Tudo o que precisava de saber sobre o mundo do futebol

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Por onde anda... Calado

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Dados Pessoais
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Nome: José António Calado da Silva
Data de Nascimento: 1 de Março de 1974
Naturalidade: Lisboa, Portugal
Altura: 1.79 cm
Peso: 78 kg
Posição: Médio
Clube: Athlitiki Enosi Paphos
Internacionalizações A: 4 (0)
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Percurso Profissional
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1991-1992 : Casa Pia Atlético Clube
1992-1995 : Clube de Futebol Estrela da Amadora
1995-2001 : Sport Lisboa e Benfica
2001-2003 : Real Bétis Balompié
2003-2007 : Club Polideportivo Ejido
2007-2008 : Athlitikos Podosfairikos Omilos Pegeias Kinuras
2008-2010 : Athlitiki Enosi Paphos
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Palmarés
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Campeonato Nacional da II Divisão de Honra: 1993
Vice-Campeonato Nacional Português: 1996, 1998
Taça de Portugal: 1996
Presença nos Jogos Olímpicos de Verão de Atlanta: 1996
Finalista da Supertaça Cândido de Oliveira: 1996
Finalista da Taça de Portugal: 1997
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José António Calado da Silva, nascido no dia 1 de Março de 1974, em Lisboa, foi sem dúvida, uma das figuras mais comentadas no mundo do futebol, no início do Século XXI, muito embora, por motivos bastante negativos para o jogador em questão. José Calado começaria a sua carreira desportiva em 1991, com as cores do Casa Pia, clube das divisões inferiores da Liga Portuguesa de Futebol. Com apenas 17 anos de idade, era tido como uma das grandes promessas do futebol jovem em Portugal. Após uma boa primeira época enquanto sénior, Calado assinaria contrato com um dos míticos do futebol nacional, o Estrela da Amadora, clube onde faria a sua estreia no segundo escalão do futebol português (Divisão de Honra), pelas mãos de João Alves, um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. Com as cores do Estrela, Calado depressa conseguiria impor o seu estilo de jogo, bastante técnico e, ao mesmo tempo, combativo e "guerreiro", fazendo na altura com Jordão, uma das melhores duplas de meio-campo do futebol nacional. Titular indiscutível na sua primeira época na Reboleira, Calado conseguiria conquistar o título de campeão nacional da Segunda Divisão de Honra, alcançando a tão desejada subida de divisão para a temporada seguinte. Recém-estrado no escalão máximo do futebol português, Calado seria sem dúvida, uma das grandes revelações da temporada de 1993/1994. Aos 19 anos de idade, o jovem médio português, despertaria a cobiça de alguns dos melhores clubes de Portugal, entre eles o Benfica, o Sporting, o Sporting de Braga e o Boavista. Devido às suas boas exibições com as cores do Estrela. Calado seria um dos grandes responsáveis pelo sétimo lugar alcançado nessa mesma temporada. Na época seguinte, já sob o comando de Fernando Santos, o Estrela da Amadora não conseguiria repetir o mesmo resultado da época transacta, terminando o campeonato na 15ª posição da tabela classificativa. Porém, mesmo com uma péssima classificação, a mesma seria suficiente para que em Julho de 1995, José Calado assinasse contrato com um dos maiores clubes da Europa e, o grande clube de Portugal, o Sport Lisboa e Benfica. Se ao serviço do Estrela da Amadora, Calado conseguiu afirmar-se como um dos titulares da equipa da Reboleira, tanto na era de João Alves como na de Fernando Santos, já com o emblema da águia ao peito, o médio português conseguiria igualar esse mesmo feito. Muito embora, não tivesse alcançado o título de campeão nacional, José Calado seria uma das peças fundamentais para o segundo lugar alcançado no campeonato, bem como, pela conquista da Taça de Portugal, frente ao seu rival de sempre, o Sporting Clube de Portugal, num encontro onde os "encarnados" foram claramente superiores aos "leões" de Alvalade, terminando o encontro num merecido 3-1 a favor do Benfica, tendo como grande herói da partida, o "capitão" João Vieira Pinto, autor de dois dos três golos dos "encarnados" (Mauro Airés apontaria o outro tento do Benfica). Todavia, a conquista da Taça de Portugal em 1996, não ficaria na memória dos adeptos portugueses pelos melhores motivos. Nessa mesma tarde, a meio do encontro, um dos muitos adeptos do Sporting, sairia do Jamor sem vida, vítima de um claro acto de vandalismo de alguns dos supostos adeptos "encarnados" (nunca ficou provado o clubismo dos autores desse acto terrorista). Após uma temporada de enorme positividade, por parte do médio português, Calado teria a sua recompensa, no Verão de 1996, ao ser chamado para representar a Selecção Olímpica de Portugal, para os Jogos Olímpicos de Verão de Atlanta, nos Estados Unidos. Embora a selecção portuguesa não tenha alcançado o título (seria muito difícil), Calado seria claramente um dos jogadores mais influentes, pela boa campanha de Portugal nas olimpiadas de 1996. Dessa forma o médio de apenas 22 anos de idade, colocaria o seu nome na montra internacional de futebol. A década de noventa ficaria também marcada, pelos inúmeros jogadores que sairiam e entrariam pelos lados da Luz. Com a saída de Paulo Autuori no final da temporada, Manuel José assumiria o comando técnico dos "encarnados" para a temporada de 1996/1997. Calado por essa altura, era já um dos indiscutíveis do plantel do Benfica, no entanto, com as entradas de Tiago e do brasileiro Amaral, o médio português teria que reencontrar novamente o seu espaço no onze inicial, actuando dessa forma, como lateral-direito. Mais uma vez, o Benfica não conseguiria alcançar o título nacional, tendo terminado o campeonato em terceiro lugar, atrás dos seus rivais directos, o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal. No entanto e, pela segunda vez consecutiva, os "encarnados" atingiriam a final do Jamor, defrontando desta vez, o poderoso Boavista de Mário Reis, técnico que na altura dispunha de jogadores de enorme valia técnica e táctica, tais como Nuno Gomes, Jimmy Hasselbaink, Litos, Pedro Emanuel, Tavares, Timofte, Tulipa, Jorge Couto, Sanchez, Martelinho, Rui Bento, Bobó, Paulo Sousa, Alfredo, Nelo, Hélder, Latapy, Simic e o jovem guarda-redes Ricardo. Embora o Benfica tivesse dominado grande parte do encontro, a verdade é que os "axedrezados" conseguiriam "roubar" o título aos favoritos de Lisboa por 3-2, numa partida, onde a dupla atacante, formada por Nuno Gomes e Jimmy Floyd Hasselbaink foram claramente os "reis" da tarde do Jamor. O Benfica encontrava-se dessa forma, num ciclo de derrotas, que lhe custariam o claro domínio no futebol português, vendo assim, o Futebol Clube do Porto tomar partido dessa sua "doença futebolistica", caindo num verdadeiro abismo desportivo, sem saída possível. Mesmo assim, Calado continuaria a ser um dos melhores do Benfica dos anos noventa, algo que lhe valeria uma chamada à selecção principal de Portugal, pelas mãos do técnico português António Oliveira, numa partida frente à formação do Canadá. Embora só tivesse conquistado quatro internacionalizações em toda a sua carreira desportiva, a verdade é que Calado demonstrou sempre que tinha valor suficiente para representar a selecção das quinas ao mais alto nível internacional. Com a entrada do escocês e lendário jogador do Liverpool Graeme Souness no Verão de 1997, o Benfica conseguiria formar um plantel capaz de conquistar ou pelo menos lutar contra a superioridade do Futebol Clube do Porto nas últimas temporadas. Entre Calado, existiam grandes jogadores que prometiam uma época para mais tarde recordar: Michel Preud´Homme, Carlos Gamarra, Bruno Basto, Karel Poborsky, Amaral, Hugo Leal, Paulo Nunes, João Vieira Pinto, Nuno Gomes, Gaston Taument, Erwin Sanchez, Paulo Madeira, Tiago e, um desconhecido na altura e, que não conseguiria impor-se no plantel da Luz... de seu nome Deco!!! Embora tivesse um bom plantel, os "encarnados" não conseguiriam mais do que o segundo lugar no campeonato, bem como, as meias-finais da Taça de Portugal (seriam eliminados pelo Sporting de Braga por 2-1). A temporada de 1998/1999 traria uma nova esperança aos feverosos adeptos benfiquistas, famintos por uma nova conquista... no entanto, essa mesma época seria mais do mesmo, além de ter sido ultrapassado (mais uma vez) pelo Futebol Clube do Porto e pelo sensacional Boavista, os "encarnados" seriam ainda eliminados pelo Vitória de Setúbal, na 5ª eliminatória da Taça de Portugal, fazendo do ano de 1999, num dos piores da história do clube no Século XX. As épocas de 1999/2000 e a de 2000/2001 ficariam marcadas pela clara aposta em jogadore sem qualquer qualidade, por parte da direcção do Benfica, presidenciada por João Vale e Azevedo e pelo novo técnico "benfiquista", o germânico Jupp Heynckes, relegando para o banco de suplentes, alguns dos melhores jogadores do Benfica até à data: João Viera Pinto (dispensado), Karel Poborsky (vendido aos italianos da Lázio de Roma), Calado, Maniche, João Tomás, Bruno Basto e Robert Enke. No entanto, com a saída de Heynckes e com a entrada do estreante e jovem técnico português... José Mourinho, o Benfica voltaria ao sucesso desportivo interno, bem como, às boas exibições no campeonato nacional e, onde jogadores como Calado, João Tomás, Nuno Gomes, Maniche, Bruno Basto, Fernando Meira, Robert Enke, Marchena, Miguel, Pierre Van Hooijdonk e Sabry tomariam um lugar de destaque na ofensiva "encarnada". Contudo, o Benfica acabaria o campeonato no repetitivo terceiro posto da tabela classificativa. Nessa mesma temporada, mais propriamente, no dia 2 de Outubro de 2000, jogava-se em pleno Estádio da Luz, a 6ª jornada da Primeira Liga Portuguesa de Futebol, entre o Benfica e o Sporting de Braga, onde os "encarnados" sairiam para o intervalo a perder por 1-0. Todavia, o encontro não seria recordado pelo resultado em si (2-2), mas pelo que aconteceu entre as bancadas da Luz e... José Calado. O então "capitão" do Benfica, recusaria-se a disputar a segunda parte da partida, devido aos inúmeros insultos e assobios à sua pessoa, cada vez que o jogador em questão tocava no esférico. O motivo em si, seria o de um possível relacionamento homossexual entre Calado e um cantor de uma boysband. Além de um processo disciplinar, seria-lhe retirada a braçadeira de capitão, bem como, o estatuto de indiscutível no onze "encarnado". Com uma posição bastante difícil no futebol português, a sua saída era praticamente inevitável. No Verão de 2001, após seis épocas de águia ao peito, Calado rumaria ao futebol espanhol, nomeadamente ao Bétis de Sevilha, orientado pelo espanhol Juande Ramos. Em Sevilha, Calado reencontraria o seu antigo companheiro no Benfica, João Tomás. A sua primeira temporada com as cores do Bétis, Calado conseguiria ser um dos suplentes mais utilizados pelo técnico dos sevilhanos, no entanto, na época seguinte, o médio português iria perder gradualmente o seu espaço e influência no plantel sevilhano, sendo inclusivé, apontado como um dos possíveis dispensados para a próxima temporada, pelo técnico Víctor Fernandez (Calado havia já defrontado o técnico espanhol, quando o Benfica visitou o Celta de Vigo e, onde seria completamente esmagado, por uns claros 7-0). Em Julho de 2003, ficaria acordado o seu empréstimo ao Poli Ejido, clube das divisões inferiores de Espanha. No Poli Ejido, Calado iria reencontrar o português Carlitos, seu antigo companheiros nos tempos da Luz e Agostinho, uma das grandes promessas do futebol português na década de noventa. No clube da Segunda Divisão B de Espanha, José Calado, antigo "capitão" do Benfica cairia no esquecimento dos adeptos portugueses, ponderando inclusivé, um termino na sua carreira desportiva. Com o intuito de voltar aos relvados (após uma época de paragem, devido à morte do seu pai), Calado rumaria ao campeonato cipriota, nomeadamente ao APOP, clube com maior número de jogadores portugueses (Carlos Marques, Rui Andrade, Paulo Sousa, Tiago Carneiro, Bernardo Vasconcelos e Vargas). Embora tivesse alcançado o sexto lugar do campeonato, a verdade é que, a equipa do APOP não conseguiria o apuramento para os playoffs. Nessa temporada, Calado também ele não conseguiria impor o seu estilo e o seu ritmo, colocando um ponto final na sua relação com a equipa do APOP. Desde Julho de 2008 que José Calado, defende as cores do AEP, também ele a militar na primeira divisão do Chipre, onde actualmente é o "capitão" da formação cipriota. Aos 36 anos de idade, Calado não teve o fim que desejaria ter tido, no entanto, poderá (tal como o fez) acabar como sempre desejou... como capitão. José António Calado foi devido a todo o seu percurso profissional, uma das grandes figuras do desporto nacional, que um dia, os adeptos decidiram colocarem-no no fundo do poço, sem qualquer motivo ou razão para tal. José Calado poderá ter sido esquecido, mas será para sempre recordado, como um dos grandes injustiçados do futebol português.
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sábado, 10 de abril de 2010

Cartão Vermelho: Jesualdo Ferreira

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Chegou ao fim o ciclo de Jesualdo Ferreira, no comando técnico do Futebol Clube do Porto. Com a presença de um Benfica muito forte a nível interno (bem como externo), tal como, um surpreendente Sporting de Braga, as hipóteses de Jesualdo continuar no banco do suplentes na próxima temporada é praticamente nula. Depois de uma temporada onde nunca conseguiu conquistar os corações dos adeptos portistas, muitos são agora os nomes associados à sua substituição no comando principal. Após três épocas onde, o experiente técnico português atingiu claramente o sucesso desportivo, tornando-se no único treinador na história do Futebol Clube do Porto, a vencer três campeonatos nacional consecutivos, o seu ciclo no clube do norte esgotou-se visivelmente. Com uma saida humilhante da Liga dos Campeões, ao pés dos ingleses do Arsenal (5-0) e com as derrotas frente ao Sporting (3-0) e Benfica (3-0), feitos que ditaram o adeus (praticamente) definitivo à corrida pelo título nacional, bem como da Taça da Liga, a era Jesualdo chegou ao fim. Neste momento, a Taça de Portugal é o único troféu, que Jesualdo Ferreira poderá erguer no final da temporada (claramente o favorito à vitória final), contudo, a margem de erro será nula e, caso não consiga vencer a final no Jamor, a vida de Jesualdo tornár-se-á muito difícil para os lados do Dragão. Com a sua saída praticamente assegurada, o técnico de 63 anos de idade, é dessa forma, um nome muito bem visto na Sociedade Anónima Desportiva para o futebol, e em especial para o presidente portista Pinto da Costa, figura que pretende manter Jesualdo no departamento de futebol do Futebol Clube do Porto, isto claro está, caso Jesualdo Ferreira pretenda afastár-se dos relvados e dos bancos para exercer uma função mais técnica. Muito embora seja já uma das maiores figuras do futebol português, o seu espaço no futebol nacional está a fechar-se a olhos vistos, ficando dessa forma, uma única dúvida para a próxima temporada: o nome do seu sucessor. Neste momento os nomes mais falados são os de Domingos Paciência, técnico que está a fazer uma época fantástica com as cores do Sporting de Braga, bem como, um homem da casa, que foi campeão no passado com as cores do Dragão. Jorge Costa também poderá ser uma das soluções, visto ser um dos técnicos mais acarinhados pelos adeptos do Porto. Também existem outras possibilidades como Paulo Bento e André Vilas-Boas, bem como, num outro técnico de origem estrangeira. Contudo, só no próximo Verão se saberá quem irá substituir Jesualdo Ferreira, no comando técnico na temporada de 2010/2011. Embora tenha sido um treinador de sucesso, a sua saída será pela porta pequena, algo que tem sido copioso para os lados do Dragão.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Bota de Ouro: Cissé

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Dados Pessoais
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Nome: Djbril Aruun Cissé
Data de Nascimento: 12 de Agosto de 1981
Naturalidade: Arles, França
Altura: 1.83 cm
Peso: 78 kg
Posição: Avançado
Clube: P.A.E. Panathinaikos
Internacionalizações A: 39 (9)
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Percurso Profissional
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1998-2004 : Association de la Jeunesse Auxerroise
2004-2006 : Liverpool Football Club
2006-2008 : Olympique de Marseille
2008-2009 : Sunderland Association Football Club
2009-2010 : P.A.E. Panathinaikos
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Djibril Aruun Cissé, nascido no dia 12 de Agosto de 1981, em Arles, França, é neste momento, um dos avançados em maior destaque no futebol europeu. Com as cores do Panathinaikos, Cissé regressou à sua melhor forma física, colocando o seu nome, mais uma vez, no topo do panorama futebolístico. De descendência costa-marfinense e, mais conhecido por "Lord of the Manor of Frodsham", Cissé começaria a sua carreira desportiva, com apenas 11 anos de idade, com as cores do Nimes Olympique, decorria o ano de 1993. Após quatro temporadas, onde seria um dos melhores marcadores da sua equipa, Cissé assinaria contrato com um dos históricos do futebol francês, o AJ Auxerre. Com apenas 15 anos, Cissé era já considerado pela media francesa, como um dos avançados mais promissores, após as retiradas de Papin e Cantoná. Djibril Cissé faria toda a sua formação desportiva no Auxerre, antes de se estrear no principal escalão do futebol francês, bem como, após a conquista da Taça Gambardella em meados de 1998. Embora fosse detentor de um talento invejável, a verdade é que, após a sua estreia com a camisola principal do Auxerre, Cissé passaria as próximas duas temporadas, como uma espécie de finalista em fase de estágio, alinhando pelo caminho em apenas três encontros, ficando em branco em todos eles. Todavia, na temporada de 2000/2001 tudo mudaria de posição, tendo Cissé assumindo uma posição difícil de alcançar. Com a conquista da Taça de França em 2003, bem como, a presença na final da Supertaça de França (perdida para o Olympique Lyonnais por 2-1), Seguiriam-se mais títulos, sobretudo a nível individual. Em apenas seis temporadas, Cissé apontaria cerca de 90 golos, em apenas 166 partidas para o campeonato. Um feito histórico, tendo em conta os seus apenas 22 anos de idade. Com os títulos de melhor marcador do campeonato francês em 2002 e 2004, Cissé era então considerado um dos melhores avançados com menos de 23 anos de idade, tendo dessa forma, muitos dos grandes nomes do futebol europeu, dispostos a desembolçar milhões de euros pelo seu passe. Um dos nomes mais falados na altura, seria o do Liverpool, clube que acabaria por adquirir o passe do então internacional francês em meados de Junho de 2004, num acordo avaliado em cerca de 14 milhões de libras. Ao serviço do clube de Anfield, Cissé teria um inicio prometedor, apontando 11 golos em 23 partidas (em todas as competições), na sua temporada de estreia. No entanto, na época seguinte, com o Liverpool disposto a conquistar o campeonato nacional, após vários anos de ausência, o clube inglês "perderia" o avançado francês para o resto da temporada, após uma grave lesão na sua perna, devido a um embate físico com Jay McEveley, jogador do Blackburn Rovers. A sua recuperação seria sempre de longa duração, ficando numa incógnita, uma data sobre o seu regresso aos relvados. Em Março de 2005, após vários meses de ausência, Cissé regressaria aos relvados, muito embora, muito frágil em termos físicos e competitivos. Porém, o seu regresso oficial só aconteceria em Abril do mesmo ano, no encontro dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, frente à formação da Juventus. Cissé provaria, mesmo com a lesão sofrida, que um avançado nunca esquece a forma de obter golos. Embora não tivesse apontado muitos golos nessa época, a verdade é que os que marcou foram decisivos, tais como os dois apontados ao Aston Villa (2-1) na última jornada do campeonato, bem como, a grande penalidade (decisiva) que daria o título europeu ao Liverpool, após derrotar os italianos do AC Milan nas grandes penalidades. A partir desse momento, a vida de Cissé daria mais uma volta. Alinhando sobre uma das faixas do ataque, facto que faria com que o avançado perdesse o "faro" pelo golo, bem como, as múltiplas "discussões" com o seu técnico, Rafael Benítez, faria com que Cissé abandonasse o clube em meados de 2006, após ter sido um dos grandes heróis da final da Supertaça Europeia em 2005, bem como, da final da Taça de Inglaterra em 2006. A sua saída de Anfield Road, porém, teria que ser adiada, devido a uma nova lesão na sua perna, ficando adiado o seu regresso ao futebol francês. Cissé representaria o Liverpool em 83 ocasiões para o campeonato, apontando no seu total 26 golos. O avançado francês seria então cedido ao Olympique de Marseille, clube com o qual chegaria a acordo em Julho de 2006. Com um início de temporada meio atribulada, muitos eram os adeptos a pedirem a sua saída do onze inicial, muito embora o apoio de Jean-Pierre Papin, um dos históricos do clube francês, bem como, do futebol mundial. Nas duas temporadas em que esteve ao serviço do Marseille, Cissé foi sem dúvida um dos melhores do campeonato, colocando a sua equipa sempre em patamares elevados. Em Agosto de 2008, Cissé após ter sido adquirido pelo Olympique em 2007, seria mais uma vez emprestado, desta vez aos ingleses do Sunderland, clube orientado pelo jovem técnico irlandês Roy Keane, um dos lendários jogadores do Manchester United de Sir. Alex Fergusson. Tendo realizado uma temporada francamente positiva, Cissé estava pronto para se afirmar no futebol inglês, bem como, no Sunderland. No entanto, em Junho de 2009, o avançado francês assinaria um contrato válido por quatro temporadas com os gregos do Panathinaikos, numa transferência que rondaria os 9 milhões de euros. A sua estreia com a camisola do clube grego, aconteceria frente ao Ergotelis. Em termos internacionais, a carreira de Cissé também tem sido marcada por muitos altos e baixos. Após ter sido uma presença habitual e uma das estrelas das selecções de Sub-19 e Sub-21 de França e, de ter disputado o Campeonato do Mundo de Sub-20 em 2001, competição onde chegaria aos quartos-de-final, apontando um total de seis golos em apenas cinco encontros, incluíndo um hat-trick frente ao Irão (5-0) e dos golos frente à sempre poderosa Alemanha, Cissé falharia o Europeu de Sub-21 em 2004, após ter sido expulso no encontro da segunda mão, da fase de qualificação, frente à formação portuguesa. Como forma de castigo, o avançado seria punido com cinco jogos por parte da Federação Francesa de Futebol. Cissé que faria entretanto a sua estreia pela selecção principal de França, com apenas 21 anos de idade, frente à formação da Bélgica, entrando para o lugar de David Trezeguet, em Maio de 2002. Por essa altura, Cissé era tido com uma das grandes promessas do futebol internacional, fazendo com que o seu nome constasse na lista dos 23 eleitos de Roger Lemerre para o Campeonato do Mundo da Coreia e do Japão, bem como, da Taça das Confederações em 2003 (prova ganha pela formação francesa). Tendo sido afastado do Europeu de 2004 (devido ao castigo aplicado pela federação), Cissé falharia mais uma grande prova internacional, o Campeonato do Mundo de 2006, devido a mais uma lesão, contraída frente à formação da China, no último encontro antes do Mundial. O grito de Cissé na hora da sua lesão, ficaria imortalizado, conseguindo sensibilizar todo um mundo desportivo. Já totalmente recuperado da sua lesão, e com uma época positiva em território inglês, Cissé não seria convocado para a fase final do Europeu de 2008, muito embora tenha participado em três encontros da fase de qualificação. Neste momento, Cissé é sem dúvida um dos avançados em melhor forma nos principais campeonatos europeus, sendo inclusivé, o melhor marcador do campeonato grego, com 21 golos apontados em apenas 24 encontros, bem como, um dos melhores na finalização na Liga Europa (cinco golos). Com uma vantagem de dez tentos, sobre os seus principais rivais, o avançado Barkoglou, do Levadiakos e Javier Cámpora do Aris, Cissé certamente poderá sonhar com uma presença no próximo Mundial da África do Sul. É sem dúvida, um dos grandes talentos das últimas décadas, porém, com algum azar durante a sua carreira desportiva, algo que fez com que a sua história no futebol mundial não fosse de maio relevo, face a outros grandes avançados franceses. Um avançado veloz e temível na área de finalização. Detentor de uma capacidade de desmarcação fora do comum, bem como, uma capacidade de finalização com ambos os pés. Cissé neste momento, tem tudo para conseguir um "regresso" ao mais alto nível do futebol europeu.
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sexta-feira, 26 de março de 2010

Bola Verde: Emídio Rafael

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Dados Pessoais
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Nome: Emídio Rafael Augusto Silva
Data de Nascimento: 24 de Janeiro de 1986
Naturalidade: Lisboa, Portugal
Altura: 1.82 cm
Peso: 73 kg
Posição: Lateral-Esquerdo
Clube: Associação Académica de Coimbra
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Percurso Profissional
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2001-2005 : Sporting Clube de Portugal
2005-2006 : Casa Pia Atlético Clube (E)
2006-2007 : Real Sport Clube (E)
2007-2009 : Portimonense Sporting Clube
2009-2010 : Associação Académica de Coimbra
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Emídio Rafael Augusto Silva, nascido no dia 24 de Janeiro de 1986, em Lisboa, é neste momento, uma das grandes revelações do principal escalão do futebol português. Ao serviço dos "estudantes" de Coimbra, o jovem lateral-esquerdo tem surpreendido tudo e todos, muito graças ao seu estilo ofensivo, capaz de apoiar as manobras ofensivas durante os noventa minutos de jogo, bem como, uma excelente capacidade defensiva, ajudando dessa forma, a sua equipa a ocupar uma posição confortável na tabela classificativa. Todavia, a carreira de Emídio Rafael não tem sido replecto de êxitos individuais, mas sim de pequenos passos rumo ao sucesso desportivo. Emídio Rafael começaria a sua carreira desportiva, enquanto futebolista profissional, na já famosa e premiada Academia de Alcochete, local onde faria toda a sua formação profissional e, onde alinharia junto de jogadores que na actualidade, enchem as manchetes desportivas como Miguel Veloso, João Moutinho, Nani, Yannick Djaló e Carlos Saleiro. A famosa geração de 1986 de Alcochete, atingiria o seu auge, sob o comando técnico de Paulo Bento, treinador que levaria a formação de juniores do Sporting Clube de Portugal, ao título nacional, nove anos após a última conquista. Por essa altura, começaria o grande calvário da jovem esperança portuguesa. De titular absoluto, Emídio Rafael passaria a lesionado e, sem condições para continuar ao serviço do clube leonino. Devido a uma grave lesão no seu joelho (rotura de ligamentos), o jovem lateral-esquerdo falharia praticamente toda a temporada, não conseguindo dessa forma, um lugar de destaque naquela espantosa formação que, conquistaria diversos títulos vários anos depois. Como consequência, dessa mesma lesão, Emídio Rafael seria emprestado ao Casa Pia, em Janeiro de 2005 e, na temporada seguinte ao Real Massamá, ambos clubes a militarem na Segunda Divisão B. Com o final de contrato, o defesa sem espaço no plantel principal do Sporting, decidiria rumar ao Algarve, onde assinaria contrato com o Portimonense, clube do segundo escalão do futebol nacional. Após dois anos ao serviço dos algarvios, onde tomaria finalmente um lugar de destaque, Emídio Rafael conseguiria dar o salto para a liga principal, a Liga Sagres. No Verão de 2009, Emídio Rafael, então com 23 anos de idade, assinaria contrato com a Académica de Coimbra. Com um início algo conturbado por parte dos "estudantes", Emídio Rafael, tal como a própria formação de Coimbra, atingiria a sua tranquilidade desportiva, após a entrada do jovem técnico português, André Vilas Boas, ex-adjunto de José Mourinho no Futebol Clube do Porto, no Chelsea e no Inter de Milão. Desde então, a equipa da Académica tem subido pouco a pouco, degrau a degrau a postos, que lhe permitem sonhar com uma permanência antecipada. No entanto, para o lateral da Académica, ficará sempre uma enorme incógnita em relação ao seu futuro no Sporting, clube onde o jovem atleta português, afirma ter capacidades técnicas e tácticas, para representar o clube ao mais alto nível. Uma dúvida que poderá ser desvendada no futuro. Devido à sua excelente campanha com as cores da Académica, onde tem sido claramente um dos elementos mais importantes do onze inicial, bem como, uma das revelações do principal campeonato, Emídio Rafael conquistaria uma vaga nas convocatórias para a Selecção Nacional de Portugal de Sub-23. Muito embora, tenha a perfeita noção, que neste momento, existe uma enorme concorrência para o lado esquerdo da selecção principal, o mesmo, acredita que no futuro, "aquele" lugar poderá ser seu, pois qualidade e talento são factores que não lhe faltam. O defesa dos "estudantes" rejeita assim, o facto de não ser opção para Carlos Queiroz, devido a representar um clube de dimensões inferiores. No entanto, caso mantenha o ritmo competitivo que tem demonstrado desde o início da temporada, não será de estranhar, um possível salto para um dos grande do futebol português, ganhando dessa forma, espaço para uma "luta", nas próximas convocatórias da selecção nacional, beneficiando, tel como sucedera com Rúben Micael, de um estatuto diferente ao do seu passado recente. Emídio Rafael é sem dúvida, um jovem atleta com um enorme talento e, a ter em conta no futuro. Trata-se de um lateral moderno, que não demonstra qualquer "fobia" em atacar ou ajudar os seus companheiros mais adiantados no terreno de jogo, sem esquecer porém, a sua posição original, a de lateral. Um jogador com sinal mais, no nosso campeonato.
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terça-feira, 23 de março de 2010

Estrelas do Momento: Doumbia

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Dados Pessoais
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Nome: Seydou Doumbia
Data de Nascimento: 31 de Dezembro de 1987
Naturalidade: Manilla, Yamoussoukro, Costa do Marfim
Altura: 1.78 cm
Peso: 74 kg
Posição: Avançado
Clube: Berner Sport Club Young Boys
Internacionalizações A: 5 (1)´
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Percurso Profissional
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2003-2004 : Amicale Sportive des Employés de Commerce Mimosas
2004-2005 : Association Sportive Denguélé d´Odienné
2005-2007 : Kashiwa Reysol
2007-2008 : Tokushima Vortis
2008-2010 : Berner Sport Club Young Boys
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Após o aparecimento do avançado Gervinho, atleta que está a rubricar uma excelente temporada, ao serviço dos franceses do Lille, o mundo do futebol, poderá estar prestes a assistir a mais um "nascimento" de uma grande referência do futebol africano, nomeadamente da Costa do Marfim: Seydou Doumbia. O mais recente reforço dos russos do CSKA de Moscovo, tem sido até ao momento, um dos avançados do continente africano, em maior destaque no panorama europeu, fazendo parte inclusivé, do top-20 de jogadores com menos de 23 anos de idade, de maior valia no futebol mundial. Nascido no 31 de Dezembro de 1987, em Manilla, Yamoussoukro, Seydou Doumbia começaria a dar nas vistas, com apenas 17 anos de idade, ao serviço do AS Denguélé d´Odienné, equipa da primeira divisão da Costa do Marfim, onde apontaria 15 tentos em apenas 20 encontros. Em meados de 2005, o promissor avançado costa-marfinense partiria em busca de novos desafios. Desafios esses que, acabariam por chegar ao país do Sol Nascente, o Japão, mais concretamente, na segunda divisão japonesa. Porém, a visibilidade do futebol asiático, em relação ao europeu é praticamente nula, tornando-se assim, muito difícil de se destacar em tal campeonato. Com necessidade de mostrar todo o seu real valor, Doumbia sairia do futebol asiático, rumo à Velha Europa. Por essa altura, chegaria os rumores de uma possível transferência para os romenos do Rapid de Bucareste, porém, tal facto, não seria confirmado pelo respectivo clube e, Mircea Rednic não avançaria para a sua contratação. Após três anos de completo anonimato, onde representaria as equipas do Kashiwa Reysol e do Tokushima Vortis, os suíços do Young Boys conseguiriam resgatá-lo no Verão de 2008, tendo pago na altura, uma quantia a rondar os 150.000 euros. A opção pelo futebol suíço, seria mais tarde, avaliado como a melhor solução que poderia aparecer ao jovem futebolista. Na sua primeira época no futebol europeu, Seydou Doumbia conseguiria surpreender tudo e todos, ao conquistar o prémio de melhor marcador do campeonato suíço, bem como, o prémio de melhor jogador do campeonato. Contudo, o mais surpreendente é que, apesar de ter apontado 20 golos e de ter assistido outros dez tentos, na sua época de estreia, o avançado costa-marfinense apenas alinharia em oito encontros como titular. Doumbia revelaria-se então, uma autêntica arma secreta, ajudando a sua equipa a vencer vários encontros do campeonato, nos últimos minutos de jogo, algo que faria com que a equipa do Young Boys alcançasse o segundo posto da tabela classificativa, bem como, a final da Taça da Bélgica (perdida para o Sion) no ano de 2009. No final da temporada, o avançado costa-marfinense detinha uma impressionante média de um golo por cada 69 minutos, uma marca que faria seduzir vários clubes europeus: a proposta mais valiosa ficaria por conta dos alemães do Hoffeinheim, clube que ofereceria cerca de 10 milhões de euros pelo seu passe. No entanto, o Young Boys rejeitaria tal oferta, uma vez que contava com o talento e veia goleadora do jovem avançado para a época seguinte, de modo a poder lutar pela conquista do título, facto que escapa ao clube desde 1986. Na presente temporada, o técnico Vladimir Petkovic concedeu-lhe finalmente a titularidade absoluta. Com o apoio do seu técnico e dos seus colegas de equipa, Seydou Doumbia não tem desiludido, no que diz respeito a golos. Neste momento, o avançado costa-marfinense é o líder destacado, da tabela de melhores marcadores do campeonato, com 22 golos apontados em 22 encontros, mais sete que Marco Streller e mais nove que Alexander Frei, ambos jogadores do Basileia. Devido ao seu poderoso contributo, a equipa do Young Boys lidera no momento a liga suíça, com uma vantagem de quatro pontos sobre o Basileia e de 18 sobre o terceiro classificado, o Grasshoppers. Em termos internacionais, Seydou Doumbia conta já com cinco internacionalizações, pela Selecção Nacional da Costa do Marfim. A sua estreia com as cores da selecção, aconteceria no dia 24 de Maio de 2008, frente à formação do Japão, numa partida a contar para a Taça Kirin. No que diz respeito a golos... o seu primeiro tento, nasceria no dia 18 de Novembro de 2009, no amigável frente à sempre poderosa formação alemã, num encontro que acabaria empatado a duas bolas. Contudo e, apesar do seu enorme talento na frente de ataque, a verdade é que o seu nome não constaria, na lista de convocados para a CAN 2010, devido à forte concorrência no sector ofensivo. Num sector que conta com nomes como Didier Drogba e Salomon Kalou, ambos jogadores do Chelsea, bem como, Gervinho, Bakari Koné, Kader Keita e Aruna Dindane, tornár-se-á muito dificil de impor o seu futebol, em tamanha montra ofensiva. Todavia, Doumbia poderá ainda ter esperanças, numa possível chamada para o Campeonato do Mundo da África do Sul, uma vez que neste momento, a formação costa-marfinense está em busca de um novo técnico principal (fala-se em Sven-Goran Eriksson), após o afastamento de Vahid Halilhodzic, do comando técnico dos "Elefantes". Detentor de uma impressionante velocidade e técnica, capaz de desiquilibrar qualquer que seja o seu adversário, Seydou Doumbia seria bastante cobiçado durante o mercado de Verão em 2009, sendo um dos eventuais interessados o Chelsea, clube que estaria disposto a pagar cerca de 22 milhões de euros pelos seus serviços. No passado dia 4 de Janeiro de 2010, com a reabertura do mercado de transferências, os russos do CSKA de Moscovo conseguiriam antecipar-se a grandes colossos do futebol europeu, investindo assim, num jogador que devido às suas características, capaz de suceder ao brasileiro Wágner Love, na frente de ataque, na próxima temporada futebolística. Com esta mudança para o futebol russo, Seydou Doumbia terá assim, fortes possibilidades de mostrar todo o seu talento, perante adversários de topo do futebol europeu. Assim como os irmãos Touré e os irmãos Kalou, bem como, um dos maiores talentos de todos os tempos do futebol africano e mundial, Didier Drogba, o jovem avançado de 22 anos de idade, poderá ser o futuro do futebol africano e, um digno sucessor de Drogba na frente de ataque dos "Elefantes" na próxima década futebolística. Certamente um diamante em bruto, pronto para ser lapidado.
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sábado, 13 de março de 2010

"Onze do Mês"

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Onze do Mês de Janeiro
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Diego (Leixões Sport Club)
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Grande temporada que Diego está a rubricar ao serviço do Leixões. O brasileiro de 30 anos de idade, está a cumprir a sua primeira temporada a titular, após ter sido suplente de Beto, que entretanto rumou ao tetracampeão nacional, Futebol Clube do Porto, na época transacta. Contratado ao Santo André, das divisões inferiores do Brasil, em Janeiro de 2009, Diego está a atravessar o melhor momento da sua carreira desportiva. Com as cores do Leixões, muitas foram as grandes defesas que fizeram do guardião brasileiro, um dos melhores no seu posto, no principal campeonato português. Muito embora tenha uma dura concorrência, pelo prémio de melhor guarda-redes da Liga Sagres, devido às excelentes exibições de Eduardo (Sporting de Braga), Quim (Benfica), Carlos (Rio Ave), Helton (Futebol Clube do Porto), Rui Patrício (Sporting), Nilson (Guimarães) e Coelho (Paços de Ferreira), o guarda-redes do Leixões já provou por diversas ocasiões que, poderá muito facilmente dar o salto, para um clube de outras dimensões, no final da presente temporada, facto que muito provavelmente será o destino. Um excelente guarda-redes, com reflexos entre os postes muito acima da média, bem como, muito rápido a sair para o contra-ataque.
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Maxi Pereira (Sport Lisboa e Benfica)
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Não se trata de um jogador de um enorme talento futebolístico. Não se trata de um atleta de alta capacidade técnica. Não se trata de um jogador capaz de fazer a diferença. No entanto, Maximiliano Pereira é um jogador de uma enorme utilidade para qualquer técnico, devido à sua forma "guerreira" de encarar qualquer partida, ou qualquer adversário. Contratado pelo Sport Lisboa e Benfica no Verão de 2007, aos uruguaio do Defensor Sporting, muitos foram os adeptos benfiquistas que duvidaram o seu valor. Sob o comando do espanhol Quique Flores, o defesa uruguaio relançou definitivamente a sua carreira em Portugal, destacando-se na posição de lateral-direito, posição essa que lhe tem valido, exibições de grande nível desportivo. Com as cores do Benfica, Maxi Pereira, tem sido um dos grandes pilares defensivos, da presente temporada. Com Jorge Jesus no comando dos "encarnados", Maxi tem sido um dos eleitos do treinador português, devido à sua segurança defensiva, colectivismo, bem como, pela sua capacidade de cruzamento, nas manobras ofensivas da equipa "encarnada". Durante toda esta temporada, Maxi Pereira tem provado, tal como o tinha feito na época transacta que, é um dos melhores na sua posição, a actuar na principal liga nacional.
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Moisés (Sporting de Braga)
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Quando chegou ao campeonato português, pelas mãos do técnico português Jaime Pacheco, na época de 2007/2008, para representar as cores do Boavista, após ter representado um dos maiores clubes do campeonato brasileiro e do mundo, o Flamengo (onde não conseguiria alcançar sucesso desportivo), nínguem poderia imaginar que na presente temporada, se tratasse de um dos melhores defesas-centrais, a actuar no nosso campeonato. O defesa de 30 anos de idade, está a conquistar todos os adeptos bracarenses, através da sua liderança dentro das quatro linhas de jogo, bem como, pela sua capacidade com que criar situações de ataque. Se com Jorge Jesus, o brasileiro conseguiu adquirir capacidades defensivas, já com Domingos no comando, Moisés alcançou a serenidade e capacidade de segurança, fazendo dele num atleta acima da média. Devido à enorme "voz de comando", o Sporting Clube de Braga, tem conseguido manter o primeiro posto, desde a primeira jornada do campeonato. A manter este nível exibicional, muito provavelmente, Moisés dará o salto para um clube de outras capacidades financeiras e que, ao mesmo tempo, consiga disputar vários títulos em simultânio. Um jogador de enorme destaque no nosso campeonato.
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Luisão (Sport Lisboa e Benfica)
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Em cada equipa, existe sempre um jogador que se irá destacar com o passar do tempo. Em cada equipa existe sempre, um jogador que se irá diferenciar dos outros. Em cada equipa existe sempre um jogador com uma capacidade de liderar fora do comum. A cumprir a sua sétima temporada, com as cores do Sport Lisboa e Benfica, Luisão tem sido claramente o grande "patrão" dos "encarnados" nos últimos anos. Se existia algumas dúvidas, quando em 2003, o então Director Desportivo Luis Filipe Vieira o foi "buscar" ao Cruzeiro, hoje em dia, essas mesmas dúvidas foram apagadas. Com um estilo de jogo reconhecível em qualquer campo, Luisão tem na sua experiência e capacidade de cabeceamento as suas principais armas. Ao lado do também brasileiro David Luíz, o internacional brasileiro encontrou finalmente a dupla que figurará na memória de qualquer adepto benfiquista. Um patrão por natureza, Luisão entrará na história do clube, como um dos melhores defesas-centrais sul-americanos, a par de Carlos Gamarra, Mozer, Aldair e Ricardo Gomes. Na presente temporada, o defesa-central de 29 anos de idade, está a apresentar-se em alto nível, possivelmente a pensar na titularidade do "escrete canarinho", no Campeonato do Mundo da África do Sul. Com Luisão presente na linha defensiva do Benfica, o mesmo ganhou uma consistência que, apenas tinha alcançado em 2005, com o italiano Trapattoni no comando. Se a nível interno, Luisão tem sido uma das pedras influentes pela luta do primeiro lugar do campeonato nacional, já a nível externo, o defesa, ou como é conhecido pelos seus companheiros, "o girafa", não tem feito por menos, rubricando exibições altamente competitivas e por vezes de excelência. Um atleta que merece o reconhecimento de tudo e de todos, por tudo o que tem feito pelo Benfica, no presente e no passado.
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Álvaro Pereira (Futebol Clube do Porto)
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O lateral internacional uruguaio será, muito provavelmente, a par de Evaldo, do Sporting de Braga, o melhor lateral-esquerdo a actuar em Portugal e no principal campeonato nacional. Depois de ter sido muito disputado pelo Benfica e pelo Porto, no início da temporada, Álvaro Pereira tem conseguido afirmar-se na linha defensiva dos portistas, sendo neste momento, um dos elementos essenciais para as contas do técnico dos "dragões", Jesualdo Ferreira. Com um estilo de jogo bastante ofensivo, muitos têm sido os cruzamentos a partirem do seu corredor, sendo o avançado Falcão, um dos benificiados dessa mesma situação. Se ao serviço dos romenos do Cluj, Álvaro Pereira tinha nos seus pés, a missão de levar para a frente toda uma equipa, já com as cores do Porto, o lateral uruguaio tem sido um dos elementos mais colectivos de todo o "onze" inicial. Um lateral muito seguro nas manobras defensivas e, ao mesmo tempo muito ofensivo para um simples lateral. Pode-se dizer que se trata de um lateral moderno que, com o passar das jornadas, conseguiu convencer todos os adetos portistas, face à saída de Sissoko no início da presente temporada, para os franceses do Lyon. A continuar com estes níveis competitivos, Álvaro Pereira poderá certamente contar com uma presença no Campeonato do Mundo, da África do Sul, a disputar em Junho deste ano.
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Javi Garcia (Sport Lisboa e Benfica)
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Continua a ditar cartas com a camisola do Sport Lisboa e Benfica. O antigo médio-defensivo do Real Madrid tem sido um elemento determinante no conjunto "encarnado" em toda a presente época desportiva. Com uma atitude de força e de batalha durante todos os 90 minutos de jogo, o espanhol Javi Garcia conquistou definitivamente os corações dos adeptos "encarnados", que após a saída de Petit para o Colónia, nunca mais tiveram em campo, um jogador capaz de lutar frente a qualquer adversário, nunca demonstrando medo perante nomes e realidades distintas. Além desse carisma que Petit possuia em campo, o Benfica ganhou ainda com a aquisição de Javi Garcia, uma capacidade área que antes não tinha. Neste momento, pode-se dizer que o internacional Sub-21 espanhol é um dos melhores jogadores do plantel benfiquista, bem como, um dos mais influentes pela excelente campanha interna e externa que, o conjunto "encarnado" tem desempenhado. Todo o universo benquista ficou a ganhar com a sua entrada no clube. No entanto, falta o título... ou os títulos, para coroarem uma época de grande nível do médio espanhol que, entretanto ainda sonha com uma presença no próximo Mundial. Uma excelente aquisição, com algumas dúvidas e algumas reticencias face ao seu valor de marcado que... entretanto triplicou com a entrada de Jorge Jesus e pelo voto de confiança que o técnico português lhe deu, desde o início da temporada, facto que nunca encontrou nos vários anos em que esteve ao serviço do Real Madrid.
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Maykon (Paços de Ferreira)
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Um dos bons valores, a actuar no principal campeonato português. No entanto, fica uma enorme questão no ar. Como foi possível, o Belenenses, que no momento, está a atravessar uma enorme crise de resultados, não conseguiu aproveitar o talento deste jovem jogador? Não existe qualquer dúvida que Maykon é um bom jogador que, em muito curto espaço de tempo, poderá dar o salto, para um clube com outras ambições, como é o caso do Sporting Clube de Portugal. Trata-se de um jogador, com um sentido posicional, muito acima da média. Com um pé esquerdo de excelência, Maykon faz dos seus passes curtos ou longos, bem como, os seus cruzamentos para a área, as suas principais armas, face aos seus diferentes adversários. Durante esta temporada, Maykon tem demonstrado todo o seu real valor, bem como, o porquê de Paulo Sérgio (actual treinador do Vitória de Guimarães), ter apostado nas suas potencialidades, no início do Verão de 2009. Com apenas 24 anos de idade, o ex-Vasco da Gama, está a atravessar o seu ponto alto, da sua ainda curta carreira. Um bom valor do nosso campeonato que, não poderá ser esquecido. Um talento a acompanhar no futuro.
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Márcio Mossoró (Sporting de Braga)
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Continua em grande, o talentoso médio-ofensivo do Sporting de Braga. Com uma técnica altamente considerável, Márcio Mossoró tem sido um dos grandes destaques do Braga de Domingos Paciência. Com apenas 26 anos de idade, Mossoró tem despertado a cobiça de vários clubes nacionais, como o Benfica, Sporting e Porto, bem como, alguns internacionais, como é o caso do Werder Bremen, o Portsmouth, o Hull City, o Standard Liège e o Flamengo. Tendo dado nas vistas com a camisola do Internacional de Porto Alegre, Márcio Mossoró ficaria praticamente dado como reforço no Verão de 2006 do Sporting Clube de Portugal, no entanto, divergências financeiras entre ambos os clubes, dificultariam a sua vinda para Portugal. Todavia, o seu futuro passaria pelo campeonato português, nomeadamente pelo Marítimo, clube que representaria na temporada de 2007/2008. Nessa mesma época, ficaria demonstrado que Mossoró se tratava de um jogador para outras dimensões futebolísticas. Jorge Jesus não foi por menos e, na temporada seguinte, o médio criativo brasileiro, assinaria contrato com o Sporting Clube de Braga, clube onde se destacaria na frente de ataque dos "arsenalistas", dando provas tanto nas competições nacionais, como na já extinta Taça UEFA. Na presente temporada, o atleta tem sido um dos melhores do campeonato. Neste mês de Janeiro, Mossoró provaria de uma vez por todas, o porquês da sua cobiça, o porquês de ser considerado um dos melhores do nosso campeonato, o porquês de ser um dos grandes artistas do campeonato português. A continuar com este ritmo competitivo, o seu futuro poderá muito realisticamente passar por Alvalade, pelo Dragão ou pela Luz.
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Javier Saviola (Sport Lisboa e Benfica)
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Jogador proponderante nas manobras ofensivas, do esquema táctico do técnico Jorge Jesus, o avançado argentino de 28 anos de idade, voltou à sua grande forma desportiva, que anos atrás deixaria todo um universo futebolístico de boca aberta. Javier Saviola tem sido claramente uma das peças mais influentes do Benfica de 2009/2010. Através da sua inteligência e, da forma como consegue percorrer todo o terreno de jogo, faz de Saviola um dos avançados mais temíveis do panorama europeu. "Tapado" nas fileiras de Madrid, Saviola reencontrou a alegria de jogar. Com a camisola dos "encarnados", Saviola voltou a sorrir para o futebol, bem como, para as balizas adversárias, factor que fez dele no passado um dos melhores na sua posições. Ao lado do paraguaio Óscar Cardozo, bem como, do seu amigo de sempre Pablo Aimar, jogador que faria com ele uma enorme dupla no River Plate, nos finais dos anos 90, o avançado argentino tem conseguido corresponder ao valor pago pelo Benfica, no Verão de 2009. Jogador experiente, com passagens positivas por alguns dos melhores campeonato europeus (Barcelona, Sevilha e Monaco), Saviola será certamente um dos grandes responsáveis pela possível conquista do título nacional por parte dos "encarnados", bem como, um dos principais responsáveis pela massiva capacidade goleadora da equipa da Luz, na presente temporada.
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Rúben Micael (Nacional da Madeira)
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O novo reforços dos "dragões" começou o ano de 2010, tal como acabara o de 2009... em alta rotação. Figura determiante do Nacional da Madeira nas últimas épocas futebolísticas, o médio ofensivo tem conquistado o coração dos adeptos nacionais, através do seu futebol criativo. Com as cores do clube madeirense, Rúben Micael tem demonstrado que não foi por acaso do destino, a sua contratação por parte do Futebol Clube do Porto. Aos 23 anos de idade, o médio português prepara-se para a étapa mais importante da sua ainda curta carreira desportiva. Contudo, terá que se destacar a sua ascenção no futebol português. Em apenas três temporadas com as cores do Nacional, Rúben Micael conseguiu dar o salto para um dos grandes de Portugal. Não será certamente por sorte. O seu futebol é um futebol actual, criativo, necessário e exemplar. Um jogador moderno e de características modernas, dentro das quatro linhas de jogo. Um atleta de atitude "cerebral" e de liderança. Sem dúvida, uma das grandes esperanças do futebol nacional, bem como, um dos possíveis sucessores de Rui Costa, na Selecção Nacional de Portugal. Com o Campeonato do Mundo à porta, Rúben Micael poderá sonhar com uma convocatória, rumo à África do Sul.
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Falcão (Futebol Clube do Porto)
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Embora esteja longe da sua forma física, do início da temporada, a verdade é que o avançado colombiano Falcão, tem sido uma autêntica sombra do paraguaio Cardozo, na lista dos melhores marcadores do campeonato português. Não fazendo esquecer o argentino Lisandro Lopez, o colombiano tem conseguido facturar nas alturas necessárias, colocando o Futebol Clube do Porto, na luta em todas as frentes, seja a nível nacional como na Liga dos Campeões. Um jogador rapidíssimo na grande área, com um sentido posicional excepcional. Radomel Falcão é com toda a certeza, um dos elementos mais fortes, do actual Porto de Jesualdo Ferreira. Contudo, a equipa "azul e branca" está muito aquém das espectativas criadas no início do campeonato. Todavia, o avançado tem por merecido a confiança do técnico português. E como todos nós sabemos um avançado só poderá sobreviver através de golos e isso, é algo que não tem faltado ao avançado colombiano. Aos 24 anos de idade, o ex-jogador do River Plate tem vivido uma primeira época europeia de sonho. A continuar com esta veia goleadora, Falcão poderá alinhar com outras cores, bem como, em outros campeonatos em muito pouco tempo.
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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Máquina do Tempo : Billy Wright

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Dados Pessoais
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Nome: Sir. William Ambrose "Billy" Wright
Data de Nascimento: 6 de Fevereiro de 1924
Data de Falecimento: 3 de Setembro de 1994
Naturalidade: Ironbridge, Shropshire, Inglaterra
Posição: Lateral-Direito / Defesa-Central
Altura: 1.73 cm
Peso: 75 kg
Internacionalizações A: 105 (3)
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Percurso Profissional
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1939-1959 : Wolverhampton Wanderers Football Club
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Técnico Principal
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1960-1962 : Selecção Nacional de Inglaterra de Sub-21 e Sub-23
1962-1966 : Arsenal Football Club
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Palmarés
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Taça da Guerra da Liga de Futebol: 1942
Terceiro Classificado do Campeonato Inglês: 1947, 1953, 1956
Campeonato Britânico: 1947, 1948, 1950, 1952, 1953, 1954, 1955, 1956, 1957, 1958, 1959
Taça de Inglaterra: 1949
Supertaça de Inglaterra: 1949, 1954, 1959
Vice-Campeonato Britânico: 1949, 1951
Vice-Campeonato Inglês: 1950, 1955
Presença no Campeonato do Mundo de Futebol: 1950, 1954, 1958
Jogador do Ano: 1952
Jogador Internacional do Ano: 1952
Campeonato Inglês: 1954, 1958, 1959
Bola de Prata: 1957
Finalista da Supertaça de Inglaterra: 1958
Ordem do Império Britânico: 1959
100 Lendas do Futebol Inglês: 1998
Corredor da Fama do Futebol Inglês: 2002
Melhor Jogador da História do Wolverhampton Wanderers: 2007
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Billy Wright
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Caso estivessemos perante um jornal, onde encontrásse-mos uma história, sobre um homem de boa aparência, de cabelo loiro, com uma carreira futebolística gloriosa, que se tornou capitão de uma equipa de topo do futebol inglês, que conquistou a Taça de Inglaterra e vários títulos a nível nacional, que seria seleccionado para representar a Selecção Nacional de Inglaterra, onde se tornaria capitão da mesma, alcançando um recorde de 90 encontros consecutivos com a braçadeira de capitão, que alcançaria pela primeira vez na história do futebol mundial, as 100 internacionalizações, disputando 70 encontros internacionais consecutivos, "comandando" a sua selecção a três fases finais do Campeonato do Mundo de Futebol, disputando cerca de 700 encontros em toda a sua carreira profissional, sem nunca ter sido advertido com um único cartão amarelo ou vermelho, que foi idolatrado e adorado por toda uma nação, que se tornaria famoso por se ter casado com uma glamorosa rainha da música pop e, que ambos "viveram felizes para sempre", todos esses leitores diriam que tudo isto não passaria de uma história imaginária, impossível de ser verdade. Porém, por muito surreal que possa parecer, para Billy Wright não foi certamente um conto de fadas, esta foi a história real da sua vida...
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Os primeiros passos
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William Ambrose Wright, mais conhecido no mundo do futebol como Billy Wright, nascera na Rua 33 Belmont, em Ironbridge, Shropshire, no dia 6 de Fevereiro de 1924. O seu pai, trabalhara numa fábrica de ferro, disputando também ele, alguns encontros, enquanto futebolista amador. Billy Wright estudaria na Madeley Senior School, local onde começaria a dar os seus primeiros passos no mundo do futebol, enquanto avançado-centro, com as cores da selecção do colégio. Ele fora um jovem futebolista extraordinário, um avançado temível que, em tempos apontaria dez golos, num único encontro. Em 1938, encorajado pelo seu professor, Mr. Norman Simpson, Billy Wright responderia a um anúncio de um jornal local, o "Express & Star", onde estava descrito que, o poderoso Wolverhampton Wanderers estava a convidar jovens promessas do futebol, para treinos de captação. No início, o técnico principal dos "Wolves", Major Frank Buckley diria que Billy era demasiado baixo para competir nas equipas de formação, deixando dessa forma o jovem Wright completamente devastado. Contudo e, felizmente para a história do futebol, vinte minutos volvidos e, Major mudara radicalmente de opinião, dando-lhe assim, uma oportunidade de mostrar todo o seu real valor, assinado posteriormente, um contrato válido por oito meses.
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Uma carreira, um único amor
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Conhecido entre os seus companheiros como o "branquinho", devido ao seu cabelo loiro, bem como, por "torpedo de Ironbridge", Billy deixaria com o passar dos tempos, da posição de avançado para a de lateral e, mais tarde na sua carreira, para defesa-central. Ele faria a sua primeira aparição com a camisola de reservas dos "Wolves", com apenas 14 anos de idade, frente à formação do Walsall Wood, num encontro a contar para a Liga Inferior de Walsall, colocando o seu nome na história do clube um mais tarde, ao estrear-se com as cores da formação principal, em 1939, frente à formação do Notts County. Na sua primeira época, a de 1938/1939, os "Wolves" terminariam o campeonato nacional na segunda posição, da tabela classificativa, numa época onde o magnífico Dennis Wescott apontaria 43 golos em 43 encontros. Meses mais tarde, com o aparecimento da Segunda Grande Guerra Mundial, a temporada de 1939/1940 seria suspensa, com apenas três jornadas decorridas. Billy entretanto, assinara o seu contrato profissional, no dia 17 de Fevereiro de 1941. Durante a era de conflito, seriam disputados alguns encontros informais, onde Billy (a par de Jimmy Mullen) seria uma das grandes "estrelas", ao ser convidado de honra de diversos clube de topo do futebol inglês, tais como o Leicester City.
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De herói de guerra a herói nacional
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Ele também sofreria uma grave lesão no seu joelho, num encontro frente ao West Bromwich Albion, em Molineux em 1942, numa partida a contar para a Taça de Inglaterra, facto que deixaria a maior parte dos seus adeptos bastante receosos, em relação ao seu futuro no mundo do futebol. Felizmente, ele faria uma espantosa recuperação e, já em idade adulta, o jovem Billy Wright juntár-se-ia ao Exército Britânico, onde assumiria as funções de Instrutor de Treino Físico, tendo sido promovido a Sargento, no final das suas obrigações militares. Com o fim do conflito, os vários campeonatos europeus retomariam a sua normalidade, entre eles o da Premier League em meados de 1946. No dia 28 de Setembro do mesmo ano, Billy de apenas 22 anos e 234 dias de idade, conquistaria a sua primeira internacionalização pela selecção de Inglaterra (encontro número 227), numa partida frente à formação da Irlanda do Norte. A formação inglesa ganharia esse mesmo encontro por uns claros 7-2. Nesse mesmo ano, ele também defrontaria as formações da República da Irlanda (1-0), País de Gales (3-0), Holanda (8-2), Escócia (1-1), França (3-0), Suíça (0-1) e Portugal (10-0). Desde 1946, a presença de Billy seria vital para o sucesso dos "Wolves", na fase de pós-guerra, terminando quase sempre o campeonato nacional, em posições cimeiras. Em 1948, ele seria nomeado o novo capitão da selecção inglesa e, um ano mais tarde, em 1949, ele "comandaria" os "Wolves" à vitória final na Taça de Inglaterra, frente à formação do Leicester City, no mítico e lendário Estádio de Wembley. Durante os finais da década de 40 e da década de 50, Billy Wright "lideraria" tanto a equipa dos "Wolves" como da própria selecção inglesa. Por essa altura, os "Wolves" conquistariam três títulos nacionais, chegariam ainda a três segundos lugares, a três terceiros lugares e, por três ocasiões, terminariam a competição nos cinco primeiros lugares. Billy Wright conquistaria ainda a Taça de Inglaterra e, chegaria à final, bem como à semi-final da Taça da Liga Inglesa. As grande equipas da década de 50, como a do Wolverhampton, dariam inicio a um novo ciclo, a uma nova era no futebol europeu, dando a Billy a perfeita possibilidade de coleccionar internacionalizações pelo seu país. Com a paz retomada e, com os principais campeonatos europeus no seu activo, o mundo do futebol estava de volta, a alegria do povo estava retomada. Para os adeptos dos "Wolves" seria como uma bênção, o regresso de Billy Wright, após sete anos de ausência. Com o afastamento de Stan Cullins dos relvados profissionais, no final de 1947, Billy Wright seria nomeado o novo capitão dos "Wolves". Nas duas épocas seguintes, Billy falharia apenas dez encontros no campeonato, conseguindo todavia, a sua maior honra até ao momento, ao conquistar a Taça de Inglaterra, em 1949, derrotando na final, o poderoso Leicester City. Na temporada seguinte, a equipa do Wolvehampton terminaria o campeonato na segunda posição, ficando apenas atrás do campeão Portsmouth, por uma questão de golos apontados. Na temporada de 1950/1951, os "lobos" acabariam a competição num decepcionante 14º lugar, perdendo inclusivé, a semi-final da Taça de Inglaterra para o Newcastle United. A época seguinte também não seria de grande memória para os adeptos do Wolverhampton. Contudo, no final da temporada de 1952/1953, os "Wolves" conseguiriam alcançar um espantoso terceiro lugar, deixando no ar a promessa da conquista do título nacional, que seria alcançado no ano seguinte. Um feito histórico, para um clube de dimensões bastante inferiores ao grandes de Inglaterra, como o Manchester United, o Liverpool, o Arsenal, o Leicester City, o Tottenham e o Leeds United. Nas três temporadas posteriores ao título, a equipa terminaria em segundo, terceiro e sexto respectivamente, antes de conquistar o bicampeonato nacional em 1958 e em 1959. De 1950 a 1959, Billy Wright falharia apenas 31 encontros, com a camisola do Wolverhampton, não devido a lesões, não devido a castigos, mas sim por motivos internacionais (selecção).
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Um líder por natureza
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No seu geral, poucos foram os encontros que o pequeno fenômeno inglês falharia. Devido à Segunda Guerra Mundial, o conflito encurtaria a sua carreira profissional em sete épocas consecutivas. Dessa forma, torna-se ainda mais memorável a conquista dos históricos 105 encontros com a camisola principal de Inglaterra, em apenas 14 épocas, enquanto profissional de futebol (de 1938 a 1959), alcançando uma média de 7.5 internacionalizações por ano. Não fosse o seu "desvio", devido ao conflito mundial e, Billy Wright conseguiria muito provavelmente mais 52 internacionalizações, totalizando-lhe 157 encontros a nível internacional. Naquela altura, não havia substituições no decorrer dos jogos, nessa perspectiva, uma internacionalização era premiada por um jogo completo. Casos muito diferentes dos dias de hoje, onde qualquer jogador que entre em campo, por muito pouco tempo que seja a sua utilização, esses mesmos minutos (em alguns casos segundos) contam como uma internacionalização, deixando Billy Wright num patamar ainda mais superior aos jogadores internacionais da actualidade, face ao seu esforço para atingir a marca das centenas. Um verdadeiro mestre da perfeição, Billy também seria abençoado pela sua agilidade dentro de campo. Ele tinha uma capacidade de elevação perto dos dois metros de altura, deixando praticamente qualquer adversário sem qualquer hipótese no jogo aéreo. De alguma forma, Billy Wright conseguia dar a sensação de que estava a voar sobre o seu adversário. No entanto, o seu maior dom, seria certamente, a sua genialidade como conseguia ler todo o encontro, antecipando-se a qualquer ofensiva adversária. Fosse através das suas míticas corridas ou antecipações, Billy era quase sempre "o pronto-de-socorro" dos seus companheiros. "Eu apenas tinha duas coisas na minha mente enquanto jogador: ganhar a bola e passá-la ao companheiro que se encontrasse mais perto de mim". Para Billy, a simbologia da braçadeira de capitão, significava a arte da liderança, nunca fazendo da mesma, uma perfeita ditadura. Ele fora sem dúvida, um espantoso desportista, personificando tudo o que poderá ou poderia servir de exemplo para os mais novos e para os mais velhos. É verdade... Billy Wright foi um verdadeiro cavalheiro do desporto, uma inspiração para todos os jogadores que o rodeavam. Ele treinava de forma árdua, contudo, sempre com tempo para ajudar os mais novos membros da sua equipa. Muito embora tivesse disputado a maior parte dos seus encontros, enquanto defesa, na sua carreira profissional, ele totalizaria perto de 700 encontros oficiais, onde em nenhum deles, viria um único cartão amarelo ou vermelho. Talvez também este será um feito histórico e, verdadeiramente impossível de alcançar ou de se igualar. A sua última temporada com as cores dos "Wolves" seria a de 1958/1959, numa altura em que detinha mais de 600 encontros em todas as frentes nacionais. O anúncio do seu afastamento, no Verão de 1959, faria com que toda uma nação, invadisse quase toda a cidade de Wolverhampton, saudando o "filho mais nobre do futebol inglês", que aos 35 anos de idade, deixaria o mundo do futebol mais pobre com a sua saída.
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O primeiro centenário da história do futebol mundial
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Billy Wright faria a sua estreia com a camisola principal da Selecção Nacional de Inglaterra, no dia 19 de Janeiro de 1946, num encontro frente à formação da Bélgica, onde os ingleses venceriam por 2-0. No entanto, a sua estreia oficial, aconteceria no dia 28 de Setembro de 1946, com apenas 22 anos de idade, frente à formação da Irlanda do Norte, num encontro disputado em Windsor Park, Belfast, onde a formação inglesa esmagaria os irlandeses por uns claros 7-2, numa partida a contar para o Campeonato Britânico de 1947. Após a sua estreia, nunca mais os ingleses seriam os mesmos. Com o "pequeno génio" em campo, os ingleses tornár-se-iam imparáveis, numa equipa temível e, essencialmente colectiva. Dois dias após a conquista da sua primeira internacionalização, Billy Wright faria o seu segundo jogo pela formação de Inglaterra, frente à República da Irlanda, onde mais uma vez, os ingleses seriam mais felizes, ao vencerem pela margem mínima em Dalymount Park, em Dublin. A partir desse momento, seguiriam-se encontros que se tornariam lendários, seja por bons motivos ou por maus motivos, como foi o claro exemplo, frente à formação da poderosa Hungria, de Ferenc Puskás que, em apenas dois encontros, apontou nada mais, nada menos do que... 13 golos, contra apenas quatro a favor dos ingleses. Billy Wright entraria na história do futebol mundial, não apenas por ser o capitão com mais jogos consecutivos, não por ser o jogador com mais jogos com a braçadeira de capitão, mais sim por ter sido o primeiro jogador profissional, a atingir a fantástica marca das 100 internacionalizações por uma selecção. O encontro em si, aconteceria no dia 11 de Abril de 1959, precisamente no mesmo dia, em que a sua filha Victoria (Vicky) nascera. Com o Estádio Wembley completamente cheio de adeptos ingleses, feverosos de vitórias e, orgulhosos do seu mais que "brilhante" jogador. O resultado, não teve qualquer história por contar. Para a história, fica sim, o dia em que Billy Wright atingiu as centenas. Após esse feito histórico, Billy Wright disputaria mais cinco partidas, com as cores da selecção. A sua despedida, acomteceria no dia 28 de Maio de 1959, em Los Angeles, frente à formação dos Estados Unidos da América, num encontro em que os ingleses foram claramente superiores, silidrando os americanos por 8-1. Uma justa despedida, para um jogador que deu tudo o que poderia dar ao seu país. Muito embora, nunca tenha alcançado nenhum título a nível internacional, a verdade é que Billy Wright é um dos poucos jogadores do Século XX a alcançar três fases finais do Campeonato do Mundo de Futebol: 1950 (Brasil), 1954 (França) e 1958 (Suiça). Dos seus 105 encontros internacionais, 60 acabariam em vitória, 23 empates e 21 derrotas, sendo um dos jogos foi por abandono. O seu recorde de 105 internacionalizações, seria mantido nos próximos vinte anos, tendo sido apenas superado em 1970, pelo eterno Bobby Charlton (106) e, mais tarde, por Bobby Moore (108), Peter Shilton (125) e David Beckham (115).
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Fama fora dos relvados
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Billy Wright encontraria a mulher perfeita ("Miss Right"), na encantadora Joy Beverley, das famosas Beverley Sisters, da qual casaria em 1958. Porém, não se deixem cair no erro... Billy e Joy foram uma versão "romântica" de "Posh & Becks" nos seus dias, sendo sempre alvo de interesse e da comunicação social. Billy foi ainda o primeiro futebolista a entrar no mundo da publicidade. De facto... ao recuarmos no tempo, poderemos afirmar que Billy Wright foi o exemplo perfeito do que um jogador moderno, dos dias de hoje, deveria de ser. Um homem calmo, com uma vida social bastante activa e, sempre presente nos momentos certos e nos eventos certos, sem que a polémica fizesse parte da sua vida quotidiana. Quando Billy Wright, perto do final da sua carreira profissional, casou com a glamorosa cantora pop Joy Beverley, ele entraria claramente em território nunca antes "penetrado" por praticantes de futebol profissional: o mundo das celebridades e dos media.
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Uma nova vida
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A sua aventura enquanto técnico principal, aconteceria em 1960, pelas camadas jovens da Selecção Nacional de Inglaterra de Sub-21 e de Sub-23, antes de ser anunciado, em 1962, como o novo técnico do Arsenal Football Club, substituíndo dessa forma George Swindin. Sob o comando de Wright. o Arsenal começaria a época bastante forte, terminando o campeonato na sétima posição, qualificando dessa forma, o clube inglês para as competições europeias, pela primeira vez na sua história. Billy Wright ganharia ainda mais reputação, muito graças às "suas" aquisições, como Bob Wilson, Joe Baker e Frank McLintock. Contudo, também por jogadores que nada trouxeram de novo ao clube, como foi o claro exemplo de Ian Ure. O Arsenal não conseguiria ultrapassar o sétimo posto alcançado na época transacta, tendo a sua carreira no clube, caíndo numa espiral sem volta a dar. Billy Wright seria demitido do cargo de treinador principal do Arsenal no Verão de 1966, após ter entrado na história do clube, ao ser considerado o treinador com piores resultados ou com menor percentagem de vitórias após-guerra. Mais tarde, Billy Wright seria apontado Director Desportivo da ATV e Central Television, antes de em 1989, retomar ao seu clube de sempre, o Wolverhampton Wanderers, enquanto director, com uma das mais memoráveis recepções de boas-vindas de todos os tempos.
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Um legado difícil de igualar
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Em 1993, quando o antigo "dono" dos "Wolves", o multimilionário homem de negócios Sir. Jack Hayward, um adepto incondicional do Wolverhampton, decidiu re-desenvolver o Estádio Molineux, ele chamaria ao mesmo, de Billy Wright. Sir. Jack, um fino cavalheiro, ainda vira Billy jogar por diversas ocasiões. Ele também ergueria uma enorme estátua de bronze, com a figura mítica de Billy Wright, monumento que seria elevado três anos depois, tendo sido colocado mesmo em frente ao Estádio Molineux. Tristemente, Billy não chegaria a ver tal homenagem à sua pessoa, ao seu futebol, que anos atrás deslumbrou meio mundo e não só. Em meados de 1959, Billy Wright seria premiado com o maior tributo ou "prémio" de toda a sua carreira, ao ser distinguido com a Ordem do Império Britânico, pelas mãos da própria Rainha de Inglaterra, no Palácio de Buckingham. O "grande" Billy Wright, cavaleiro de sua Majestade e do Império Britânico, faleceria no dia 3 de Setembro de 1994, na sua terra, em Barnet Hertfordshire, aos 70 anos de idade, após uma dura e longa batalha contra o cancro. O seu funeral, realizado na semana seguinte, conseguiria alcançar grande parte do centro de Wolverhampton, estendendo-se pela cidade fora, onde milhares de pessoas, prestariam uma última homenagem ao homem que fora no passado. Para todos aqueles que o conheceram, ou que jogaram ao seu lado, para todos aqueles que ele conseguiu inspirar, para a sua família e amigos, para todos os seus fãns que tiveram a felicidade de o ver jogar e, para todos aqueles que nunca chegaram a vê-lo, contudo, rendidos aos seus feitos históricos, o seu maravilhoso legado continuará vivo. Billy Wright, um jogador descrito como, "um tesouro nacional", pelo jornal "The Times", em 1959, tornou-se em algo superior, em algo institucional, no coração da selecção de Inglaterra, onde alcançaria o respeito e o sucesso que todos pretendem adquirir no final da sua carreira profissional. Por essa altura, o nome de Billy era já um nome inspirador para as gerações seguintes. Enquanto adolescente, Kevin Keegan, observáva-o, admirando todo o seu futebol e liderando os "Wolves" frente aos grandes colossos europeus, no mítico Estádio Molineux. Como forma de reconhecimento, pelos seus serviços no desporto rei, a Associação de Futebol de Inglaterra, faria de Billy Wright membro honorário do futebol inglês, alcançando dessa forma, um estatuto nunca antes alcançado por algum futebolista. Houve certamente jogadores, com maiores capacidades técnicas e tácticas, bem como, com maior talento, porém, o que Billy Wright conseguiu transmitir foi valores de lealdade para com a indústria futebolística. Billy Wright, o homem, o ser-humano exemplar. Billy Wright, o futebolista, foi sem dúvida... um "tesouro nacional".
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