Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Por onde anda... Calado

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Dados Pessoais
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Nome: José António Calado da Silva
Data de Nascimento: 1 de Março de 1974
Naturalidade: Lisboa, Portugal
Altura: 1.79 cm
Peso: 78 kg
Posição: Médio
Clube: Athlitiki Enosi Paphos
Internacionalizações A: 4 (0)
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Percurso Profissional
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1991-1992 : Casa Pia Atlético Clube
1992-1995 : Clube de Futebol Estrela da Amadora
1995-2001 : Sport Lisboa e Benfica
2001-2003 : Real Bétis Balompié
2003-2007 : Club Polideportivo Ejido
2007-2008 : Athlitikos Podosfairikos Omilos Pegeias Kinuras
2008-2010 : Athlitiki Enosi Paphos
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Palmarés
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Campeonato Nacional da II Divisão de Honra: 1993
Vice-Campeonato Nacional Português: 1996, 1998
Taça de Portugal: 1996
Presença nos Jogos Olímpicos de Verão de Atlanta: 1996
Finalista da Supertaça Cândido de Oliveira: 1996
Finalista da Taça de Portugal: 1997
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José António Calado da Silva, nascido no dia 1 de Março de 1974, em Lisboa, foi sem dúvida, uma das figuras mais comentadas no mundo do futebol, no início do Século XXI, muito embora, por motivos bastante negativos para o jogador em questão. José Calado começaria a sua carreira desportiva em 1991, com as cores do Casa Pia, clube das divisões inferiores da Liga Portuguesa de Futebol. Com apenas 17 anos de idade, era tido como uma das grandes promessas do futebol jovem em Portugal. Após uma boa primeira época enquanto sénior, Calado assinaria contrato com um dos míticos do futebol nacional, o Estrela da Amadora, clube onde faria a sua estreia no segundo escalão do futebol português (Divisão de Honra), pelas mãos de João Alves, um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. Com as cores do Estrela, Calado depressa conseguiria impor o seu estilo de jogo, bastante técnico e, ao mesmo tempo, combativo e "guerreiro", fazendo na altura com Jordão, uma das melhores duplas de meio-campo do futebol nacional. Titular indiscutível na sua primeira época na Reboleira, Calado conseguiria conquistar o título de campeão nacional da Segunda Divisão de Honra, alcançando a tão desejada subida de divisão para a temporada seguinte. Recém-estrado no escalão máximo do futebol português, Calado seria sem dúvida, uma das grandes revelações da temporada de 1993/1994. Aos 19 anos de idade, o jovem médio português, despertaria a cobiça de alguns dos melhores clubes de Portugal, entre eles o Benfica, o Sporting, o Sporting de Braga e o Boavista. Devido às suas boas exibições com as cores do Estrela. Calado seria um dos grandes responsáveis pelo sétimo lugar alcançado nessa mesma temporada. Na época seguinte, já sob o comando de Fernando Santos, o Estrela da Amadora não conseguiria repetir o mesmo resultado da época transacta, terminando o campeonato na 15ª posição da tabela classificativa. Porém, mesmo com uma péssima classificação, a mesma seria suficiente para que em Julho de 1995, José Calado assinasse contrato com um dos maiores clubes da Europa e, o grande clube de Portugal, o Sport Lisboa e Benfica. Se ao serviço do Estrela da Amadora, Calado conseguiu afirmar-se como um dos titulares da equipa da Reboleira, tanto na era de João Alves como na de Fernando Santos, já com o emblema da águia ao peito, o médio português conseguiria igualar esse mesmo feito. Muito embora, não tivesse alcançado o título de campeão nacional, José Calado seria uma das peças fundamentais para o segundo lugar alcançado no campeonato, bem como, pela conquista da Taça de Portugal, frente ao seu rival de sempre, o Sporting Clube de Portugal, num encontro onde os "encarnados" foram claramente superiores aos "leões" de Alvalade, terminando o encontro num merecido 3-1 a favor do Benfica, tendo como grande herói da partida, o "capitão" João Vieira Pinto, autor de dois dos três golos dos "encarnados" (Mauro Airés apontaria o outro tento do Benfica). Todavia, a conquista da Taça de Portugal em 1996, não ficaria na memória dos adeptos portugueses pelos melhores motivos. Nessa mesma tarde, a meio do encontro, um dos muitos adeptos do Sporting, sairia do Jamor sem vida, vítima de um claro acto de vandalismo de alguns dos supostos adeptos "encarnados" (nunca ficou provado o clubismo dos autores desse acto terrorista). Após uma temporada de enorme positividade, por parte do médio português, Calado teria a sua recompensa, no Verão de 1996, ao ser chamado para representar a Selecção Olímpica de Portugal, para os Jogos Olímpicos de Verão de Atlanta, nos Estados Unidos. Embora a selecção portuguesa não tenha alcançado o título (seria muito difícil), Calado seria claramente um dos jogadores mais influentes, pela boa campanha de Portugal nas olimpiadas de 1996. Dessa forma o médio de apenas 22 anos de idade, colocaria o seu nome na montra internacional de futebol. A década de noventa ficaria também marcada, pelos inúmeros jogadores que sairiam e entrariam pelos lados da Luz. Com a saída de Paulo Autuori no final da temporada, Manuel José assumiria o comando técnico dos "encarnados" para a temporada de 1996/1997. Calado por essa altura, era já um dos indiscutíveis do plantel do Benfica, no entanto, com as entradas de Tiago e do brasileiro Amaral, o médio português teria que reencontrar novamente o seu espaço no onze inicial, actuando dessa forma, como lateral-direito. Mais uma vez, o Benfica não conseguiria alcançar o título nacional, tendo terminado o campeonato em terceiro lugar, atrás dos seus rivais directos, o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal. No entanto e, pela segunda vez consecutiva, os "encarnados" atingiriam a final do Jamor, defrontando desta vez, o poderoso Boavista de Mário Reis, técnico que na altura dispunha de jogadores de enorme valia técnica e táctica, tais como Nuno Gomes, Jimmy Hasselbaink, Litos, Pedro Emanuel, Tavares, Timofte, Tulipa, Jorge Couto, Sanchez, Martelinho, Rui Bento, Bobó, Paulo Sousa, Alfredo, Nelo, Hélder, Latapy, Simic e o jovem guarda-redes Ricardo. Embora o Benfica tivesse dominado grande parte do encontro, a verdade é que os "axedrezados" conseguiriam "roubar" o título aos favoritos de Lisboa por 3-2, numa partida, onde a dupla atacante, formada por Nuno Gomes e Jimmy Floyd Hasselbaink foram claramente os "reis" da tarde do Jamor. O Benfica encontrava-se dessa forma, num ciclo de derrotas, que lhe custariam o claro domínio no futebol português, vendo assim, o Futebol Clube do Porto tomar partido dessa sua "doença futebolistica", caindo num verdadeiro abismo desportivo, sem saída possível. Mesmo assim, Calado continuaria a ser um dos melhores do Benfica dos anos noventa, algo que lhe valeria uma chamada à selecção principal de Portugal, pelas mãos do técnico português António Oliveira, numa partida frente à formação do Canadá. Embora só tivesse conquistado quatro internacionalizações em toda a sua carreira desportiva, a verdade é que Calado demonstrou sempre que tinha valor suficiente para representar a selecção das quinas ao mais alto nível internacional. Com a entrada do escocês e lendário jogador do Liverpool Graeme Souness no Verão de 1997, o Benfica conseguiria formar um plantel capaz de conquistar ou pelo menos lutar contra a superioridade do Futebol Clube do Porto nas últimas temporadas. Entre Calado, existiam grandes jogadores que prometiam uma época para mais tarde recordar: Michel Preud´Homme, Carlos Gamarra, Bruno Basto, Karel Poborsky, Amaral, Hugo Leal, Paulo Nunes, João Vieira Pinto, Nuno Gomes, Gaston Taument, Erwin Sanchez, Paulo Madeira, Tiago e, um desconhecido na altura e, que não conseguiria impor-se no plantel da Luz... de seu nome Deco!!! Embora tivesse um bom plantel, os "encarnados" não conseguiriam mais do que o segundo lugar no campeonato, bem como, as meias-finais da Taça de Portugal (seriam eliminados pelo Sporting de Braga por 2-1). A temporada de 1998/1999 traria uma nova esperança aos feverosos adeptos benfiquistas, famintos por uma nova conquista... no entanto, essa mesma época seria mais do mesmo, além de ter sido ultrapassado (mais uma vez) pelo Futebol Clube do Porto e pelo sensacional Boavista, os "encarnados" seriam ainda eliminados pelo Vitória de Setúbal, na 5ª eliminatória da Taça de Portugal, fazendo do ano de 1999, num dos piores da história do clube no Século XX. As épocas de 1999/2000 e a de 2000/2001 ficariam marcadas pela clara aposta em jogadore sem qualquer qualidade, por parte da direcção do Benfica, presidenciada por João Vale e Azevedo e pelo novo técnico "benfiquista", o germânico Jupp Heynckes, relegando para o banco de suplentes, alguns dos melhores jogadores do Benfica até à data: João Viera Pinto (dispensado), Karel Poborsky (vendido aos italianos da Lázio de Roma), Calado, Maniche, João Tomás, Bruno Basto e Robert Enke. No entanto, com a saída de Heynckes e com a entrada do estreante e jovem técnico português... José Mourinho, o Benfica voltaria ao sucesso desportivo interno, bem como, às boas exibições no campeonato nacional e, onde jogadores como Calado, João Tomás, Nuno Gomes, Maniche, Bruno Basto, Fernando Meira, Robert Enke, Marchena, Miguel, Pierre Van Hooijdonk e Sabry tomariam um lugar de destaque na ofensiva "encarnada". Contudo, o Benfica acabaria o campeonato no repetitivo terceiro posto da tabela classificativa. Nessa mesma temporada, mais propriamente, no dia 2 de Outubro de 2000, jogava-se em pleno Estádio da Luz, a 6ª jornada da Primeira Liga Portuguesa de Futebol, entre o Benfica e o Sporting de Braga, onde os "encarnados" sairiam para o intervalo a perder por 1-0. Todavia, o encontro não seria recordado pelo resultado em si (2-2), mas pelo que aconteceu entre as bancadas da Luz e... José Calado. O então "capitão" do Benfica, recusaria-se a disputar a segunda parte da partida, devido aos inúmeros insultos e assobios à sua pessoa, cada vez que o jogador em questão tocava no esférico. O motivo em si, seria o de um possível relacionamento homossexual entre Calado e um cantor de uma boysband. Além de um processo disciplinar, seria-lhe retirada a braçadeira de capitão, bem como, o estatuto de indiscutível no onze "encarnado". Com uma posição bastante difícil no futebol português, a sua saída era praticamente inevitável. No Verão de 2001, após seis épocas de águia ao peito, Calado rumaria ao futebol espanhol, nomeadamente ao Bétis de Sevilha, orientado pelo espanhol Juande Ramos. Em Sevilha, Calado reencontraria o seu antigo companheiro no Benfica, João Tomás. A sua primeira temporada com as cores do Bétis, Calado conseguiria ser um dos suplentes mais utilizados pelo técnico dos sevilhanos, no entanto, na época seguinte, o médio português iria perder gradualmente o seu espaço e influência no plantel sevilhano, sendo inclusivé, apontado como um dos possíveis dispensados para a próxima temporada, pelo técnico Víctor Fernandez (Calado havia já defrontado o técnico espanhol, quando o Benfica visitou o Celta de Vigo e, onde seria completamente esmagado, por uns claros 7-0). Em Julho de 2003, ficaria acordado o seu empréstimo ao Poli Ejido, clube das divisões inferiores de Espanha. No Poli Ejido, Calado iria reencontrar o português Carlitos, seu antigo companheiros nos tempos da Luz e Agostinho, uma das grandes promessas do futebol português na década de noventa. No clube da Segunda Divisão B de Espanha, José Calado, antigo "capitão" do Benfica cairia no esquecimento dos adeptos portugueses, ponderando inclusivé, um termino na sua carreira desportiva. Com o intuito de voltar aos relvados (após uma época de paragem, devido à morte do seu pai), Calado rumaria ao campeonato cipriota, nomeadamente ao APOP, clube com maior número de jogadores portugueses (Carlos Marques, Rui Andrade, Paulo Sousa, Tiago Carneiro, Bernardo Vasconcelos e Vargas). Embora tivesse alcançado o sexto lugar do campeonato, a verdade é que, a equipa do APOP não conseguiria o apuramento para os playoffs. Nessa temporada, Calado também ele não conseguiria impor o seu estilo e o seu ritmo, colocando um ponto final na sua relação com a equipa do APOP. Desde Julho de 2008 que José Calado, defende as cores do AEP, também ele a militar na primeira divisão do Chipre, onde actualmente é o "capitão" da formação cipriota. Aos 36 anos de idade, Calado não teve o fim que desejaria ter tido, no entanto, poderá (tal como o fez) acabar como sempre desejou... como capitão. José António Calado foi devido a todo o seu percurso profissional, uma das grandes figuras do desporto nacional, que um dia, os adeptos decidiram colocarem-no no fundo do poço, sem qualquer motivo ou razão para tal. José Calado poderá ter sido esquecido, mas será para sempre recordado, como um dos grandes injustiçados do futebol português.
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sábado, 10 de abril de 2010

Cartão Vermelho: Jesualdo Ferreira

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Chegou ao fim o ciclo de Jesualdo Ferreira, no comando técnico do Futebol Clube do Porto. Com a presença de um Benfica muito forte a nível interno (bem como externo), tal como, um surpreendente Sporting de Braga, as hipóteses de Jesualdo continuar no banco do suplentes na próxima temporada é praticamente nula. Depois de uma temporada onde nunca conseguiu conquistar os corações dos adeptos portistas, muitos são agora os nomes associados à sua substituição no comando principal. Após três épocas onde, o experiente técnico português atingiu claramente o sucesso desportivo, tornando-se no único treinador na história do Futebol Clube do Porto, a vencer três campeonatos nacional consecutivos, o seu ciclo no clube do norte esgotou-se visivelmente. Com uma saida humilhante da Liga dos Campeões, ao pés dos ingleses do Arsenal (5-0) e com as derrotas frente ao Sporting (3-0) e Benfica (3-0), feitos que ditaram o adeus (praticamente) definitivo à corrida pelo título nacional, bem como da Taça da Liga, a era Jesualdo chegou ao fim. Neste momento, a Taça de Portugal é o único troféu, que Jesualdo Ferreira poderá erguer no final da temporada (claramente o favorito à vitória final), contudo, a margem de erro será nula e, caso não consiga vencer a final no Jamor, a vida de Jesualdo tornár-se-á muito difícil para os lados do Dragão. Com a sua saída praticamente assegurada, o técnico de 63 anos de idade, é dessa forma, um nome muito bem visto na Sociedade Anónima Desportiva para o futebol, e em especial para o presidente portista Pinto da Costa, figura que pretende manter Jesualdo no departamento de futebol do Futebol Clube do Porto, isto claro está, caso Jesualdo Ferreira pretenda afastár-se dos relvados e dos bancos para exercer uma função mais técnica. Muito embora seja já uma das maiores figuras do futebol português, o seu espaço no futebol nacional está a fechar-se a olhos vistos, ficando dessa forma, uma única dúvida para a próxima temporada: o nome do seu sucessor. Neste momento os nomes mais falados são os de Domingos Paciência, técnico que está a fazer uma época fantástica com as cores do Sporting de Braga, bem como, um homem da casa, que foi campeão no passado com as cores do Dragão. Jorge Costa também poderá ser uma das soluções, visto ser um dos técnicos mais acarinhados pelos adeptos do Porto. Também existem outras possibilidades como Paulo Bento e André Vilas-Boas, bem como, num outro técnico de origem estrangeira. Contudo, só no próximo Verão se saberá quem irá substituir Jesualdo Ferreira, no comando técnico na temporada de 2010/2011. Embora tenha sido um treinador de sucesso, a sua saída será pela porta pequena, algo que tem sido copioso para os lados do Dragão.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Bota de Ouro: Cissé

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Dados Pessoais
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Nome: Djbril Aruun Cissé
Data de Nascimento: 12 de Agosto de 1981
Naturalidade: Arles, França
Altura: 1.83 cm
Peso: 78 kg
Posição: Avançado
Clube: P.A.E. Panathinaikos
Internacionalizações A: 39 (9)
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Percurso Profissional
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1998-2004 : Association de la Jeunesse Auxerroise
2004-2006 : Liverpool Football Club
2006-2008 : Olympique de Marseille
2008-2009 : Sunderland Association Football Club
2009-2010 : P.A.E. Panathinaikos
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Djibril Aruun Cissé, nascido no dia 12 de Agosto de 1981, em Arles, França, é neste momento, um dos avançados em maior destaque no futebol europeu. Com as cores do Panathinaikos, Cissé regressou à sua melhor forma física, colocando o seu nome, mais uma vez, no topo do panorama futebolístico. De descendência costa-marfinense e, mais conhecido por "Lord of the Manor of Frodsham", Cissé começaria a sua carreira desportiva, com apenas 11 anos de idade, com as cores do Nimes Olympique, decorria o ano de 1993. Após quatro temporadas, onde seria um dos melhores marcadores da sua equipa, Cissé assinaria contrato com um dos históricos do futebol francês, o AJ Auxerre. Com apenas 15 anos, Cissé era já considerado pela media francesa, como um dos avançados mais promissores, após as retiradas de Papin e Cantoná. Djibril Cissé faria toda a sua formação desportiva no Auxerre, antes de se estrear no principal escalão do futebol francês, bem como, após a conquista da Taça Gambardella em meados de 1998. Embora fosse detentor de um talento invejável, a verdade é que, após a sua estreia com a camisola principal do Auxerre, Cissé passaria as próximas duas temporadas, como uma espécie de finalista em fase de estágio, alinhando pelo caminho em apenas três encontros, ficando em branco em todos eles. Todavia, na temporada de 2000/2001 tudo mudaria de posição, tendo Cissé assumindo uma posição difícil de alcançar. Com a conquista da Taça de França em 2003, bem como, a presença na final da Supertaça de França (perdida para o Olympique Lyonnais por 2-1), Seguiriam-se mais títulos, sobretudo a nível individual. Em apenas seis temporadas, Cissé apontaria cerca de 90 golos, em apenas 166 partidas para o campeonato. Um feito histórico, tendo em conta os seus apenas 22 anos de idade. Com os títulos de melhor marcador do campeonato francês em 2002 e 2004, Cissé era então considerado um dos melhores avançados com menos de 23 anos de idade, tendo dessa forma, muitos dos grandes nomes do futebol europeu, dispostos a desembolçar milhões de euros pelo seu passe. Um dos nomes mais falados na altura, seria o do Liverpool, clube que acabaria por adquirir o passe do então internacional francês em meados de Junho de 2004, num acordo avaliado em cerca de 14 milhões de libras. Ao serviço do clube de Anfield, Cissé teria um inicio prometedor, apontando 11 golos em 23 partidas (em todas as competições), na sua temporada de estreia. No entanto, na época seguinte, com o Liverpool disposto a conquistar o campeonato nacional, após vários anos de ausência, o clube inglês "perderia" o avançado francês para o resto da temporada, após uma grave lesão na sua perna, devido a um embate físico com Jay McEveley, jogador do Blackburn Rovers. A sua recuperação seria sempre de longa duração, ficando numa incógnita, uma data sobre o seu regresso aos relvados. Em Março de 2005, após vários meses de ausência, Cissé regressaria aos relvados, muito embora, muito frágil em termos físicos e competitivos. Porém, o seu regresso oficial só aconteceria em Abril do mesmo ano, no encontro dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, frente à formação da Juventus. Cissé provaria, mesmo com a lesão sofrida, que um avançado nunca esquece a forma de obter golos. Embora não tivesse apontado muitos golos nessa época, a verdade é que os que marcou foram decisivos, tais como os dois apontados ao Aston Villa (2-1) na última jornada do campeonato, bem como, a grande penalidade (decisiva) que daria o título europeu ao Liverpool, após derrotar os italianos do AC Milan nas grandes penalidades. A partir desse momento, a vida de Cissé daria mais uma volta. Alinhando sobre uma das faixas do ataque, facto que faria com que o avançado perdesse o "faro" pelo golo, bem como, as múltiplas "discussões" com o seu técnico, Rafael Benítez, faria com que Cissé abandonasse o clube em meados de 2006, após ter sido um dos grandes heróis da final da Supertaça Europeia em 2005, bem como, da final da Taça de Inglaterra em 2006. A sua saída de Anfield Road, porém, teria que ser adiada, devido a uma nova lesão na sua perna, ficando adiado o seu regresso ao futebol francês. Cissé representaria o Liverpool em 83 ocasiões para o campeonato, apontando no seu total 26 golos. O avançado francês seria então cedido ao Olympique de Marseille, clube com o qual chegaria a acordo em Julho de 2006. Com um início de temporada meio atribulada, muitos eram os adeptos a pedirem a sua saída do onze inicial, muito embora o apoio de Jean-Pierre Papin, um dos históricos do clube francês, bem como, do futebol mundial. Nas duas temporadas em que esteve ao serviço do Marseille, Cissé foi sem dúvida um dos melhores do campeonato, colocando a sua equipa sempre em patamares elevados. Em Agosto de 2008, Cissé após ter sido adquirido pelo Olympique em 2007, seria mais uma vez emprestado, desta vez aos ingleses do Sunderland, clube orientado pelo jovem técnico irlandês Roy Keane, um dos lendários jogadores do Manchester United de Sir. Alex Fergusson. Tendo realizado uma temporada francamente positiva, Cissé estava pronto para se afirmar no futebol inglês, bem como, no Sunderland. No entanto, em Junho de 2009, o avançado francês assinaria um contrato válido por quatro temporadas com os gregos do Panathinaikos, numa transferência que rondaria os 9 milhões de euros. A sua estreia com a camisola do clube grego, aconteceria frente ao Ergotelis. Em termos internacionais, a carreira de Cissé também tem sido marcada por muitos altos e baixos. Após ter sido uma presença habitual e uma das estrelas das selecções de Sub-19 e Sub-21 de França e, de ter disputado o Campeonato do Mundo de Sub-20 em 2001, competição onde chegaria aos quartos-de-final, apontando um total de seis golos em apenas cinco encontros, incluíndo um hat-trick frente ao Irão (5-0) e dos golos frente à sempre poderosa Alemanha, Cissé falharia o Europeu de Sub-21 em 2004, após ter sido expulso no encontro da segunda mão, da fase de qualificação, frente à formação portuguesa. Como forma de castigo, o avançado seria punido com cinco jogos por parte da Federação Francesa de Futebol. Cissé que faria entretanto a sua estreia pela selecção principal de França, com apenas 21 anos de idade, frente à formação da Bélgica, entrando para o lugar de David Trezeguet, em Maio de 2002. Por essa altura, Cissé era tido com uma das grandes promessas do futebol internacional, fazendo com que o seu nome constasse na lista dos 23 eleitos de Roger Lemerre para o Campeonato do Mundo da Coreia e do Japão, bem como, da Taça das Confederações em 2003 (prova ganha pela formação francesa). Tendo sido afastado do Europeu de 2004 (devido ao castigo aplicado pela federação), Cissé falharia mais uma grande prova internacional, o Campeonato do Mundo de 2006, devido a mais uma lesão, contraída frente à formação da China, no último encontro antes do Mundial. O grito de Cissé na hora da sua lesão, ficaria imortalizado, conseguindo sensibilizar todo um mundo desportivo. Já totalmente recuperado da sua lesão, e com uma época positiva em território inglês, Cissé não seria convocado para a fase final do Europeu de 2008, muito embora tenha participado em três encontros da fase de qualificação. Neste momento, Cissé é sem dúvida um dos avançados em melhor forma nos principais campeonatos europeus, sendo inclusivé, o melhor marcador do campeonato grego, com 21 golos apontados em apenas 24 encontros, bem como, um dos melhores na finalização na Liga Europa (cinco golos). Com uma vantagem de dez tentos, sobre os seus principais rivais, o avançado Barkoglou, do Levadiakos e Javier Cámpora do Aris, Cissé certamente poderá sonhar com uma presença no próximo Mundial da África do Sul. É sem dúvida, um dos grandes talentos das últimas décadas, porém, com algum azar durante a sua carreira desportiva, algo que fez com que a sua história no futebol mundial não fosse de maio relevo, face a outros grandes avançados franceses. Um avançado veloz e temível na área de finalização. Detentor de uma capacidade de desmarcação fora do comum, bem como, uma capacidade de finalização com ambos os pés. Cissé neste momento, tem tudo para conseguir um "regresso" ao mais alto nível do futebol europeu.
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