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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Por onde anda... Edgar

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Dados Pessoais
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Nome: Edgar Patrício de Carvalho Pacheco
Data de Nascimento: 7 de Agosto de 1977
Naturalidade: Luanda, Angola
Altura: 1.77 cm
Peso: 84 kg
Posição: Extremo
Clube: Sem Clube
Internacionalizações A: 1 (0)
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Percurso Profissional
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1992-1993 : Grupo Desportivo Estoril Praia
1993-1995 : Vitória Futebol Clube
1995-1997 : Sport Lisboa e Benfica
1996-1997 : Futebol Clube de Alverca
1997-1998 : Sport Lisboa e Benfica
1998-1999 : Real Madrid Club de Fútbol B
1998-2003 : Málaga Club de Fútbol
2002-2003 : Getafe Club de Fútbol
2003-2007 : Málaga Club de Fútbol
2007-2008 : Boavista Futebol Clube
2008-2009 : Athlitiko Somateio Alki
2009-2010 : Sem Clube
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Palmarés
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Vice-Campeonato Português: 1996, 1998
Taça de Portugal: 1996
Finalista da Taça de Portugal: 1997
Finalista da Supertaça Cândido de Oliveira: 1996
Campeonato Espanhol 2ª Divisão: 1999
Taça Intertoto: 2002
Troféu Costa del Sol: 2005
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Muitos foram os nomes que, ao longo das décadas, ficaram marcados pela eterna imagem de talento precoce: Dani, Hugo Porfírio, José Dominguez, Agostinho, Hugo Leal, entre muitos outros tantos. Edgar Patrício de Carvalho Pacheco, nascido em Luanda, Angola, em Agosto de 1977, foi claramente um desses mesmos casos. Após passagens pelas formações do Estoril-Praia e do Vitória de Setúbal, o jovem avançado assinaria contrato com os colossos de Lisboa, o Sport Lisboa e Benfica, clube onde iria concluir toda a sua formação profissional, e onde se estrearia ao mais alto nível competitivo, com apenas 17 anos de idade. A época em questão, seria a de 1994/1995, e o seu treinador... Artur Jorge, técnico responsável pela destruidora revolução que o plantel sofrera após conquistar o 31º campeonato nacional, mergulhando o clube para mais de uma década de insucesso desportivo. A estreia em si, em pleno Estádio dos Príncipes, num encontro frente aos rivais do norte, o Futebol Clube do Porto, a contar para o jogo decisivo da Supertaça Cândido de Oliveira, não seria a mais memorável para a formação "encarnada". Todavia, o jovem extremo benfiquista, conseguiria marcar uma posição... dar nas vistas, assegurando de pronto um lugar no plantel "encarnado". Na temporada seguinte, Edgar seria um dos eleitos para integrar o plantel principal e, após uma pré-época excepcional (de destacar a partida frente aos italianos do AC Milan), Edgar encontrava-se nas bocas do mundo, descrevendo-o como um dos jovens mais promissores da década de noventa, comparando-o inclusivé ao eterno Eusébio (!). Com as cores do Benfica, Edgar destacár-se-ia sobretudo pelas alas, através da sua mobilidade, demonstrando um novo estilo de jogo, de muito nível atlético, garra, entrega, explosão, técnica, força e velocidade... muita velocidade. A partir desse momento, Edgar alternaria as boas com as más exibições... muito devido às fracas temporadas que o clube "encarnado" iria exibir perante o seu público, faminto por uma nova conquista no campeonato. Na época de 1996/1997, após várias experiências, com dezenas de treinadores, o jovem extremo seria dispensado pelo técnico brasileiro Paulo Autuori, isto depois de ser claramente encarado como uma das grandes esperanças da épocas, e de formar um poderoso trio ofensivo com o "capitão" João Vieira Pinto e Valdir. Emprestado ao Alverca, até ao final da temporada, Edgar apenas regressaria à Luz, pelas mãos de Manuel José, na que seria a sua última temporada com as cores do Benfica. Nessa mesma época, Edgar seria ainda treinado pelo escocês Graeme Souness, técnico que relegaria por completo o jovem português para o banco de suplentes. Porém, o jovem continuava a ser visto como um dos mais queridos da massa associativa. No final da temporada e, após não ter chegado a acordo, para a renovação do seu contrato, Edgar sairia da Luz pela porta pequena, sem nunca ter demonstrado por completo, todo o seu talento. Prontamente aliciado pelo poderoso Real Madrid, bem como, pelo seu empresário, Paulo Barbosa, o ex-benfiquista continuaria a sua aventura no mundo do futebol, com as cores da formação madrilena, algo que se arrependeria anos mais tarde, justificando a sua decisão, como imatura. Na capital espanhola, Edgar não chegaria a conhecer o sabor do sucesso, bem como, o "cheiro" da camisola principal do Real Madrid, acabando mesmo por alinhar pelos escalões secundário do clube merengue. Por essa altura, a carreira internacional de Edgar cairia por completo, ficando mesmo de forma permanente, de fora das convocatória da Selecção Nacional de Portugal (à excepção, de uma única internacionalização, anos mais tarde, frente à formação de Moçambique). Mesmo fora dos patamares que o lançariam para o "estrelato", Edgar conseguiria um novo recomeço de carreira, desta vez com as cores do Málaga, equipa que representaria durante nove temporadas, realizando um total de 158 encontros e 14 golos (um deles, memorável, frente ao... Real Madrid, considerado na altura, como o melhor do ano em Espanha). Na temporada de 2002/2003, Edgar seria emprestado à formação do Getafe, recomeçando dessa forma, o início do fim da sua carreira em Espanha. Edgar que chegaria a conquistar o estatuto de "capitão" da formação do Málaga, e onde conquistaria o seu maior troféu da carreira, a Taça Intertoto em 2002 (troféu ao qual se juntaria uma Taça de Portugal, conquistada com as cores do Benfica em 1996). Durante a sua "estadia" em território espanhol, Edgar chegaria a despertar a cobiça de vários emblemas europeus, nomeadamente, nas épocas de maior destaque individual, de onde se destacaria o Barcelona. Porém, a sua saída para um clube de maior dimensão não chegaria a acontecer. Em completa roptura com o seu técnico, Edgar regressaria ao campeonato português, vários anos depois, com as cores do Boavista, no Verão de 2007. Contudo, numa época visivelmente afectado por problemas financeiros, Edgar a par do guarda-redes Carlos, chegariam ao Bessa como os nomes mais sonantes, num plantel completamente transfigurado, inexperiente, e muito longe do "Boavistão" que encatara o mundo do futebol em anos anteriores. A solução recairia então na experiência de Edgar, jogador escolhido para comandar toda uma equipa dentro de campo. Contudo, tal não se sucederia, realizando apenas um total de sete encontros. Números muito abaixo das suas expectativas, e do próprio clube, que esperava algo mais do atleta português. Muito perto de completar 33 anos de idade, Edgar encontra-se na recta final da sua carreira desportiva, sendo que no momento, o antigo jogador do Benfica e do Málaga encontra-se no... desemprego (!)... esquecido... e amargurado por uma decisão... uma má decisão que tomara há mais de dez anos atrás. Por tudo isto e muito mais, Edgar é sem dúvida um dos nomes a ter em conta, na histório do futebol português e, um claro exemplo de um talento precoce que fora esquecido por todos. Edgar chegaria ainda na época de 2008/2009 a tentar mais uma vez a sua sorte, no entrangeiro, ao serviço da formação cipriota do ASA, contudo, o seu talento fora esquecido mais uma vez.
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