2001-2002 : Sporting Clube Farense
2001-2002 : Louletano Desportos Clube
2002-2003 : Sporting Clube Farense
2002-2004 : Sporting Clube Olhanense
2004-2006 : Clube Desportivo Santa Clara
2006-2007 : Boavista Futebol Clube
2007-2008 : Leixões Sport Club
2007-2009 : Rio Ave Futebol Clube
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António Fernando Amaro Livramento, nascido no dia 3 de Março de 1982, no Algarve é, neste momento, um dos bons jogadores portugueses, a alinhar no principal campeonato português, ao serviço do Rio Ave. Natural de Tavira, Livramento começaria a destacar-se bastante cedo, na formação do Ginásio. Ainda com idade de júnior, Livramento já jogava pelo escalão máximo da equipa algarvia, tendo inclusivé, apontado seis golos na temporada de 1999/2000. No final da temporada, Livramento nem queria acreditar, ao ser emprestado à equipa B do Sport Lisboa e Benfica, tendo opção de compra no final da época. Livramento que, chegaria a ser chamado por algumas ocasiões para, treinar com a equipa principal (nos tempos de José Mourinho e Toni). O jovem médio chegaria inclusivé, a participar na partida amigável que, serviria de apresentação dos brasileiros Roger e André, frente à formação do CSKA Sofia. Livramento integraria ainda, a equipa que disputaria um torneio indoor em Marselha, na companhia de jogadores como Maniche, Calado, Paulo Madeira e... Toy. Porém, com a entrada de Manuel Vilarinho no clube da luz, o então internacional sub-18, não conseguiria permanecer ao serviço dos "encarnados". Ainda ligados às "águias" por mais dois anos, o Farense conseguiria adquirir 50% do seu passe. Na equipa de Faro, na altura, a actuar na primeira divisão portuguesa, Livramento não chegaria a jogar com a camisola do clube, tendo sido emprestado ao Louletano em Dezembro de 2001. Na época seguinte, Livramento regressaria ao São Luís, para integrar o plantel do Farense, clube que disputava a segunda divisão nessa temporada. Após oito jogos com a camisola do Farense, Livramento seria novamente cedido, desta vez ao rival Olhanense. Orientado pelo técnico Rui Gorriz, Livramento conseguiria finalmente impôr o seu futebol, alinhando no lado direito no meio-campo. Dessa forma, Livramento conseguiria relegar para o "banco de suplentes" Rui Romicha, um dos jogadores preferidos dos adeptos, bem como um dos melhores marcadores da equipa. Com a crise acentuada em Faro, Livramento tornár-se-ia num jogador livre, tendo assinado contrato com o Olhanense em finais de 2003. Durante a temporada de 2003/2004, Livramento jogaria mais solto no meio-campo, tendo-se tornado num dos indiscutíveis da equipa de Paulo Sérgio. Permaneceria em Olhão até Dezembro de 2005, antes de assinar contrato com os açorianos do Santa Clara, clube que disputava o mesmo campeonato que o Olhanense. Após duas temporadas nos Açores, Livramento mudár-se-ia para o Bessa em Janeiro de 2007. Ao serviço dos "axedrezados", Livramento faria a sua estreia na primeira divisão portuguesa, frente ao Sporting Clube de Portugal, numa partida que acabaria empatada a uma bola. Após uma curta passagem pelo clube do Bessa, Livramento assinaria pelo Leixões, clube que regressaria ao principal escalão do futebol português. No clube de Matosinhos, tal como sucedera em Faro, Livramento não conseguiria impôr-se na equipa e, em Janeiro de 2008, fecharia contrato com o Rio Ave. Em Vila do Conde, o médio encontraria a equipa certa para, crescer enquanto profissional. Neste momento e, após uma primeira época positiva, Livramento é um dos jogadores, mais regulares a actuar na primeira divisão , sendo nesta altura, um dos principais activos do clube. Livramento é um jogador em movimento constante. Habitual marcador de, todas a bolas paradas da equipa, Livramento faz da sua visão de jogo, uma das suas principais armas durante as partidas. Um bom jogador, com capacidades para vôos mais altos. Certamente um dos grande valores nacionais desta temporada.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mercado Internacional: Pranjic

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Dados Pessoais
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Nome: Danijel Pranjic
Data de Nascimento: 2 de Dezembro de 1981
Naturalidade: Nasice, Jugoslávia
Posição: Médio-Centro / Lateral-Esquerdo
Altura: 1.72 cm
Peso: 65 kg
Clube: Sport Club Heerenveen
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Clubes
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1999-2002 : Nogometni Klub Osijek (Juniores)
2002-2004 : Nogometni Klub Osijek
2004-2005 : Nogometni Klub Dínamo Zagreb
2005-2009 : Sport Club Heerenveen
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Danijel Pranjic, nascido no dia 2 de Dezembro de 1981, em Nasice, antiga Jugoslávia é, neste momento uma das grandes figuras, do principal campeonato holandês, nomeadamente do Heerenveen. Pranjic começaria a sua carreira desportiva, nas camadas inferiores do Nogometni Klub Osijek, actuando na altura, como lateral-esquerdo, bem como a médio interior esquerdo. No dia 26 de Julho de 2002, com apenas 21 anos de idade, Pranjic faria a sua estreia no campeonato, já com a camisola principal do Osijek, frente à formação do Nogometni Klub Zagreb, num encontro que acabaria empatado a uma bola. Em duas temporadas, ao serviço do Nogometni Klub Osijek, Pranjic realizaria 53 partidas oficiais, tendo apontado 3 golos. No Verão de 2004, o médio assinaria contrato com o Nogometni Klub Dínamo Zagreb, clube onde, além de ter sido uma das grandes revelações do campeonato, faria a sua estreia nas competições da UEFA, tendo apontado inclusivé um golo. Graças a esse tento, a vida de Pranjic nunca mais seria a mesma, tendo despertado a cobiça de vários clubes europeus. Após 29 jogos e dois golos marcados, com a camisola do Dínamo, Danijel Pranjic fecharia contrato com os holandeses do Heerenveen no Verão de 2005. Pela selecção nacional da Croácia, Pranjic faria a sua estreia, no dia 16 de Novembro de 2004, em Dublin, frente à selecção da República da Irlanda, numa partida onde, os croatas acabariam por perder por 1-0. Nesse mesmo encontro, Pranjic entraria aos 59 minutos, substituindo o companheiro Marko Babic. Recentemente, Pranjic disputaria o Campeonato da Europa de 2008, torneio disputado na Áustria e na Suíça, tendo sido titular em todos os encontros, da selecção orientada pelo técnico Bilic. Neste momento, Pranjic é, um dos jogadores que disputam o apuramento para, o Campeonato do Mundo de Futebol de 2010, disputado na África do Sul. Danijel Pranjic é actualmente, uma das grandes figuras da sua equipa, bem como um dos principais activos do clube. Pranjic que, conta já neste momento com, 1o golos apontados em apenas 12 jogos. Um excelente início de temporada para, este jovem médio. Dos 10 golos apontados, destaca-se os três marcados na Taça da Holanda, no dia 12 de Novembro de 2008, na esmagadora vitória por 7-0. Danijel Pranjic é sem dúvida, um dos melhores jogadores a actuar no campeonato holandês. De boa capacidade técnica, bem como táctica, Pranjic faz do seu pé esquerdo, a sua principal arma, dentro do terreno de jogo, conseguindo dessa forma, várias situações de perigo para, os seus companheiros do sector ofensivo. Na reabertura do mercado de Inverno, no próximo mês de Janeiro, Pranjic será certamente um dos jogadores a ter em conta, nas listas dos principais clubes da velha Europa.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Figura da Semana: Scirea

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Dados Pessoais
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Nome: Gaetano Scirea
Data de Nascimento: 25 de Maio de 1953
Data de Falecimento: 3 de Setembro de 1989
Naturalidade: Cernusco Sul Naviglio, Milão, Itália
Posição: Libro
Altura: 1.78 cm
Peso: 75 kg
Internacionalizações A: 78 (2)
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Clubes
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1970-1972 : Atalanta Bergamasca Calcio (Júniores)
1972-1974 : Atalanta Bergamasca Calcio
1974-1988 : Juventus Football Club
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Palmarés
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Campeonato Italiano: 1975, 1977, 1978, 1981, 1982, 1984, 1986;
Taça de Itália: 1979, 1983;
Taça UEFA: 1977;
Taça das Taças: 1984;
Taça dos Campeões Europeus: 1985;
Supertaça Europeia: 1984;
Taça Intercontinental: 1985;
Campeonato do Mundo de Futebol de Espanha: 1982;
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol da Argentina: 1978;
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol do México: 1986;
Presença no Campeonato da Europa de Futebol: 1980;
Mundialito de Clubes: 1983
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História
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Gaetano Scirea, nascido no dia 25 de Setembro de 1953, em Cernusco Sul Naviglio, uma pequena província de Milão é, considerado como um dos melhores defesas de todos os tempos. Scirea que é, um dos cinco jogadores, de toda a história do futebol europeu, a par de Antonio Cabrini, Sergio Brio, Stefano Tacconi e Danny Blind, a conquistar todos os troféus de nível internacional. Seria internacional pela selecção italiana, por mais de uma década, sendo dessa forma, um dos imprescendíveis no comando defesivo da "squadra azzura", conseguindo manter, Franco Baresi afastado do onze, até à sua retirada em 1986. Campeão do mundo em 1982, Scirea derrotaria nos quartos-de-final (o melhor jogo do torneio), o fantástico Brasil de Zico, Socrates e Falcão por 3-2 e, na final a sempre poderosa RFA (República Federal da Alemanha) por 3-1. Scirea foi sem dúvida, um defesa de grande valor individual e, de grandes capacidade técnicas e tácticas. Scirea que, seria reconhecido pela sua classe, desportivismo e humanismo, dentro dos relvados, este último, reconhecido por todos os jogadores, bem como pelos adeptos de clubes rivais. Durante toda a sua carreira desportiva, Scirea nunca viria um único cartão vermelho ou alguma suspensão, provavelmente, um recorde para, um defesa de nível internacional. Factos e números que, falam a realidade do carácter de Scirea, durante toda a sua carreira. Tal como Franz Beckenbauer (jogador que, implementaria a posição de libro no terreno de jogo, em meados dos anos 70) e Franco Baresi, Gaetano Scirea jogaria como libro, dentro das quatro linhas de jogo, tendo sido um dos jogadores que mais contribuiu para, o desenvolvimento dessa posição em campo. Além de se tratar de um defesa disciplinadíssimo, Scirea era também, um jogador que contribuiria para o desenvolvimento ofensivo da sua equipa. Gaetano Scirea começaria a sua carreira desportiva em 1972, com a camisola do Atalanta, clube onde começaria a jogar, na posição de avançado, em escalões inferiores do clube. Scirea faria a sua estreia na Série A de Itália, no dia 24 de Setembro de 1972, frente à formação do Cagliari. Com a camisola do Atalanta, Scirea jogaria durante duas temporadas, tendo feito um total de 58 partidas oficiais e um golo apontado, antes de assinar contrato com a Juventus de Turim em 1974 (através do técnico checo Cestmír Vycpálek), clube onde permaneceria até à conclusão da sua carreira desportiva em 1988. No total, Scirea faria 397 jogos oficiais na Série A, tendo marcado 24 golos. Em 14 épocas ao serviço da Juventus, Scirea conseguiria conquistar todos os troféus que, qualquer jogador desejaria conquistar. Muitos afirmam ainda que, Scirea só não ganhou mais títulos de nível individual, devido ao seu bom comportamento dentro e fora dos relvados. Ao serviço da "Vecchia Signora", Scirea faria parte da lendária "Cortina de Ferro", uma das melhores linhas defensivas, de toda a história do futebol mundial, composta pelos também internacionais Claudio Gentile, Francesco Morini e Antonello Cuccureddu, contando ainda com as presenças de Trapattoni e Antonio Cabrini, todos eles, elementos fundamentais para, a imbatibilidade do clube no campeonato italiano, com um total de 903 minutos - actual segundo melhor registo, de toda a história do campeonato da Série A - , bem como da selecção nacional de Itália, com um total de 1143 minutos. Ao serviço da selecção nacional italiana, Gaetano Scirea faria a sua estreia, no dia 30 de Dezembro de 1974, frente à selecção da Grécia. Após esse encontro, Scirea tornár-se-ia numa peça fundamental para, o técnico Enzo Bearzot, sendo um dos titulares indiscutíveis que, disputariam os Campeonatos do Mundo de 1978, de 1982 e de 1986, bem como o Europeu de 1980. No Campeonato do Mundo de 1978, disputado na Argentina, a selecção da Itália, conseguiria o quarto lugar da prova. Além desse facto, o mundo descobriria um novo exemplo no futebol, de seu nome, Gaetano Scirea. No Mundial de Espanha, em 1982, após um início algo perturbador, a selecção italiana conseguiria lutar até ao fim do torneio, derrotando pelo caminho, selecções de grande valor, como a da Argentina, a do Brasil e a da RFA. Quatro anos depois, no México, com a equipa em reconstrução, a "squadra azzura" não conseguiria passar da segunda fase, tendo sido eliminada pela selecção francesa de Michel Platini. Seria o último jogo de Scirea enquanto internacional. No final, o "libro", conseguiria 78 internacionalizações, bem como dois golos apontados. Na temporada de 1987-1988, uma das piores de toda a história da Juventus, Scirea faria a sua última época, numa carreira recheada de êxitos. Após a sua retirada, Scirea iria exercer o cargo de olheiro do clube de Turim, porém, após um acidente de viação em Skierniewice, na Polónia, Scirea não conseguiria resistir ao impacto, tendo falecido no local do acidente. Gaetano Scirea, além de um exemplo intemporal, um exemplo de como um atleta, nos dias de hoje, se deve comportar dentro e fora dos relvados. Para a história, fica um dos jogadores que, mais contribuiu para o desportivismo no futebol, bem como pelo humanismo que se pretende entre equipas adversárias.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Crítica

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Numa altura, em que as arbitragens voltam ao seu normal, ou seja, voltam a ser negativas, uma pergunta fica no ar. Não será altura de dizer chega? Chega de sumaríssimos mal declarados. Chega de castigos que não existem. Chega, é a palavra que falta ao futebol português. Mas, existirá alguma solução para esta triste realidade? Com certeza. Tal como existe no Rugby, porque não utilizar, os meios tecnológicos que, a sociedade nos brinda todos os dias? Porque não, utilizar os meios televisivos para, "concertar" feitos que não têm explicação? Uma vez utilizados, nunca mais um erro de arbitragem, seria comentado de forma tão drástica. Porém, será que resolvia todas as questões pendentes? Não. Para que serve, ter um quarto árbitro no terreno de jogo? Para mostrar placares de substituição ou, de tempo extra? Essa função, qualquer funcionário da Federação Portuguesa de Futebol poderia fazer, contudo, essa missão é entregue a um árbitro. Porque não então, a utilização de dois árbitros de campo? Não ficaria mais facilitada, as observações directas de cada jogada no jogo? Não seria mais correcto os juízos de valor nos encontros? Neste momento, com o decorrer dos anos, com a sucessão de erros, o futebol português caminha a passos largos, para uma decadência avaliativa. Tal como sucede na Educação, é preciso mudar para, não cometer mais erros. Erros esse que, poderão ser fatais num futuro próximo.
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Técnico da Semana: José Mourinho

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José Mário dos Santos Mourinho Félix é, neste momento a grande figura em Itália, ao serviço do Inter de Milão, clube onde militam os também portugueses Luís Figo e Ricardo Quaresma. Natural de Setúbal e, formado em Educação Física, José Mourinho seria convidado em 1992 para, ser tradutor do técnico inglês Bobby Robson no Sporting Clube de Portugal. Contudo, cedo se confirmaria a sua capacidade de liderança, tornando-se dessa forma, no braço direito do técnico britânico. Do Sporting Clube de Portugal para o Futebol Clube do Porto e, do clube das "Antas" para o colosso Barcelona. José Mourinho seria o grande aliado de Bobby Robson até 1997. Com a chegada de Louis Van Gaal e, com a saída de Bobby Robson para o PSV Eindhoven, José Mourinho ganharia mais um "mestre", para a sua formação final. Em 2000, o jovem técnico-adjunto, regressaria a Portugal, pela porta grande, ao ser o escolhido por João Vale e Azevedo para, substituir Jupp Heynckes, no comando técnico do Sport Lisboa e Benfica. Conquistando, desde cedo os corações dos adeptos "encarnados", nomeadamente, após a vitória sobre o Sporting, por uns claros 3-0, José Mourinho sairia do clube, após nove jornadas, devido à entrada de Manuel Vilarinho na presidência do clube da Luz. Ainda na temporada de 2000/2001, Mourinho abraçaria um novo desafio, na sua curta carreira, ao ingressar no comando técnico da União de Leiria. Após a melhor classificação de sempre, do clube de Leiria, José Mourinho seria em Janeiro de 2002 apresentado como o novo treinador do Futebol Clube do Porto, substituíndo dessa forma Octávio Machado no comando técnico. Para as "Antas", Mourinho levaria consigo o avançado Derlei e juntos, conseguiram alcançar o terceiro lugar na tabela classificativa, porém, com uma certeza que, na próxima temporada o Porto seria o novo campeão nacional. Com jogadores como Vítor Baía, Ricardo Carvalho, Jorge Costa, Costinha, Deco, Alenichev, Postiga, Maniche, Jankauskas, Paulo Ferreira, Nuno Valente, Pedro Mendes, Carlos Alberto e Derlei, José Mourinho conseguiria em duas épocas e meia, elevar o Futebol Clube do Porto a um patamar, jamais alcançado no passado. Nessas duas temporadas, Mourinho conseguiria dois campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça Cândido de Oliveira, uma Taça UEFA, uma Liga dos Campeões. Além desses títulos, Mourinho seria ainda finalista vencido na Taça de Portugal e na Supertaça Europeia, ambas em 2004. Com números demasiados elevados, os dias de José Mourinho no Futebol Clube do Porto, estavam acabados. Não então surpresa, a sua apresentação no Verão de 2005, como o novo técnico principal do Chelsea de Roman Abramovich. Porém, muitos eram aqueles que, duvidavam num novo triunfo do técnico português. Porém, os factos falam a verdade e, a verdade é que em três temporadas e meia em Londres, José Mourinho conseguiria a conquista de dois campeonatos ingleses, uma Taça de Inglaterra, duas Taças da Liga Inglesa, uma Supertaça de Inglaterra, bem como a nomeação por duas ocasiões para, o melhor treinador do mundo. Com um historial invejável, José Mourinho estava pronto para um novo desafio. Espanha e Itália chamavam por si. Após a sua rescisão "amigável" do Chelsea em 2007, José Mourinho passaria vários meses, a estudar o seu próximo passo. Passo esse que, chegaria no dia 2 de Junho de 2008, ao ser apresentado como o novo treinador do Inter de Milão, substituíndo o tricampeão Roberto Mancini. Na sua aventura em Itália, José Mourinho contaria com a companhia dos seus "fiéis escudeiros": Rui Faria, Silvino Louro e André Vilas Boas. Neste momento, José Mourinho é o líder da Série A de Itália, porém, pelo caminho, o "cheiro" das vitórias entraria no seu já vasto currículo, ao vencer a Supertaça de Itália, no seu primeiro jogo oficial pelo Inter de Milão. Quando todos duvidavam da sua capacidade, eis que José Mourinho, polémico, demasiado sério, egocêntrico, mostrou mais uma vez que, Mourinho afinal ainda é o "Special One".
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sábado, 6 de dezembro de 2008

Equipa da Semana

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Marcos (Marítimo): Frente ao Belenenses de Jaime Pacheco, Marcos foi um dos grandes heróis da partida. Durante toda o encontro, conseguiu evitar todos os lançes de perigo, na sua baliza. Se na frente, os jogadores conseguiam alcançar os golos, bem lá atrás, Marcos evitava qualquer remate dos jogadores do Restelo. Uma grande partida, para o guarda-redes, menos batido do campeonato, na temporada de 2008-2009.
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Bruno Pereirinha (Sporting Clube de Portugal): Magnífica actuação, deste médio adaptado a lateral, diante do Vitória de Guimarães. Em toda a partida, Bruno Pereirinha conseguiu percorrer todo o seu corredor direito, com imenso perigo. Com uma partida positiva, devido à sua regularidade dentro do terreno de jogo, Pereirinha sempre que podia, tentava o cruzamento para a área adversária. Sempre com um enorme sentido de colocação, na hora do cruzamento, Bruno Pereirinha conseguiria fazer com que o seu adversário directo, não conseguisse evitar as suas subidas no terreno.
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Evaldo (Sporting de Braga): Diante do Nacional da Madeira, o lateral-esquerdo brasileiro foi, um autêntico passageiro em todo o encontro. Sempre com imenso perigo, na hora de subir no terreno, Evaldo fez dos seus cruzamentos, uma arma sempre disponível para, todo o sector ofensivo do Sporting de Braga.
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Valdomiro (Trofense): Grande partida para o defesa-central do Trofense. Nunca os avançados do Rio Ave conseguiram descobrir uma forma de, "abrir" a linha defensiva da equipa da casa. Segurança, foi a palavra escrita no final da partida. Com um golo apontado no encontro, Valdomiro ajudaria a sua equipa a, alcançar os três "desejados" pontos.
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Miguel Ângelo (Trofense): Com Valdomiro a seu lado, Miguel Ângelo conseguiu formar uma autêntica muralha em volta do seu guarda-redes. Muito activo em todo o encontro, Miguel Ângelo, com a sua capacidade de bloqueio defensivo, evitou quase todos os lançes de perigo da equipa do Rio Ave.
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Raúl Meireles (Futebol Clube do Porto): Possívelmente, o melhor elemento portista em todo o encontro, frente à Académica de Coimbra. Numa partida, muito disputada a meio-campo, Raúl Meireles conseguiu movimentar a equipa, em todas as linhas do campo. Sendo a meia distância, uma das suas armas, Raúl Meireles sempre que podia, tentava o remate fora-de-área. Numa grande jogada de Hulk, no corredor direito, Raúl Meireles finalizaria da melhor maneira, um grande cruzamento do avançado brasileiro, conseguindo dessa forma, o primeiro golo da partida.
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Bruno (Marítimo): O grande comandante da equipa do Funchal. Todo o futebol do Marítimo passa pelos pés de Bruno. É uma constante a troca de passes entre o número 10 e o resto da equipa. Graças à sua segurança, bem como à sua qualidade técnica no meio-campo, Bruno conseguiria transportar a sua equipa para, o terceiro lugar no campeonato nacional. Diante do Belenenses, o médio do Marítimo conseguiria bloquear completamente, o futebol dinâmico da equipa do Restelo.
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Olberdam (Marítimo): Grande temporada para o médio do Marítimo. Sempre regular em quase todos os minutos do encontro. Frente ao Belenenses, Olberdam seria a peça dinâmica, no esquema táctico do treinador do Marítimo. Sempre assumindo um futebol ofensivo, Olberdam, embora não tivesse alcançado o golo, conseguiu assitir os seus companheiros, da melhor forma possível. Com uma actuação bastante agradável durante os 90 minutos, Olberdam foi sem dúvida, um dos responsáveis pelos três pontos alcançados em Lisboa.
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José Manuel (Leixões): Uma autêntica carraça para os seus adversários. Muito rápido no contra-ataque. Na formação do Leixões, o veterano avançado foi sempre o jogador que, mais vezes procurou o sentido da baliza adversária. Com o golo apontado à Naval 1º de Maio e face ao empate do SL Benfica, diante do Vitória de Setúbal, José Manuel conseguiria manter o Leixões mais uma semana, no topo da tabela classificativa, do campeonato português.
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Liedson (Sporting Clube de Portugal): Claramente em subida de forma. O avançado brasileiro foi um perigo constante para a baliza de Nilson. Com uma forma de estar em campo, já reconhecida por todos os adversários, Liedson sempre em movimento, conseguiria marcar o seu terceiro golo no campeonato. Além de ser um marcador de golos, Liedson é o grande pêndulo ofensivo da equipa de Paulo Bento.
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João Tomás (Boavista): O grande herói na partida, frente à União de Leiria. Embora não esteja nos níveis apresentados no passado, João Tomás conseguiria ser o autor dos dois golos que dariam os três pontos aos axedrezados. Um merecido prémio para, um avançado que, nunca teve o seu real valor reconhecido, no futebol português.
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Mercado Nacional: Vieirinha

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Dados Pessoais
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Nome: Adelino André Vieira Freitas - Vieirinha
Data de Nascimento: 24 de Janeiro de 1986
Naturalidade: Guimarães, Portugal
Posição: Extremo-Direito/Esquerdo
Altura: 1.71 cm
Peso: 66 kg
Clube: PAOK - Panthessalonikeios Athlitikos Omilos Konstantinoupoliton
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Clubes
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1999-2003 : Vitória Clube de Guimarães
2003-2005 : Futebol Clube do Porto B
2004-2005 : Futebol Clube do Marco (Empréstimo)
2005-2006 : Futebol Clube do Porto B
2006-2007 : Futebol Clube do Porto
2007-2008 : Leixões Sport Club
2008-2009 : PAOK - Panthessalonikeios Athlitikos Omilos Konstantinoupoliton
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Adelino André Vieira Freitas, mais conhecido por Vieirinha, é uma das grandes promessas do futebol português, da próxima década. Formado nas escolas do Vitória de Guimarães, Vieirinha seria desviado em 2003, pelo Futebol Clube do Porto, clube onde iria finalizar a sua formação. Com a extinção da equipa B do clube, Vieirinha seria promovido à equipa principal, na temporada de 2006-2007. O seu primeiro jogo oficial, com a camisola do Porto, aconteceria no dia 11 de Agosto de 2007, numa partida a contar para a Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Vitória de Setúbal. Os "azuis e brancos" acabariam por vencer a partida por, uns claros 3-0, sendo o último golo, apontado por Vieirinha no minuto 89 de jogo. Embora não tivesse sido, uma aposta regular no campeonato, Vieirinha acabaria por ser um dos nomes do Campeão Nacional em 2007. No Verão do mesmo ano, Vieirinha seria emprestado, juntamento com Paulo Machado, ao Leixões, clube que regressaria ao principal escalão do futebol português. Ao serviço do Leixões, Vieirinha provaria o seu real valor, demonstrando toda a sua qualidade e capacidade para, regressar ao clube de formação, o Futebol Clube do Porto. Porém, sem espaço na equipa e, embora tivessem "perdido" Ricardo Quaresma, o Futebol Clube do Porto contava ainda com nomes como, o ex-benfiquista Cristian Rodríguez, Mariano González, Tarik Sektioui ou mesmo Lisandro López. Vieirinha não teria então, outra hipótese senão um novo empréstimo. O PAOK de Fernando Santos seria o seu próximo destino. Aliás, o técnico português, seria o principal responsável, pela sua ida para o futebol grego, pois tinha o conhecimento do seu valor e qualidade técnica. O PAOK estava à procura de um extremo versátil, Vieirinha seria a escolha do clube. Afastado dos relvados, devido a uma grave lesão, contraída no jogo frente ao Arís, Vieirinha apenas conseguirá regressar aos relvados no próximo ano. Campeão Europeu no escalão de Sub-17 em 2003, Vieirinha tem sido uma das figuras, em quase todos os escalões nacionais. Neste momento, Vieirinha tem poucas hipóteses, de ser chamado pelo seleccionador Carlos Queiróz, contudo, face às negativas exibições da selecção, Vieirinha poderá ter a sua oportunidade num futuro próximo. Um bom jogador, muito rápido nas missões ofensivas. Vieirinha tem tudo para se tornar num grande jogador. Veremos qual será o seu futuro, se memorável ou esquecido.
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Mercado Internacional: Janko

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Dados Pessoais
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Nome: Marc Janko
Data de Nascimento: 25 de Junho de 1983
Naturalidade: Vienna, Áustria
Posição: Avançado
Altura: 1.96 cm
Peso: 92 kg
Clube: FC Red Bull Salzburgo
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Clubes
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1991-2002 : VFB Admira Wacker Modling
2002-2005 : VFB Admira Wacker Modling
2005-2009 : FC Red Bull Salzburgo
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Filho de Eva Janker, medalha de bronze, nos Jogos Olímpicos de 1968, disputados no México, Marc Janko começaria a sua carreira no tradicional clube Admira Wacker em 1991, com apenas 8 anos de idade. Após vários anos de sucesso, ao serviço do Admira, Marc Janko assinaria no Verão de 2005, contrato com FC Red Bull Salzburgo. Com 11 golos em 10 jogos, Janko conseguiria ajudar a sua equipa, a conquistar o título de campeão nacional em 2007. Na temporada seguinte, embora Janko tivesse mantido o seu melhor nível, não conseguiria atingir o bicampeonato, ficando dessa forma, na segunda posição, da tabela classificativa. Na presente temporada, Marc Janko começaria a época, da melhor forma possível, ao apontar cinco golos em apenas dois jogos. Neste momento, Janko conta já com 29 tentos em 19 jogos. Uma marca excelente para, o mais que provável, sucessor de Cristiano Ronaldo à conquista da Bota de Ouro em 2009. Dos 29 golos apontados, destaca-se os quatro marcados, ao ríval Altach. Na temporada de 2008-2009, Marc Janko conta já com cinco hat-tricks no campeonato. Tendo em conta que, ao apontar 29 golos em apenas 19 jornadas, não será de estranhar ver o seu nome, nas listas dos principais clubes europeus, no presente mercado de Inverno. Tendo feito o seu percurso natural, nos escalões inferiores da selecção nacional da Áustria, Marc Janko faria a sua estreia pela selecção principal, em Maio de 2006. Neste momento, Janko é o melhor marcador da selecção, na fase de qualificação, para o Campeonato do Mundo de Futebol, em 2010. Um grande avançado, com um enorme talento para marcar golos. Um digno sucessor de Krankl, antiga estrela do futebol austríaco.
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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Figura da Semana: Zamora

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Dados Pessoais
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Nome: Ricardo Zamora Martínez
Data de Nascimento: 21 de Janeiro de 1901
Data de Falecimento: 15 de Setembro de 1978
Naturalidade: Barcelona, Espanha
Posição: Guarda-Redes
Altura: 1.86 cm
Peso: 90 kg
Internacionalizações A: 46
Selecção da Catalunha XI: 13
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Clubes
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1914-1916 : Universitari SC
1916-1919 : Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona
1919-1922 : Futbol Club Barcelona
1922-1930 : Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona
1930-1936 : Real Madrid Club de Fútbol
1936-1938 : Olympique Gymnaste Club de Nice-Côte d´Azur
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Técnico Principal
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1939-1946 : Club Atlético de Madrid
1946-1949 : Real Club Celta de Vigo Sociedad Anonima Deportiva
1949-1951 : Málaga Club de Fútbol
1952-1952 : Selecção Nacional de Espanha
1953-1953 : Selecção Nacional da Venezuela
1954-1955 : Real Club Celta de Vigo Sociedad Anonima Deportiva
1955-1957 : Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona
1960-1961 : Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelona
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Palmarés
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Taça do Rei: 1920, 1922, 1929;
Campeonato da Catalunha: 1918, 1920, 1921, 1922, 1929;
Campeonato Espanhol: 1934, 1936;
Taça Principe das Astúrias: 1922, 1924, 1926;
Medalha de Prata nos Jogos Olímpicos de Antuérpia: 1920;
Finalista da Taça do Rei: 1948;
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol em Itália: 1934;
Medalha de Ouro de Mérito Desportivo: 1979;
Ordem da República: 1934;
Grande Cruz da Ordem de Cisneros: 1955
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História
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Ricardo Zamora Martínez, nascido no dia 21 de Janeiro de 1901 em Barcelona, foi um dos melhores jogadores de todos os tempos, de toda a história do futebol mundial. Zamora ou, "El Divino" como era conhecido dentro dos relvados, ficara famoso, devido ao seu equipamento, sempre de chapéu e de, camisola de gola alta branca. Um visual que, mais tarde seria imitado por outros jogadores. Na altura, Zamora afirmara que, se tratava de uma protecção contra o sol, bem como contra os seus adversários. Além do equipamento, Zamora também se tornaria lendário, devido à sua coragem dentro de campo. Em 1929, numa partida entre a selecção nacional de Espanha e de Inglaterra, Zamora continuaria em campo, apesar de ter o esterno partido. A selecção da Espanha, acabaria por vencer a partida por 4-3, tornando-se assim, na primeira equipa, fora das ilhas britânicas, a vencer a selecção de Inglaterra. Falar de Zamora é, recordar a final da Taça de Espanha de 1936. Zamora com uma enorme defesa, no último minuto de jogo, conseguiria levar o Real Madrid à vitória final. Na actualidade, no campeonato espanhol, o troféu para o guarda-redes menos batido do campeonato tem, gravado o seu nome, o troféu Ricardo Zamora. Uma forma de homenagear, o mais que provável, melhor guarda-redes espanhol de todos os tempos. O seu nome, também seria votado como, um dos melhores jogadores de sempre do século XX, pela revista World Soccer. Ricardo Zamora que, durante 38 anos consecutivos foi, o jogador com mais internacionalizações pela selecção de Espanha, sendo superado posteriormente por José Ángel Iribar. Ricardo Zamora começaria a sua carreira desportiva, ainda na categoria de júnior, no Universitari SC em 1914, com apenas 13 anos de idade. Em 1916, Zamora assinaria contrato com o Espanyol de Barcelona. Na formação de Barcelona, Zamora ajudaria a conquistar o campeonato da Catalunha em 1918, um ano antes de se transferir para o FC Barcelona. Após três épocas de sucesso em Nou Camp, Zamora regressaria ao Espanyol em 1922. No dia 2 de Fevereiro de 1929, Zamora de 28 anos de idade, faria a sua estreia no campeonato, com a camisola do Espanyol, facto passado, durante as competições inaugurais. Nesse mesmo ano, Zamora ajudaria a sua equipa a vencer o campeonato da Catalunha, bem como a Taça do Rei. A equipa era na altura, orientada pelo técnico Jack Greenwell. Equipa que contava ainda, com jogadores como Ricardo Saprissa. Nos quartos-de-final da Taça do Rei, o Espanhyol de Zamora, venceria o Atlético de Madrid por 9-3 (no total das duas partidas). Antes da final, o Espanyol bateria ainda os campeões nacionais FC Barcelona por 3-1 e, na final, o Real Madrid por 2-1. Após ter disputado 26 partidas oficiais na liga, com a camisola do Espanyol de Barcelona, Zamora assinaria em 1930, contrato com o Real Madrid. Entre 1919 e 1922, Zamora faria parte da lendária equipa do FC Barcelona, liderado pelo técnico Jack Greenwell que, contava também, com os seus íntimos amigos Josep Samitier, Sagibarbá, Paulino Alcántara e Félix Sesúmaga. Durante a sua "estadia" em Barcelona, Ricardo Zamora ajudaria a equipa catalã, a vencer o campeonato da Catalunha por três ocasiões, bem como duas Taças do Rei. Como já fora referido anteriormente, em 1930 Zamora assinaria pelo Real Madrid. Ele era um dos novatos da equipa madrilena, bem como Jacinto Quincoces. Durante a temporada de 1931-1932, ambos ajudariam o clube a vencer o campeonato espanhol, pela primeira vez na sua história. Na época seguinte, Samitier entraria no clube. Com o "trio" formado, a equipa conquistaria o bicampeonato nacional. Em 1934, eles venceriam o Valência de Jack Greenwell por 2-1. Nesse mesmo ano, Francisco Bru tomaria conta do comando técnico do Real Madrid. Sob o seu comando, a equipa madrilena, venceria duas Taças de Espanha. Na final de 1936, o Real Madrid defrontaria o FC Barcelona, pela primeira vez, em toda a história da competição. Apesar de ter jogado com 10 jogadores, durante quase todo o encontro, o Real Madrid acabaria por vencer a partida por 2-1, em pleno estádio do Mestalla. Porém, nessa partida haveria um herói, Ricardo Zamora. Uma "gigante" defesa, no último minuto de jogo, negaria o golo do empate a Josep Escolà. Em 1920, com a companhia de Samitier, Pichichi e José María Belauste, Zamora faria parte da primeira formação, da selecção nacional de Espanha. A equipa orientada por Francisco Bru, ganharia a medalha de prata, nos Jogos Olímpicos de Antuérpia. Zamora faria 46 internacionalizações, com a camisola da selecção espanhola, selecção esse que, representaria no Campeonato do Mundo de Futebol de 1934, competição disputada em Itália. Ricardo Zamora tinha na altura 33 anos de idade. Zamora também, alinharia pela selecção da Catalunha XI por 13 ocasiões. Contudo, se os dados estatísticos fossem válidos, em todos os encontros, certamente que, Zamora contaria com mais jogos. Ao lado de Alcántara, Sagibarbá e Samitier, Zamora ajudaria a selecção da Catalunha XI, a conquistar por três ocasiões, a Taça Príncipe das Astúrias. Antes de colocar um ponto final na sua carreira desportiva, Zamora passaria ainda duas épocas no futebol francês, ao serviço do Nice, clube onde terminaria a sua carreira, aos 37 anos de idade. Em 1939, Ricardo Zamora seria apontado treinador principal do Atlético de Madrid, clube onde conquistaria o bicampeonato em 1940 e em 1941. Em 1946, Zamora assinaria pelo Celta de Vigo e, na temporada de 1947-1948, Zamora levaria a equipa ao quarto lugar da tabela classificativa, bem como à final da Taça do Rei, numa equipa onde figuravam jogadores como Pahíño e Miguel Muñoz. Antes de ser nomeado seleccionador nacional em 1952, Ricardo Zamora ainda passaria duas temporadas ao serviço do Málaga. Apesar de ter efectuado apenas duas partidas como seleccionador, Zamora repetiria o feito em 1953, porém, ao serviço da selecção nacional da Venezuela. Em 1954, Zamora regressaria ao Celta de Vigo, onde não conseguiria alcançar o sucesso que tivera no passado. Antes de finalizar a sua carreira de técnico, Zamora passaria ainda por duas ocasiões pelo Espanyol de Barcelona, a primeira entre 1955 e 1957 e, a segunda entre 1960 e 1961. Ricardo Zamora foi considerado por muitos, como um dos melhores guarda-redes da história do futebol espanhol e europeu, sendo inclusivé, um dos destaques dos primeiros anos da liga espanhola e, durante acontecimentos internacionais como os Jogos Olímpicos de 1920 e o Campeonato do Mundo de Futebol de 1934. Nos anos 30, a linha defensiva, formada por Ciriaco Errasti e Jacinto Quincoces, dár-lhe-iam recordes de imbatibilidade. Dessa forma, Zamora seria o guarda-redes menos batido da temporada de 1928-1929 ao serviço do Espanyol de Barcelona e, na temporada de 1931-1932 e 1932-1933 com a camisola do Real Madrid. No terreno de jogo, Ricardo Zamora destacava-se pelo seu sentido de colocação em campo, bem como, pela sua interpretação do jogo em si. A sua altura (1.86 cm), ajudava-o dentro de campo, dominando quase todos os lançes de jogo aéreo. Ricardo Zamora que, também introduziria novos movimentos, dentro de campo, como é o caso, do seu famoso despejo de bola com os punhos, mais conhecido como a "zamorana". Algo que iria repetir em todos os jogos, em toda a sua carreira. Ricardo Zamora, um jogador polémico, porém genial na sua posição. No dia 15 de Setembro de 1978, Ricardo Zamora Martínez de 77 anos de idade, deixaria o mundo do futebol mais triste. Para a história, fica o homem, sempre de chapéu e de camisola de gola alta branca. Fica o homem que, bebia e fumava antes dos jogos. Para a história fica Ricardo Zamora, o "El Divino".