Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mercado Internacional: Affelay

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Dados Pessoais
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Nome: Ibrahim Affelay
Data de Nascimento: 2 de Abril de 1986
Naturalidade: Utrecht, Holanda
Posição: Médio-Ofensivo / Extremo
Altura: 1.80 cm
Peso: 76 kg
Clube: Philips Sports Vereniging Eindhoven
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Percurso Profissional
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2003-2009 : Philips Sports Vereniging Eindhoven
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Ibrahim Affelay, nascido no dia 2 de Abril de 1986, em Utrecht é, neste momento, uma das grandes revelações, do principal campeonato holandês, ao serviço do PSV Eindhoven. Affelay começaria a sua carreira desportiva em 1996, com apenas 10 anos de idade, nos amadores do USV Elinkwijk, clube da sua terra natal. Em 2001, assinaria contrato com o PSV Eindhoven, um dos maiores clube de toda a história do futebol holandês. Ingressando nas camadas jovens do clube, Affelay destacár-se-ia pela sua enorme capacidade técnica e velocidade. Após várias temporadas nos escalões secundários do clube holandês, a jovem promessa faria a sua estreia, com a camisola principal do PSV Eindhoven, no dia 4 de Fevereiro de 2004, numa partida a contar para a Taça da Holanda, frente à formação do NAC Breda, com apenas 17 anos de idade. Estava assim, lançada mais uma "estrela" no panorama futebolístico. Dez dias após a sua estreia, Affelay conquistaria mais um objectivo, ao estreár-se no principal campeonato da Holanda, frente à equipa do FC Twente. Na sua época de estreia, a de 2003/2004, o jovem futebolista, apenas realizaria três partidas oficiais, tendo aumentado esse número, na temporada seguinte, registando um total de sete presenças no campeonato. No dia 15 de Maio de 2005, o PSV Eindhoven jogaria frente a um dos seus eternos rivais, o Feyenoord. Affelay faria parte do onze inicial, tendo realizado uma exibição bastante positiva, com dois golos apontados. Os únicos na temporada de 2004/2005. Nessa mesma temporada e, mesmo com apenas sete encontros disputados no Campeonato (muito graças às presenças de DaMarcus Beasley e Mika Vayrynen na equipa), Affelay seria um dos "responsáveis", pela conquista do Campeonato Nacional, bem como, da Taça da Holanda, ambos em 2005. Com a partida de jogadores influentes como Johann Vogel e Mark Van Bommel, Affelay tornár-se-ia num jogador regular, na primeira equipa do PSV Eindhoven. Com um total de 23 partidas disputadas e dois golos marcados na temporada de 2005/2006, Affelay seria uma "peça-chave", na reconquista do título em 2006. Nesse mesmo ano, no dia 23 de Setembro, Affelay faria a sua estreia na Liga dos Campeões, frente à formação germânica do Schalke 04. A formação holandesa conseguiria vencer essa partida, por uma bola a zero. Porém, o número de partidas disputadas, pelo jovem atleta, poderiam ter sido maiores, se não fosse as várias lesões contraídas, durante toda a época. Devido a um dessas referidas lesões, Affelay seria um dos grandes ausentes, no Campeonato da Europa de Sub-21 em 2006, torneio que acabaria por ser conquistado ironicamente, pela selecção "laranja". No dia 8 de Outubro de 2006, o seleccionador holandês Marco Van Basten, chamaria a jovem promessa, para os encontros frente à República Checa e Macedônia. Contudo, ele não jogaria nenhuma das duas partidas. Todavia, a época de 2006/2007 seria talvez, a temporada de afirmação do talentoso médio-ofensivo. Além de ter disputado 27 partidas para o campeonato e seis golos apontados, Affelay conquistaria ainda o tri-campeonato nacional, bem como, os prémios de "Talento do Ano" e o de "Melhor Extremo do Campeonato". O ano de 2007, ficaria também marcado, pela sua estreia na Selecção Nacional da Holanda, mais concretamente, no dia 28 de Março, frente à formação da Eslovénia, numa partida a contar para a qualificação para o Campeonato da Europa em 2008, isto claro está, após ter recusado jogar na Selecção de Marrocos, devido à sua descendência marroquina. Sendo já um titular absoluto na formação do PSV Eindhoven, Affelay conseguiria na época de 2007/2008 a conquista do tetra-campeonato, muito graças aos seus 24 encontros disputados e dos dois golos apontados, no principal campeonato holandês. Além da conquista do campeonato, Affelay alcançaria ainda a Supertaça da Holanda. O seu enorme contributo na equipa do PSV, valeu-lhe um lugar entre os 23 escolhidos para a fase final do Europeu de 2008, tendo sido utilizado a maior parte das vezes como suplente. A sua estreia no Europeu, aconteceria frente à selecção da Itália, após ter substituído o avançado Dirk Kuyt na partida. Alguns segundos após a sua entrada, o jovem médio teria nos seu pés, a oportunidade de apontar um golo, porém, a bola sairia por cima da barra. Todavia, no final, a selecção "laranja" acabaria por vencer (e convencer) a partida, por uns claros 3-0. Affelay jogaria ainda frente às selecções da Roménia e da Rússia (equipa que eliminaria a formação holandes nos quartos-de-final da prova). Na actual temporada futebolística, embora a equipa não tenha os mesmos registos competitivos, de épocas anteriores, Affelay é no entanto, uma das grandes figuras do campeonato, tendo apontado 12 golos em 23 partidas. Affelay trata-se de um jogador bastante versátil, na linha ofensiva, podendo actuar nas posições de médio-ofensivo ou de extremo, devido às suas capacidades técnicas, velocidade, criatividade e capacidade de passe. Sem dúvida, uma das grandes promessas, da próxima década.
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domingo, 22 de março de 2009

Figura da Semana: Walter

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Dados Pessoais
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Nome: Friedrich "Fritz" Walter
Data de Nascimento: 31 de Outubro de 1920
Data de Falecimento: 17 de Junho de 2002
Naturalidade: Kaiserslautern, Alemanha
Posição: Avançado / Médio-Centro
Altura: 1.74 cm
Peso: 73 kg
Internacionalizações A: 61 (33)
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Percurso Profissional
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1928-1937 : Fussball-Club Kaiserslautern (Juniores)
1937-1959 : Fussball-Club Kaiserslautern
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Palmarés
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Campeonato Alemão: 1951, 1953
Campeonato do Mundo de Futebol: 1954
4º Lugar do Campeonato do Mundo de Futebol: 1958
Capitão Honorário da Selecção Nacional da Alemanha: 1958
100 Melhores Jogadores do Século XX pela FIFA: 2000
Jogador de Ouro dos Últimos 50 Anos do Futebol Alemão: 2003
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História
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Friedrich "Fritz" Walter, nascido no dia 31 de Outubro de 1920, em Kaiserslautern foi, um dos grandes "monstros sagrados" do futebol mundial, bem como, o primeiro "Kaizer" de toda a história do futebol alemão. Fritz Walter começaria a sua carreira desportiva, de uma forma bastante precoce, com apenas 8 anos de idade, ingressando no clube da sua terra natal e da sua vida, o Kaiserslautern. Após algumas temporadas de grande sucesso, nas camadas jovens do clube alemão, Fritz Walter faria a sua estreia, com a camisola principal do Kaiserslautern em 1937, com apenas 17 anos de idade. Três anos depois, em 1940, Walter de apenas 20 anos, estreár-se-ia pela Selecção Nacional da Alemanha, em plena guerra, sob as ordens do técnico germânico Sepp Herberger, apontando frente à formação da Roménia, um espectacular hat-trick. Porém, com o início da Segunda Guerra Mundial em 1939, havia assuntos mais importantes, do que correr atrás de uma bola de futebol. Na época, não existia uma liga profissional na Alemanha. Disputavam-se várias competições regionais, que eram o único circuito competitivo, para as equipas profissionais. Uma das equipas era o Kaiserslautern, clube onde alinhava o talentoso e jovem promessa Fritz Walter. A sua carreira desportiva, viria a ser interrompida (praticamente dez anos), devido ao começo da já referida II Guerra Mundial. Fritz Walter serviria o seu país "nazista", enquanto pára-quedista, função onde seria feito prisioneiro de guerra. Durante o conflito e, antes da sua captura, Fritz Walter deixaria de servir a Selecção Nacional Alemã, para passar a representar a Guarda Nacional Alemã (Reich). Foram quase quatro longos anos, a saltar várias missões por toda uma decadente Europa. Na altura, o jovem de 24 anos de idade, teria uma média de esperança de vida a rondar os cinco anos. Contudo, após ter sido visto a disputar uma partida, entre a guarda alemã e a guarda húngara, um dos membros da última formação, diria que Fritz não era alemão, mas sim austríaco. A partir desse momento, a sua vida iria mudar radicalmente. Com o seu regresso consumado e, com o termino do conflito mundial, Fritz Walter nunca mais entraria numa avião. Porém, consigo traria a doença da malária, algo que não tiraria todo o brio da sua carreira. Infelizmente, com o seu afastamento do panorama futebolístico, Fritz Walter regressaria com o estatuto de veterano e não de jovem promessa do futebol mundial. O já "trintão" voltaria porém, com toda a força possível. Com a sua liderança e talento futebolístico, Fritz Walter ajudaria o Kaiserslautern a conquistar, os títulos de Campeão Nacional, nos anos de 1951 e de 1953, os únicos dois, dos primeiros 90 anos do clube germânico. Na altura da conquista, do primeiro título pelo Kaiserslautern, o "maestro alemão" voltaria a ser chamado pelo seleccionador nacional alemão Sepp Herberger, onde regressaria com a função de "capitão" de equipa. A Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, era um país dividido (Alemanha Capitalista Ocidental e Alemanha Comunista Oriental), desolado e isolado. No futebol, a sua situação não seria diferente. A guerra terminara em meados de 1945, contudo, a FIFA só aceitaria a junção da Alemanha Ocidentel em 1950, depois do Campeonato do Mundo do mesmo ano, disputado no Brasil. À margem dos títulos regionais, conquistados com a camisola do Kaiserslautern, chegaria a enorme fama e prestígio, sobre a grande capacidade de liderança do "capitão" germânico. Em 1954, a "nova Alemanha" iria disputar o seu primeiro Campeonato do Mundo, disputado na Suíça, numa competição onde espantaria todo o planeta, ao vencer na final, a favorita Hungria, indiscutivelmente, a melhor equipa do mundo da época. Todavia, a estratégia germânica, para vencer os imbatíveis húngaros foi bastante engenhosa. As duas selecções encontrár-se-iam, pela primeira vez, na primeira fase, já com ambas equipas qualificadas para a próxima fase do torneio. Na altura do primeiro embate, o seleccionador alemão decidiria colocar em campo, uma equipa de reservas, demonstrando assim, sob o olhar do adversário, uma equipa frágil e fácil de vencer. O resultado não seria surpresa para ninguém. Os húngaros venceriam a partida contra os alemães, por uns claros 8-3. Porém, nessa mesma partida, o "carniceiro" Liebrich lesionaria a "estrela húngara" Puskas, que finalizaria o encontro, com um ar de enorme sacrifício. No entanto e, por ironia do destino, as duas equipas voltariam a encontrár-se na... final da competição. Nesse dia, tudo estava contra a formação alemã: falta de talento, de comunicação, um país sem tradição futebolística, que saiu destroçado da Segunda Guerra Mundial e, um Fritz Walter de 34 anos de idade, frente à melhor selecção do mundo, a Hungria, que na altura contava com nomes como József Bozsik, Zoltán Czibor, Sándor Kocsis, Nándor Hidegkuti e, sobretudo Ferenc Puskas, um dos melhores jogadores, de toda a história do futebol mundial que, jogaria algo limitiado, devido ao choque do último encontro, entre ambas as formações. No entanto, o seleccionador Sepp Herberger colocaria desta vez, os titulares em campo, com Walter a pautar, todos os movimentos da equipa. A tão falada falta de comunicação, por parte da formação alemã, foi sem dúvida, a grande arma dos germânicos, bem como, o funcionamento entre todos os membros da equipa alemã. Fritz Walter comandaria a sua equipa com uma mestria impressionante, derrotando nessa cruél final, os poderosos e favoritos húngaros, por uns batalhadissímos 3-2. Com essa vitória, o jogador de estrutura esguia, conquistaria o estatuto de herói nacional: Desde esse memorável dia, o futebol tornár-se-ia no desporto mais popular da Alemanha, despertando assim, a história de uma das maiores potências do mundo do futebol. Nessa equipa, que "chocaria" o mundo em 1954, encontrava-se também o seu irmão mais novo (quatro anos) Ottmar Walter, também ele, um destacado futebolista e, que jogaria ao lado de Fritz, durante várias temporadas, com as cores do Kaiserslautern. Em 1958, Fritz Walter, de 38 anos de idade, disputaria o seu segundo Campeonato do Mundo, desenvolvido na Suécia. Além do quarto lugar alcançado na prova, após ter sido derrotado, nas semi-finais, pela equipa da casa, Fritz Walter sofreria também, uma grave lesão que, acabaria com a sua carreira internacional e que, levaria ao seu retiramento do futebol mundial em 1959. No total, o antigo "capitão" germânico conquistaria umas espantosas 61 internacionalizações, tendo apontado uns magníficos 33 golos, tornando-se assim, num dos melhores marcadores, de toda a história da Selecção Nacional da Alemanha, bem como, um dos jogadores que mais vezes envergou a camisola germânica, em encontros oficiais. Após a sua retirado do futebol, Walter escreveria vários livros e artigos, sobre o futebol. No dia 17 de Junho de 2002, em Enkenbach-Alsenborn, Fritz Walter de 81 anos de idade, deixaria o mundo do futebol mais triste e negro, levando consigo, um enorme legado, que só seria alcançado décadas depois, com Uwe Seeler, Franz Beckenbauer, Lothar Mattaus e Bettina Wiegmann. Contudo, o seu grande sonho, nunca viria a ser realizado: assistir a um Campeonato do Mundo, disputado na sua terra natal, Kaiserslautern, visto que em 1974, a mesma não seria uma das escolhidas para o torneio. Falar de Fritz Walter é falar em dedicação, em lealdade. Um homem que apenas vestiu apenas uma cor, a do Kaiserslautern, durante mais de 20 anos. Ao serviço da formação alemã, o talentoso médio alemão, faria um total de 411 encontros oficiais, tendo apontado 380 golos no seu total. Uma marca impressionante, elevando-o a um patamar digno só dos melhores do mundo. Para a história, fica o homem, o "Kaizer", o "capitão", o líder que, reconquistou a auto-estima de toda uma nação. Para a história, fica Fritz Walter, o jogador que nasceu na época errada. Para a história, fica Fritz Walter, um dos grandes magos, que um dia a Grande Guerra decidiu afastar do mundo do futebol.
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quarta-feira, 18 de março de 2009

Medalha de Lata

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Sporting Clube de Portugal
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Além do humilhante resultado alcançado (12-1), a equipa leonina provou que, ainda não se encontra preparada, para atingir patamares mais elevados nas competições europeias. Se o facto de ter passado à fase seguinte, foi algo de muito positivo, nomeadamente, para os cofres de Alvaldade, também a sua incapacidade, face a um adversário completamente superior, foi se um dimensão que, só o futuro ditará quais as suas consequências. Não foi pela eliminação em si, pois, o seu opositor era um dos melhores de toda a história do futebol mundial: Bayern Munique, recheado de enormes valores individuais, tais como Ribery, Luca Toni, Klose, Podolsky, Schweinsteiger, Lahm, Zé Roberto, entre muitos outros "monstros" do futebol "europeu"; foi sim pela forma como encararam as duas partidas, jogando um futebol triste e básico, para uma equipa que jogava para o apuramento para os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Pela forma como jogou, encarou e, sobretudo como reagiu, a equipa de Alvalade mereceu por completo esta eliminação e desta forma. Nessa partida houve também um "regresso" à equipa inicial do Sporting: Miguel Veloso, que alinharia como... lateral-esquerdo. Contudo para quem achava que estava a ser injustiçado e atirado aos leões, de nada lhe valeu a titularidade, pois, além de ter jogador francamente mal, foi ainda retirado ao intervalo, pelo técnico português Paulo Bento. E já dizia um tal treinador brasileiro: "(...) e o burro sou eu? (...)".
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Destaque da Semana

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Hulk
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Chegou a Portugal, como um simples desconhecido, oriundo do futebol japonês, porém, com nome de super-herói. Todavia, se no início, Hulk era um jogador individualista e de enorme margem de progressão futebolística, visto ter apenas 22 anos de idade, na actualidade, o "gigante azul" é uma das grandes referências do Futebol Clube do Porto na temporada de 2008/2009. As suas exibições têm sido de tal forma positivas que, o próprio Lisandro López, melhor marcador da passada temporada, teve que derivar para uma das alas, dando-lhe assim, o seu lugar no eixo do ataque portista ao estreante Hulk. Sendo neste momento, um dos grandes nomes do mercado europeu, o clube portista fará no futuro um enorme investimento, pelo passe do atleta brasileiro. Porém, a sua saída do clube não será fácil, pois, o Futebol Clube do Porto não deixará sair o jogador por menos do dobro do investimento aplicado, cerca de 10 milhões de euros, pela totalidade do passe. Sem dúvida, Hulk é a grande revelação do campeonato português e com a sua aquisição, o Futebol Clube do Porto provou mais uma vez estar muito à frente dos outros clubes nacionais.
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terça-feira, 17 de março de 2009

Equipa da Semana

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Equipa da Semana
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Equipa
Marcos, Miguel Vítor, Bruno Alves, Auri
Katsouranis, João Alves, João Moutinho, Jardel, Mateus, Hulk e Cássio
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Mercado Nacional: João Pereira

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Dados Pessoais
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Nome: João Pedro da Silva Pereira
Data de Nascimento: 25 de Fevereiro de 1984
Naturalidade: Lisboa, Portugal
Posição: Lateral-Direito
Altura: 1.72 cm
Peso: 64 kg
Clube: Sporting Clube de Braga
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Percurso Profissional
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2001-2003 : Sport Lisboa e Benfica (Juniores)
2003-2006 : Sport Lisboa e Benfica
2005-2007 : Gil Vicente Futebol Clube
2007-2009 : Sporting Clube de Braga
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João Pedro da Silva Pereira, nascido no dia 25 de Fevereiro de 1984, em Lisboa é, neste momento, uma das grandes figuras, do principal campeonato português, nomeadamente, ao serviço do Sporting Clube de Braga. Tendo uma infância controversa, vivida no bairro da Meia-Laranja, próximo do problemático Casal Ventoso, João Pereira sofreria alguns obstáculos na sua vida. A sua vida para a "libertação", seria encontrada no futebol. Sendo um adepto feveroso do Sport Lisboa e Benfica, João Pereira devido ao seu talento e paixão pelo desporto, ingressaria no clube "encarnado", um dos maiores clubes de toda a Europa e do mundo. No clube da "Luz", o jovem atleta faria toda a sua formação futebolística, tendo inclusivé, conquistado o Campeonato Nacional de Juvenis. Entre 2001 e 2003, João Pereira faria parte da extinta equipa "B" dos "encarnados", demonstrando ser um jogador veloz e versátil: desempenhava as funções de lateral e extremo-direito. Um jogador lutador, incansável, capaz de percorrer quilómetros, para defender o seu clube. O dia 17 de Agosto de 2003, ficará para sempre ligado à carreira do jovem jogador, pois, seria nesse dia que, o João Pereira faria a sua estreia, com a camisola principal do Benfica, frente à sempre difícil formação do Boavista, em pleno Estádio do Bessa. Nessa partida, a equipa "encarnada" não conseguiria fazer uma única ligação ofensiva. Contudo, a trinta minutos do final da partida, o técnico espanhol José António Camacho, resolveria retirar o extremo brasileiro Giovanni, lançando dessa forma, a jovem promessa portuguesa: João Pereira. Com uma actuação bastante positiva (melhor em campo), os jornais desportivos, no dia seguinte, lançavam mais um jovem para o "estrelato". O então internacional Sub-19 português, encarou esse encontro, como uma oportunidade de ouro, para permanecer no plantel . Com o seu talento, os seus precisos cruzamentos e facilidade no remate (5 golos), João Pereira seria um dos principais elementos, na conquista da Taça de Portugal em 2004, juntamente com jogadores como Simão Sabrosa, Luisão, Zahovic, Miguel, Hélder, Pedro Mantorras, Giovanni, Fyssas, entre outros, vencendo na final, o poderoso Futebol Clube do Porto, de José Mourinho. Na época seguinte, sob o comando técnico do experiente treinador italiano Giovanni Trapattoni (Velha Raposa), João Pereira não teria as mesmas oportunidades, do que com Camacho, na temporada anterior. O jovem lateral/extremo participaria em apenas 8 partidas a titular e 19 como suplente utilizado. Números muito fracos, porém, suficientes para a conquista do título de Campeão Nacional em 2005, nove anos depois do último título. Com a chegada da antiga "glória europeia" Ronald Koeman, ao comando principal do Benfica, João Pereira seria um dos elementos a dispensar pelo técnico. A solução seria o seu empréstimo ao Gil Vicente. Após 14 encontros com a camisola "gilista", João Pereira rescindiria contrato com os "encarnados", terminando assim, a sua ligação, ao seu clube de sempre, o Sport Lisboa e Benfica. João Pereira era assim, um jogador "a tempo inteiro" na formação do Gil Vicente. Apesar de ter sido, um passo atrás na sua curta carreira, a sua passagem por Barcelos, seria bastante benéfica para o atleta, tendo disputado um total de 25 partidas como titular, na temporada de 2006/2007. Com a sua cotação novamente em alta e, após a saída de Luis Filipe para o Benfica, a formação "arsenalista", assinaria contrato com o jovem internacional Sub-21, rubricando um contrato válido por quatro temporadas. A época de 2007/2008 foi provavelmente, a sua época de afirmação no futebol português, tendo disputado um total de 34 partidas, em 35 encontros oficiais do clube bracarense. Ao serviço do Sporting de Braga, João Pereira demonstraria todo o seu potencial, tendo sido inclusivé, considerado um dos melhores laterais direitos do campeonato nacional. Com a saída "milionária" de Bosingwa, para os ingleses do Chelsea, João Pereira seria um dos nomes mais falados, para substituir o ex-lateral "portista". Porém, tudo não passaria de mera especulação da comunicação social. Na presente temporada, João Pereira tem demonstrado, que a sua qualidade e talento, têm sido factores em crescimento e, o mais importante regulares (seja no campeonato ou nas provas da UEFA). Desse modo, o lateral português, será a par de Miguel Lopes, do Rio Ave, o melhor lateral-direito do campeonato português. Sem dúvida, um jogador que cresceu com o passar dos anos. Um atleta que antes era reconhecido pela sua rebeldia e irreverência dentro de campo e que, na actualidade é um dos melhores atletas portugueses do "nosso" campeonato.
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segunda-feira, 16 de março de 2009

Mercado Internacional: Dentinho

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Dados Pessoais
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Nome: Bruno Ferreira Bonfim "Dentinho"
Data de Nascimento: 19 de Janeiro de 1989
Naturalidade: São Paulo, Brasil
Posição: Avançado
Altura: 1.78 cm
Peso: 71 kg
Clube: Sport Club Corinthians Paulista
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Percurso Profissional
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2005-2007 : Sport Club Corinthians Paulista (Juniores)
2007-2009 : Sport Club Corinthians Paulista
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Bruno Ferreira Bonfim, ou simplesmente Dentinho, nascido em São Paulo, Brasil, no dia 19 de Janeiro de 1989 é, neste momento, uma das grandes revelações do futebol brasileiro, mais concretamente, com a camisola do Corinthians. Dentinho começaria a sua carreira desportiva em 2005, com apenas 14 anos de idade, nas camadas jovens da formação paulista. Após ter sido um dos grandes destaques, durante toda a sua formação, a par com Lulinha, Dentinho seria chamado pela primeira vez, à categoria profissional do Corinthians, pelo técnico brasileiro Paulo César Carpegiani, no dia 30 de Junho de 2007, com apenas 18 anos de idade. Nesse mesmo ano, Dentinho faria o seu primeiro golo, com a camisola principal do clube, no empate a uma bola, frente à formação do Fluminense. Sendo no momento, um dos principais jogadores do "Timão", Dentinho alcançaria a final da Taça do Brasil em 2008, bem como, o segundo lugar no campeonato . No dia 8 de Novembro de 2008, o talentoso avançado, conquistaria o Campeonato Brasileiro da Série B, onde se sagraria, o melhor marcador da competição. Já no ano de 2009, Dentinho seria um dos nomes escolhidos para o Campeonato Sul-Americano de Sub-20, ao serviço da Selecção Nacional do Brasil, prova onde se sagraria campeão. Porém, o avançado ainda terá muito que aprender, visto que se trata de um jovem jogador de apenas 20 anos de idade. Com a chegada do "fenómeno", ou melhor Ronaldo ao clube paulista, certamente que Dentinho tentará aprender o mais possível, com um dos melhores jogadores, de toda a história do futebol mundial. Com toda a certeza que, com os dois juntos, formarão uma dupla temível, na linha ofensiva do clube brasileiro. Uma "prenda" para Dentinho e, a grande oportunidade de relançar a sua carreira, para o "antigo" astro mundial de 32 anos de idade. Recentemente, após ter demonstrado algum interesse, na contratação do jovem avançado dos Santos, Thiago Luis, os espanhóis do Real Madrid, poderão estar mais uma vez, atentos ao mercado brasileiro, nomeadamente à jovem promessa do futebol paulista. Segundo o jornal espanhol "Marca", os dirigentes madrilenos já teriam, inclusivé, iniciado as respectivas negociações, pelo passe do atleta. Segundo o mesmo artigo, Dentinho, tal como Thiago Luis, fariam parte, de uma estratégia do clube, de forma a que no futuro, não tenham que gastar fortunas, em jogadores já consagrados, tais como, Kaká, do AC Milan ou Cristiano Ronaldo, do Manchester United. A ideia seria semelhante, à do seu principal rival FC Barcelona que, trouxe jogadores como Messi, Bojan ou Giovani dos Santos, para as camadas jovens do clube catalão, de forma a desenvolvê-los para um futuro próximo, tornando-se assim, em atletas de alta competição no clube. Também os italianos da Juventus, segundo os jornais "La Stampa", "La Gazzetta Dello Sport" ou "Corriere Dello Sport", poderão estar de olho, na jovem promessa brasileira do Corinthians. Segundo se consta, o clube italiano, terá apresentado uma proposta, a rondar os 10 milhões de euros. Dentinho seria inclusivé, um dos nomes apontados, para substituir o veterano jogador checo Pavel Nedved. Sendo um dos titulares indiscutíveis do clube brasileiro, certamente que se tratará de um dos alvos mais apetecíveis, para o próximo mercado de Verão em 2009.
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Figura da Semana: Rial

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Dados Pessoais
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Nome: José Héctor Rial Laguía
Data de Nascimento: 14 de Outubro de 1928
Data de Falecimento: 24 de Fevereiro de 1991
Naturalidade: Pergamino, Argentina
Posição: Avançado
Altura: 1.76 cm
Peso: 78 kg
Internacionalizações A: 5 (1)
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Percurso Profissional
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1947-1949 : Club Atlético San Lorenzo de Almagro
1949-1951 : Santa Fé Corporación Deportiva
1951-1954 : Club Nacional de Football
1954-1961 : Real Madrid Club de Fútbol
1961-1962 : Reial Club Deportiu Espanyol de Barcelon
1962-1963 : Olympique de Marseille
1963-1964 : Unión Española S.A.D.P.
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Técnico Principal
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1965-1966 : Pontevedra Club de Fútbol S.A.D.
1966-1967 : Real Club Deportivo Mallorca
1969-1970 : Real Zaragoza
1970-1971 : Unión Deportiva Las Palmas S.A.D
1971-1972 : Selecção Nacional Olímpica da Espanha
1971-1972 : Club Deportivo Guadalajara
1971-1972 : Selecção Nacional da Arábia Saudita
1974-1974 : Selecção Nacional da Espanha (Treinador-Adjunto)
1976-1977 : Real Club Deportivo de la Coruña S.A.D.
1976-1977 : Club Estudiantes de la Plata
1976-1977 : Selecção Nacional de El Salvador
1980-1981 : Elche Club de Fútbol
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Palmarés
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Campeonato Uruguaio: 1952
Torneio Competencia: 1952
Torneio Quadrangular: 1952, 1954
Taça Cidade de Montevídeo Internacional: 1953
Campeonato Espanhol: 1955, 1957, 1958, 1961
Taça dos Campeões Europeus: 1956, 1957, 1958, 1959, 1960
Taça Duward: 1955, 1957, 1958, 1961
Pequena Taça do Mundo: 1956
Taça Amistad: 1957
Troféu Ramón de Carranza: 1958, 1959, 1960
Taça Intercontinental: 1960
Vice-Campeonato Espanhol: 1960
Finalista da Taça do Rei: 1960, 1961
Troféu Benito Villamarín: 1960
Taça Califórnia: 1977
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História
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José Héctor Rial Laguía, nascido no dia 14 de Outubro de 1928, em Pergamino, Argentina foi, sem dúvida, um dos melhores jogadores, de toda a história do futebol mundial. Rial começaria a sua carreira desportiva, nas camadas inferiores do San Lorenzo de Almagro, clube da primeira divisão da Argentina, com apenas 12 anos de idade. Na formação argentina, o veloz avançado, faria parceria com jogadores como Reggi, Uñate, Pappa e Silva. Em 1948, o San Lorenzo viajaria até Espanha, para disputar um pequeno torneio. No final do mesmo, a equipa argentina deixaria tudo e todos de boca aberta, nomeadamente, aquele jogador franzino, com o número dez nas costas. Com toda a Espanha maravilhada, dois clubes espanhóis tentariam a sua aquisição, mais concretamente o FC Barcelona e o Valência CF. Contudo, a direcção do clube argentino, recusaria qualquer proposta pelo jogador. Com o clube argentino à beira da falência, o San Lorenzo apenas possuia como valores o médio-centro Peruca e o avançado Héctor Rial. Foi então que apareceria René Pontoni, para os adeptos argentinos, o melhor número nove de todos os tempos, que, viajaria até Buenos Aires, para negociar o passe dos dois atletas, para ambos representarem os colombianos do Independiente de Santa Fé, clube rival do Milionários que, na altura, contava com jogadores como Alfredo Di Stefano, Baez, Rossi, Pini, Soria e o guarda-redes Cossi. Este último, embora fossem rivais dentro das quatro linhas, fora do mesmo, eram grandes amigos, de tal ponto que Rial, chegaria a partilhar um apartamento com o rival e amigo Cossi. Foi precisamente ao serviço da formação colombiana que Rial, seria apelidado de "El Nene", devido à sua cara de menino, bem como, por ser o jogador mais novo da equipa, com apenas 20 anos de idade. Todavia e, apesar, do clube contar com jogadores de extraordinária categoria futebolística, de imensa personalidade e carisma humano, Héctar Rial seria um dos jogadores a ser vendido pelo clube, devido às diversas dificuldades económicas do clube, situação que vinha a agravár-se com o passar dos anos. Dessa forma, após duas temporadas na Colômbia, Rial assinaria por uma das grandes equipas do mundo futebolístico (na época), o Club Atlético Nacional de Montevídeo. Com as cores da formação uruguaia, Rial conquistaria o título de Campeão Nacional em 1952, feito suficiente para que, Alfredo Di Stefano, um dos grandes "monstros" do futebol mundial da época, lhe comunicasse, através de uma carta, se queria jogar no Real Madrid na próxima temporada. Porém, para que a transferência ganhasse contornos mais realistas, Rial teria de convencer Añon, Presidente do clube uruguaio, que, negava qualquer acordo pelo jogador argentino. No entanto, com a chegada do Director do Real Madrid Raimundo Saporta, a Montevídeo, o acordo conseguiria estabelecer-se, tendo o jogador posteriormente, assinado contrato com os gigantes espanhóis do Real Madrid. Um enorme feito do clube madrileno, visto que, meses antes, Luis Benítez de Lugo, Marquês da Flórida, na altura Presidente do Atlético de Madrid não conseguira tal acordo. Héctor Rial assinaria contrato com o Real Madrid, no dia 16 de Junho de 1954. Em Madrid, Rial alcançaria a plenitude e maturidade futebolística. O passado de Héctor Rial na formação do Real Madrid é certamente, um dos episódios, mais brilhantes da história do futebol mundial. Representou as melhores equipas sul-americanas, antes de assinar o contrato da sua vida, com o Real Madrid, clube onde jogaria lado a lado, com as maiores figuras da história do futebol como Alfredo Di Stefano, Puskas, Kopa, Gento, Miguel Muñoz, Santamaria, entre outros grande nomes do panorama futebolístico. No clube madrileno, Rial conquistaria cinco Taças dos Campeões Europeias consecutivas (um recorde que permanece até aos dias de hoje), maravilhando dessa forma, os adeptos com a sua enorme personalidade, técnica, visão e potência. Os seus longos passes milimétricos, fariam de Gento, uma das maiores estrelas do futebol mundial, convertendo-o assim, no melhor extremo-esquerdo do mundo. Os dois em conjunto, tornár-se-iam assim, na melhor ala esquerda da história do futebol. Nas sete temporadas em que representou o Real Madrid, Héctor Rial além das referidas Taças da Europa, conquistaria ainda, duas Taças Latinas, quatro títulos de Campeão Nacional, duas taças Ramón de Carranza e uma Pequena Taça do Mundo. Em 1961, Rial deixaria o clube madrileno, juntando-se assim, ao Espanyol de Barcelona. Porém, após um decepcionante 13º lugar, num campeonato disputado por 16 equipas, Rial deixaria o clube, para viver uma nova aventura, na sua já longa carreira, ao serviço dos franceses do Olympique de Marseille. Apesar de ter sido um dos titulares indiscutíveis da equipa, o avançado argentino não conseguiria mais do que um dos primeiros lugares do campeonato. Estava assim traçado, o iminente regresso do avançado, ao futebol sul-americano. Aos 35 anos de idade, Héctor Rial assinaria o seu último contrato profissional, pelos chilenos do Unión Española, clube onde terminaria a sua brilhante carreira desportiva, num modesto sexto lugar, da tabela classificativa. Estava assim concluída uma das maiores carreiras profissionais de toda a história do futebol mundial. Embora tivesse sido um dos maiores nomes da história do futebol, Rial apenas conseguiria cinco internacionalizações, ao serviço da Selecção Nacional da... Espanha. Findada a sua carreira, enquanto jogador profissional, Rial dedicár-se-ia às funções de técnico principal. Enquanto treinador, Rial orientaria (sem o sucesso do passado), as equipas do Pontevedra, o Deportivo de la Coruña, o Mallorca, o Las Palmas, o Estudiantes de la Plata. o Eche, bem como as selecções nacionais da Arábia Saudita e de El Salvador. Em 1974, Héctor Rial seria um dos adjuntos escolhidos, para orientar a Selecção Nacional de Espanha, durante o Campeonato do Mundo de 1974, torneio disputado na Alemanha. No dia 24 de Fevereiro de 1991, Héctor Rial de 63 anos de idade, deixaria o mundo do futebol mais triste, vítima de doença prolongada. Para a história fica a pessoa sensível e bondoza, de uma qualidade humana extraordinária. Para a história, fica um jogador de enorme personalidade, de uma capacidade técnica perfeita, de imensa visão de jogo, bem como, de uma enorme inteligência. Para a história, fica Héctor Rial, o homem que elevou o futebol à categoria de arte.
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sábado, 14 de março de 2009

Medalha de Lata

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Miguel Veloso
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Existe algo que não pode continuar a permanecer no futebol mundial, o egocentrismo. Miguel Veloso na presenta temporada futebolística, tem demonstrado que não está preparado, para ser uma figura de topo nacional. Não está preparado para se afirmar numa grande equipa nacional, neste caso o Sporting Clube de Portugal. Não está preparado para ser um nome a admirar. Miguel Veloso, filho do grande capitão "encarnado" António Veloso, um dos nomes mais admirado no futebol nacional, devido à sua dedicação ao seu clube, o Sport Lisboa e Benfica, tem que melhor a sua condição psicológica. Talento ele possui, porém, falta o necessário para triunfar numa carreira internacional, profissionalismo. Recuando uma década atrás, Miguel Veloso poderia certamente igualar os passos de Hugo Leal, na altura, a grande promessa do futebol "encarnado". Quis arriscar uma carreira internacional, numa altura em que ainda não era uma grande figura do desporto nacional. Passado dez anos, o que aconteceu à carreira internacional de Hugo Leal? Neste momento, o antigo menino de ouro do Benfica, tenta relançar a sua carreira desportiva no modesto... Trofense, clube da primeira divisão portuguesa. Mas qual a ligação entre ambos os jogadores (Miguel Veloso e Hugo Leal)? Muito simples. Escolheram o rumo errado nas suas respectivas carreiras. O actual número 24 leonino, arrisca-se então, a tornár-se no "novo" Hugo Leal do desporto nacional.
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Destaque da Semana

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Jogadores do Estrela da Amadora
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Já não existem palavras, para definir tal determinação de tamanhos guerreiros. Sem qualquer incentivo, os "guerreiros da Amadora", têm provado durante todo o Campeonato Nacional que, não é certamente pelo dinheiro que correm todos os fins-de-semana, mas sim, pela paixão que sentem pelo desporto. Pelo orgulho de vestirem uma camisola, que faz deles, os cabeças de cartaz, em diversos palcos futebolísticos. Se existe algo que possa definir o orgulho lusitano, aquela determinação latina que, tanto orgulhos têm oferecido ao futebol português, esse orgulho chama-se certamente Estrela da Amadora, ou mais concretamente, os jogadores do clube da Reboleira. Com praticamente a permanência, no principal escalão do futebol português assegurada, todos os jogadores do clube lisboeta, só poderiam estar de parabéns, pelo excelente exemplo que têm dado aos diveroso jovens que agora começam, nesse mundo por vezes cruel chamado futebol.
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segunda-feira, 9 de março de 2009

Equipa da Semana

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Equipa da Semana
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Equipa
Nélson, Maximiliano Pereira, Luisão, Miguel Vítor, Alonso
Vandinho, Rúben Micael, Marcinho, Pablo Aimar, Babá e Nenê
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Mercado Nacional: Paulo Machado

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Dados Pessoais
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Nome: Paulo Ricardo Ribeiro de Jesus Machado
Data de Nascimento: 31 de Março de 1986
Naturalidade: Bairro do Cerco, Porto, Portugal
Posição: Médio-Centro
Altura: 1.74 cm
Peso: 74 kg
Clube: Association Sportive de Saint-Étienne Loire
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Percurso Profissional
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2003-2004 : Futebol Clube do Porto (Juniores)
2004-2005 : Futebol Clube do Porto
2005-2006 : Clube de Futebol Estrela da Amadora (E)
2006-2007 : União Desportiva de Leiria (E)
2007-2008 : Leixões Sport Club (E)
2008-2009 : Association Sportive de Saint-Étienne Loire (E)
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Paulo Ricardo Ribeiro de Jesus Machado, nascido no Bairro do Cerco, Porto, no dia 31 de Março de 1986 é, neste momento, uma das grandes revelações do campeonato francês e, uma das grandes figuras da formação do Saint-Étienne, clube do principal escalão de França. Paulo Machado começaria a sua carreira desportiva em 2003, ao integrar as camadas inferiores do Futebol Clube do Porto. Após uma temporada na equipa "B" dos "dragões", Paulo Machado faria parte do plantel portista, para a temporada de 2004/2005, sob as ordens do técnico português José Mourinho. Tendo apenas alinhado em quatro partidas, Paulo Machado faria a sua estreia com a camisola principal do Futebol Clube do Porto, num encontro a contar para a Taça de Portugal. No Verão de 2005, após um curto empréstimo à Académica de Coimbra, Paulo Machado assinaria contrato com os "dragões" até 2010, na companhia do seu antigo companheiro Bruno Vale, actualmente ao serviço do Sporting da Covilhã. No entanto, ambos seriam prontemente emprestados, a clubes da primeira divisão portuguesa. Paulo Machado rumaria ao Estrela da Amadora, enquanto que Bruno Vale assinaria pela União de Leiria. No clube da Amadora, Paulo Machado conseguiria impôr algum do seu talento, tendo disputado um total de 25 partidas para o Campeonato Nacional. Um bom registo, tendo em conta que, se tratava da sua primeira época, no principal escalão profissional. Após uma época positiva na Reboleira, o jovem médio estava espectante, face ao seu possível regresso ao Futebol Clube do Porto. Porém, o seu destino seria mais um empréstimo, desta vez à União de Leiria, clube onde também realizaria uma temporada regular, actuando em 26 partidas do campeonato. Todavia, seria na temporada de 2007/2008 que Paulo Machado, mais se destacaria. Novamente por empréstimo, o médio rumaria a Matosinhos, para representar a equipa do Leixões, clube onde reencontraria os seus antigos companheiros Diogo Valente e Vieirinha, também eles, emprestados pelo Futebol Clube do Porto. No clube de Matosinhos, o jovem médio, seria uma das peças fundamentais, na conquista da permanência da equipa (25 jogos e 2 golos), no principal escalão do futebol português (Liga Sagres). No dia 10 de Julho de 2008, Paulo Machado seria mais uma vez emprestado, desta vez aos franceses do Saint-Étienne, devido ao acordo estabelecido, na transferência do colômbiano Freddy Guarín para o Futebol Clube do Porto. Com uma adaptação fácil, Paulo Machado encontra-se neste momento, a surpreender tudo e todos, com a camisola francesa. Apesar do seu empréstimo, existe porém, uma cláusula de opção que, na actualidade ruma favoravelmente aos "verts". Na imprensa francesa fala-se num possível prolongamento da ligação do jogador ao clube, devido ao simples facto de, o internacional Sub-21 português, ser uma das principais escolhas do técnico Alain Perrin, tal como o era com Laurent Roussey, treinador que abandonaria o clube, em finais de 2008. No entanto, em França, ninguém esperaria que Paulo Machado se afirma-se de imediato na equipa. Porém, a verdade é que, o médio é no momento, considerado por muitos, como a melhor aquisição do clube francês da presente temporada. Até ao momento, o jogador formado no Futebol Clube do Porto, disputou um total de 24 partidas no principal campeonato francês, tendo apontado 3 golos (tornando-se assim, num dos jogadores mais utilizados da equipa), bem como, em seis partidas na presente edição da Taça UEFA, onde facturaria por uma ocasião, frente à formação do Rosenborg, ajudando dessa forma, a sua equipa a passar à próxima fase da competiação. Segundo a revista francesa "Onze Mondial", Paulo Machado tem uma cláusula de compra, relativamente baixa, cerca de 1.5 milhões de euros. Uma quantia que o Saint-Étienne terá que pagar ao Futebol Clube do Porto, caso no final da época, os gauleses exerçam o direito de opção, para a compra definitiva do passe do médio português. Ao serviço da Selecção Nacional de Portugal, Paulo Machado também tem um passado bastante positivo. Após ter conquistado o Campeonato da Europa de Sub-17 em 2003, ao lado de jogadores como João Moutinho, Miguel Veloso ou Vieirinha, o médio português disputaria ainda o Campeonato da Europa de Sub-21 em 2007, numa competição disputada na Holanda. Paulo Machado trata-se assim, de um jogador de raça e garra, com boa capacidade técnica e uma óptima visão de jogo. Devido a essas características, Paulo Machado seria considerado pelo clube francês, o "Jogador do Mês de Novembro". Mas como é que um jogador cuja chegada a França suscitou tal indiferença, foi capaz de se tornar numa das grandes revelações do clube? Simples. Paulo Machado além de ser um jogador de imenso talento, possui capacidades que o tornam único, pois além de poder actuar em várias zonas, no terreno de jogo, Paulo Machado é ainda um jogador que transmite imensa agressividade, poder físico, intensidade de jogo, boa meia distância e, o mais importante, um jogador que cria lances ofensivos, sem que a sua equipa, abra espaços aos adversários. Por tudo isso, o internacional Sub-21 é um nome a ter em conta para o futuro presente.
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Mercado Internacional: Lumb

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Dados Pessoais
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Nome: Michael Lumb
Data de Nascimento: 9 de Janeiro de 1988
Naturalidade: Aarhus, Dinamarca
Posição: Lateral-Esquerdo
Altura: 1.77 cm
Peso: 70 kg
Clube: Aarhus Gymnastikforening
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Percurso Profissional
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1998-2005 : Aarhus Gymnastikforening (Juniores)
2005-2009 : Aarhus Gymnastikforening
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Michael Lumb, nascido no dia 9 de Janeiro de 1988, na cidade de Aarhus, Dinamarca é, neste momento, uma das grandes revelações, do campeonato dinamarquês, nomeadamente, com a camisola do AGF, clube do principal escalão do futebol na Dinamarca. Lumb começaria a dar os seus primeiros passos, rumo a uma futura carreira desportiva, no futebol profissional, com apenas 10 anos de idade, após ter ingressado, nas camadas jovens do AGF, em 1998. Após várias temporadas nos escalões inferiores do clube, Lumb faria a sua estreia, com a camisola principal do AGF, na época 2005/2006, com apenas 17 anos de idade. Desde então e, apesar da sua recente lesão, Lumb tem sido um jogador em alta ascensão, no campeonato dinamarquês. Na temporada de 2007/2008, Michael Lumb seria eleito, a grande revelação do Campeonato Nacional, segundo o jornal dinamarquês "Ekstra Bladet". Uma real recompensa, para um jovem que trabalhou muito para merecer tal proeza. Considerado como um dos jogadores mais promissores, do futebol dinamarquês, da próxima década, mais concretamente, na posição de lateral-esquerdo, Michael Lumb tem tido no momento, várias ofertas de outros clubes da Europa. Segundo o Director Desportivo do clube de Aarhus, clubes como os ingleses do Blackburn Rovers, Aston Villa, Portsmouth e West Ham United, bem como, os italianos da Udinese, os holandeses do Ajax e os germânicos do Hamburgo, têm demonstrado um enorme interesse, na contratação do jovem lateral-esquerdo de apenas 21 anos de idade, tendo alguns deles, feito várias propostas tentadoras, tanto para o clube, como para o jovem futebolista. Contudo, os ingleses do Aston Villa, poderão estar na frente da "corrida", pela aquisição do jovem internacional Sub-21 (neste momento, um dos titulares indiscutíveis da Selecção Nacional da Dinamarca de Sub-21). O Aston Villa procura neste momento, um sucessor à altura, para preencher a vaga do internacional holandês Wilfred Bouma, no lado esquerdo da defesa, dentro de dois anos. O técnico da formação inglesa, Martin O´Neill não tem qualquer dúvida, em relação ao futuro sucessor do experiente defesa. Os holandeses do Ajax, chegariam inclusivé, a apresentar uma proposta a rondar os 2 milhões de libras, proposta prontemente recusada, pelos dirigentes do clube dinamarquês. Devido a todos esses factos, não seria de admirar, se o nome de Michael Lumb estivesse relacionado, com uma eventual transferência, para um dos referidos clubes, nas próximas semanas. O constante assédio, pelo jovem defesa tem sido intenso, por isso, será muito difícil, segurar tal talento na próxima edição, do campeonato dinamarquês. Michael Lumb trata-se de um jovem lateral-esquerdo, muito seguro nas transacções defensivas, bem como, nas marcações individuais e territoriais. A sua visão de jogo e longo passe, são também elas, uma das suas principais armas, nas suas manobras em campo. Uma bela combinação de características individuais, porém, o talentoso lateral carece de maior maturidade no apoio, nas transacções ofensivas, algo que poderá ser "resolvido", numa eventual saída para um dos principais campeonatos europeus. Sem dúvida, um dos grandes talentos a surgir no panorama futebolístico. A continuar assim, o seu destino passará por bem longe da cidade de Aarhus. Michael Lumb um nome a reter no futuro.
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sexta-feira, 6 de março de 2009

Figura da Semana: Peyroteo

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Dados Pessoais
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Nome: Fernando Baptista de Seixas Peyroteo de Vasconcelos
Data de Nascimento: 10 de Março de 1918
Data de Falecimento: 28 de Novembro de 1978
Naturalidade: Humpata, Angola
Posição: Ponta-de-Lança
Altura: 1.88 cm
Peso: 86 kg
Internacionalizações A: 20 (15)
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Percurso Profissional
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1935-1937 : Sporting Clube de Luanda
1937-1949 : Sporting Clube de Portugal
1949-1950 : Clube de Futebol Os Belenenses
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Técnico Principal
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1961-1962 : Selecção Nacional de Portugal
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Palmarés
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Campeonato Português: 1941, 1944, 1947, 1948, 1949
Vice-Campeonato Português: 1939, 1940, 1942, 1943, 1945
Taça de Portugal: 1941, 1945, 1946, 1948
Campeonato de Portugal: 1938
Campeonato de Lisboa: 1938, 1939, 1941, 1942, 1943, 1945, 1947
Melhor Marcador do Campeonato: 1938 (34), 1940 (29), 1941 (29), 1946 (37), 1947 (43), 1949 (19)
Jogador com Melhor Média de Golos do Século XX: 2000
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História
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Fernando Baptista de Seixas Peyroteo de Vasconcelos, nascido no dia 10 de Março de 1918 em Humpata, Angola, antigo Império Português, foi para muitos, o melhor ponta-de-lança português, de todos os tempos. Foi uma autêntica máquina de fazer golos, disse um dia o mítico Cândido de Oliveira. Em doze anos de carreira profissional, Peyroteo apontou cerca de 700 golos, numa altura em que, o Campeonato Português detinha de apenas doze equipas, no principal escalão. Tendo começado a dar os primeiros passos no mundo do futebol, em territórios "africanos", Peyroteo desde cedo se revelaria, como um enorme avançado no Sporting Clube de Luanda, o seu primeiro clube, enquanto futebolista profissional. No dia 26 de Junho de 1937, Peyroteo de apenas 19 anos de idade, chegaria ao aeroporto de Lisboa, onde segundo se consta, estava prestes a assinar contrato com um dos "grandes" de Portugal. Sem ter assinado qualquer contrato profissional, o jovem avançado, apenas daria a sua palavra de honra, em como vestiria a camisola do Sporting Clube de Portugal, sem sequer ser referido, as habituais questões financeiras. Porém, Peyroteo seria abordado, por um emissário de um clube do norte, mais concretamente e, segundo se fala, o Futebol Clube do Porto, tendo-lhe oferecido na altura, um salário superior ao que o Sporting apresentara. No entanto, o jovem Peyroteo, não aceitaria a oferta "portista" pois, estava verbalmente comprometido com os "leões" de Alvalade. Com poucos dias em Portugal, Peyroteo ainda sem qualquer acordo estabelecido, com o clube leonino, submeteu-se a um primeiro treino, sob as indicações do técnico Joseph Szabo. Apenas os dois. O experiente treinador, queria saber qual a sua relação com a bola, como rematava, qual a potencia e direccção do seu remate, como articulava o seu espantoso poder físico. Durante mais de uma hora, os dois entregár-se-iam a um teste prévio, onde o técnico dos "leões" concluiu que a sua contratação era uma mais valia para a equipa. Numa manhã de Agosto, Peyroteo faria o seu primeiro treino com a equipa do Sporting. Para muitos jogadores, trata-se de um momento de enorme tensão psicológica. Segundo se consta, Fernando Peyroteo entraria em campo, com as suas pernas a tremer. O jovem avançado ficaria ainda mais perturbado, quando soube que ia jogar ao lado dos avançados titulares. Porém, quando a bola começou a rolar, tudo mudou e, nem com o mítico guarda-redes português João Azevedo na baliza, o conseguiu deter, tendo inclusivé, apontado três golos nesse treino. Dois de cabeça e um de pé direito. Já com o contrato firmado, Fernando Peyroteo faria a sua estreia, com a camisola principal do Sporting Clube de Portugal, num Torneio Triangular, disputado no Campo das Salésias, frente ao eterno rival de Lisboa, o Sport Lisboa e Benfica, clube que anos mais tarde tentaria a sua contratação, porém, sem sucesso algum. Nessa partida a equipa leonina, venceria os "encarnados" por 5-3, sendo que dois dos cinco golos do Sporting, foram apontados pelo estreante Fernando. Estava assim, lançada, a maior estrela sportinguista de todos os tempos. Sendo um puro "matador", tanto no Sporting Clube de Portugal, como na Selecção Nacional de Portugal, Peyroteo faria parte da lendária equipa (quinteto) de "Os Cinco Violinos", juntamente com Jesus Correia, Manuel Vasques, Albano e Travassos. Peyroteo, o goleador do famoso quinteto, sabia encontrar a melhor colocação na área de finalização, na hora dos cruzamentos da direita ou da esquerda, apontando muitos do golos, sem que a bola caísse no pelado. Nos gloriosos tempos de Fernando Peyroteo, existia no Sport Lisboa e Benfica, o avançado Guilherme Espírito Santo, um fabuloso jogador e, a rivalidade entre os dois clube de Lisboa era enorme. Na altura, dizia-se então: o verdadeiro sportinguista ao benzer-se diz "Em nome do pai, e do filho e do Peyroteo, que o Espírito Santo é do Benfica!". Era um desportista completo que, acabou por se fixar no futebol, onde fez uma carreira notável e única no futebol mundial. Fernando Peyroteo começou por ser um avançado de uma estrutura física fora do normal, tendo uma relação difícil com a bola e, enormes dificuldades na articulação motora. Era somente um atleta, transformando-se num dos mais extraordinários jogadores, de toda a história do futebol mundial. O jogador que deu sentido às sinfonias da orquestra mais genial que alguma vez pisou os campos nacionais. Em doze anos de carreira profissional, ligada ao Sporting Clube de Portugal, Peyroteo apenas falharia 62 das 431 partidas oficiais com a camisola leonina. Sendo um atleta bem constituído fisicamente, foi sempre um jogador fiel ao seu clube. Devido a esse facto, ficaria eternamente célebres, os "duelos" entre Gaspar Pinto, jogador do Benfica, Guilhar, jogador do FC Porto e Feliciano, jogador do Belenenses. Em 1945, Peyroteo agrediria inclusivé Gaspar Pinto, após este último, o ter ofendido em pleno campo de jogo. Nesse mesmo ano, alguns emissários dos franceses do Bordéus, tentariam alcançar a sua contratação, porém, o avançado português nem sequer os quis receber. A sua ligação ao Sporting era assim, algo indestrutível. É bastante difícil escolher uma das variadíssimas tardes de glória de Fernando Peyroteo, com a camisola do Sporting, contudo, houve uma que marcaria para sempre, o rumo do futebol português, no ano de 1948. No dia 24 de Abril de 1948, a equipa do Sporting precisava de vencer o Benfica, fora de casa, por uma diferença de três golos, para conquistar mais um Campeonato Nacional. Apesar de ter passado a noite anterior bastante fragilizado (febre) e, onde ninguém acreditava na reviravolta, Peyroteo conseguiria marcar os quatro golos da equipa, da vitória por 4-1. Com os seus golos apontados, a equipa leonina, conquistaria o Campeonato Nacional, bem como, a Taça "O Século", um troféu verdadeiramente momumental. Durante toda a sua carreira desportiva, Peyroteo conseguiria conquistar 23 títulos, com a camisola do Sporting: cinco Campeonatos Nacionais; um Campeonato de Portugal; quatro Taças de Portugal; sete Campeonatos de Lisboa e seis vezes o melhor marcador do campeonato português. Tudo em doze anos de ouro. Sem dúvida, um dos maiores goleadores do futebol português e mundial. Entre 1937 a 1949, Fernando Peyroteo conseguiria um total de 694 golos em apenas 432 partidas, terminando com uma incrível média de 1.62 por jogo. Com estas marcas, Peyroteo permanece com o melhor ranking de média de golos marcados, da história de todos os campeonatos nacionais, de todo o mundo. Para o Campeonato Nacional e, com a camisola do Sporting, Fernando Peyroteo faria um total de 331 golos em 197 jogos, ultrapassando dessa forma, o lendário avançado "encarnado" Eusébio que, apontou 319 golos no respectivo campeonato português. Na temporada de 1947/1948, Fernando Peyroteo faria um total de 43 golos, para o Campeonato Nacional, marca que apenas viria a ser ultrapassada pelo argentino e, também jogador do Sporting Hector Yazalde que, na época de 1973/1974 apontou uns espantosos 46 golos, a melhor marca de sempre, no futebol português. Mais recentemente, na temporada de 2001/2002, o brasileiro Mário Jardel, conseguiria (também ao serviço do Sporting) apontar 42 golos no campeonato português. Não conseguiu igualar a marca de Peyroteo mas, conseguiu alcançar a Bota de Ouro nesse mesmo ano. Contudo, Peyroteo permanece como o jogador português, com mais golos marcados numa só temporada, no Campeonato Nacional. Dos variadíssimos recordes que Peyroteo conquistou, poderá destacár-se seis deles: o jogador português que mais golos marcou numa só partida em campeonatos nacionais: 9 golos frente à formação do Leça, no dia 22 de Fevereiro de 1942, numa partida em que a equipa leonina venceria por 14-0 (!); o jogador português que mais golos consecutivos num só jogo para campeonatos nacionais: 5 golos frente ao Vitória de Guimarães, no dia 8 de Fevereiro de 1942; o jogador com melhor média de golos marcados pela Selecção Nacional de Portugal: 15 golos em 20 partidas disputadas; o jogador com mais golos marcados ao Sport Lisboa e Benfica: 64 golos em 55 jogos; o jogador com mais golos marcados ao Futebol Clube do Porto: 33 golos em 32 partidas; o jogador com mais golos marcados ao Belenenses: 65 golos em 53 partidas. Além dos referidos recordes, destacár-se-á ainda, os oito golos apontados ao Boavista em 1949, seis golos marcados por três ocasiões, cinco golos apontados em doze encontros e, quatro golos em 17 partidas. Ao serviço da Selecção Nacional de Portugal, Fernando Peyroteo faria a sua estreia, no dia 1 de Janeiro de 1938, frente à selecção da Hungria. O seu primeiro golo internacional, aconteceria no dia 1 de Maio do mesmo ano, frente à formação da Suíça. Peyroteo apenas conseguiu 20 internacionalizações, porém, apontaria 15 golos nessas mesmas partidas, tornando-se num dos jogadores com melhor média da selecção portuguesa. O seu último encontro, com a camisola das "quinas", aconteceria no dia 20 de Março de 1949, frente à selecção espanhola, num encontro que acabaria empatado a uma bola. Uma das muitas histórias curiosas da sua vida, aconteceria em Agosto de 1949, numa altura em que contraíu uma enorme dívida, numa casa de desporto. Com essa situação a agravár-se, Peyroteo decidiria terminar a sua carreira desportiva, aos 31 anos de idade (!). Foi então que um grupo de sócios, lhe adiantou o dinheiro em causa, para que este prosseguisse a sua carreira, por mais uma temporada. A sua despedida, dos grandes palcos futebolísticos, aconteceria no dia 5 de Outubro de 1949, num estádio carregado de emoção e cuja receita, lhe permitiu pagar a quantia adiantada um ano antes. Depois da sua retirada, do futebol profissional, Fernando Peyroteo ainda chegaria a treinar no Belenenses, fazendo dessa forma, a sua última época como futebolista. Contudo, tal não aconteceria. O seu regresso ao mundo do futebol, apenas se realizaria no ano de 1961, quando foi nomeado o novo Seleccionador Nacional de Portugal. Embora não tenha alcançado os feitos gloriosos do passado, Fernando Peyroteo foi o grande responsável, por simplesmente ter lançado um jovem chamado... Eusébio da Silva Ferreira, o melhor jogador português de todos os tempos. No dia 28 de Novembro de 1978, Peyroteo de 60 anos de idade, não resistiria aos diversos problemas cardíacos, deixando assim, uma eterna saudade, em todos aqueles que o viram jogar um dia. Ele foi sem dúvida, uma máquina de fazer golos. O seu nome será eterno, seja no futebol português, seja no futebol mundial. Para a história fica Fernando Peyroteo, a máquina letal do Sporting Clube de Portugal. Para a história fica, Fernando Peyroteo... um dos Violinos de Portugal.
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